Vem que o assunto agora é suspensão automotiva!
Sem uma suspensão veicular em bom estado, dirigir pode se tornar desconfortável e até mesmo perigoso. Por isso, não dê bobeira nos cuidados necessários com a suspensão de carros.
Entender como funciona a suspensão automotiva, os principais sinais de desgaste e quando fazer a manutenção pode lhe ajudar a evitar dores de cabeça e garantir uma vida útil maior para o seu carro.
Por isso, neste artigo, você verá:
- O que é suspensão automotiva e para que ela serve
- Os componentes da suspensão veicular
- Como funciona a suspensão automotiva
- Os tipos de suspensão de um carro
- Problemas que você pode enfrentar com a suspensão automotiva
- Dicas sobre a manutenção da suspensão veicular
- Quais modificações são permitidas na suspensão do carro
O que é a suspensão automotiva?
A suspensão automotiva é o conjunto de peças que conecta as rodas ao chassi do veículo – e sua função é essencial para que a sua viagem seja agradável e também para evitar acidentes.
Afinal, a função principal da suspensão veicular é absorver impactos do solo, de modo a garantir conforto aos ocupantes e estabilidade na condução.
Além disso, a suspensão de carros mantém o contato constante dos pneus com o chão, o que é essencial para a segurança, oferecendo frenagem eficiente e controle do carro em curvas ou terrenos irregulares.
E tem mais pontos positivos: uma suspensão automotiva em bom estado prolonga a vida útil dos pneus e de outros componentes do veículo, melhora a dirigibilidade e o desempenho geral do automóvel. Sentiu só o tamanho da importância da suspensão veicular?!
Componentes da suspensão do carro
Como a suspensão automotiva é um conjunto de peças, é de se esperar que ela seja formada por diversos componentes para garantir a estabilidade do veículo, não é mesmo!?
Principais componentes da suspensão automotiva e suas funções:
- Pneus: são o único ponto de contato do carro com o solo. Absorvem parte dos impactos e garantem tração, estabilidade e frenagem.
- Amortecedor: controla os movimentos da mola, reduzindo os balanços do carro após buracos ou curvas. Ajuda a manter os pneus colados ao chão.
- Mola: suporta o peso do veículo e absorve impactos, permitindo que a carroceria “flutue” sobre as rodas em terrenos irregulares.
- Braço oscilante: liga a roda ao chassi, de modo a permitir o movimento vertical da suspensão sem comprometer a estabilidade.
- Buchas de borracha: amortecem vibrações e ruídos entre as peças metálicas da suspensão, – isso proporciona conforto e durabilidade.
- Pivô: atua como uma junta entre o braço oscilante e a manga de eixo, permitindo o movimento da roda ao esterçar (virar o volante).
- Coxim: suporta e isola vibrações dos amortecedores e do motor em relação à carroceria, de modo a evitar ruídos e desgaste.
- Barra estabilizadora: liga as suspensões de cada lado do carro e reduz a inclinação lateral em curvas, o que melhora consideravelmente a estabilidade.
Como funciona a suspensão do carro
O funcionamento da suspensão automotiva deve ocorrer desde o momento da instalação desse conjunto de peças no veículo. Lembre-se sempre: é a suspensão quem garantirá conforto e estabilidade ao carro.
Desse modo, durante a instalação, a suspensão veicular já faz o trabalho de suportar o peso da carroceria do automóvel, mantendo ainda uma distância preestabelecida entre as rodas e o chassi.
Quando o veículo está em movimento, a suspensão automotiva tem também como função manter as rodas em contato com o asfalto – e faz isso com a ajuda de molas e amortecedores. Por isso, os componentes da suspensão são tão importantes.
Cabe às molas e aos amortecedores regulares toda a ação da suspensão veicular. Por exemplo, se o carro passa por um buraco, a mola se esticará e se comprimirá. Já o amortecedor fará o controle desse movimento, atuando na oscilação da mola. Juntos, molas e amortecedores dissipam a perturbação ocasionada pelo buraco, com a ajuda de outro componente fundamental: o pneu.
Outra situação para atestarmos a importância da suspensão automotiva: quando o veículo entra em uma curva ou na realização de manobras, a mola exerce força contra a carroceria, de modo que ela não incline tanto. Por conta disso, o carro não derrapa e nem sai pela tangente, devido ao excesso de peso em apenas um lado.
Assim, para ajudar nas curvas, há ainda a ação da barra estabilizadora, que é quem liga as duas colunas da suspensão e transmite a força para os dois lados, uniformemente.
Por sua vez, quando acontece uma frenagem, o sistema de suspensão automotiva equilibra a força por toda a carroceria. Assim, evita-se o efeito gangorra, que pode trazer danos a esta ação, além de fazer com que o carro leve mais tempo para frear, caso aconteça uma situação de emergência.
Tipos de suspensão automotiva
Você sabe quais são os tipos de suspensão em carros? Pois é, saber o que faz e para que serve cada opção de suspensão garante que haja mais eficiência dos componentes e, consequentemente, o melhor uso do seu veículo.
Por isso, nos tópicos a seguir, conheça os tipos de suspensão automotiva, em detalhes.
Suspensão independente
Neste tipo de suspensão, cada roda se move de forma independente da outra. Desse modo, ao passar em um buraco, o movimento de uma roda não interfere na outra.
A suspensão independente traz algumas vantagens como mais conforto e estabilidade, melhor desempenho em curvas, além de maior controle e aderência.
Confira alguns exemplos de suspensão independente:
- Suspensão McPherson (frontal, comum em carros de passeio como VW Gol, Toyota Corolla).
- Suspensão Double Wishbone (duplo A, usada em carros esportivos e SUVs).
- Suspensão Multilink (sofisticada, comum em carros premium como BMW, Audi).
Suspensão semi-independente
Por sua vez, a suspensão semi-independente apresenta rodas que estão ligadas por uma estrutura (como um eixo de torção). Isso permite certo movimento individual, mas com alguma interferência entre as rodas.
Dentre as vantagens da suspensão semi-independente estão: custo mais baixo que a independente, ocupa menos espaço (ideal para carros compactos) e apresenta boa estabilidade em uso urbano.
Um exemplo de suspensão semi-independente é o eixo de torção (usado no eixo traseiro de modelos como Fiat Argo e Peugeot 208).
Suspensão dependente
Já na suspensão dependente, as rodas são ligadas rigidamente por um eixo. Assim, o movimento de uma roda afeta diretamente a outra.
Este tipo de suspensão tem como vantagens: estrutura robusta, é ideal para carga pesada e terrenos irregulares, além de ser mais fácil e barato de manter.
Exemplos de suspensão dependente: suspensão com feixe de molas (muito comum em caminhonetes como a Toyota Hilux, Ford F-250) e eixo rígido com molas helicoidais (usado em veículos off-road, como o Jeep Wrangler).
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Problemas na suspensão do carro
Os principais problemas na suspensão automotiva incluem amortecedores desgastados, molas quebradas, buchas ressecadas, pivôs com folga e coxins danificados.
E é fundamental fazer as revisões periódicas para que eles não ocorram, pois esses defeitos comprometem a estabilidade, aumentam o desgaste dos pneus e reduzem a eficiência da frenagem. Ou seja, são um perigo para a segurança de todos e para o seu bolso.
Afinal, rodar com a suspensão comprometida eleva o risco de acidentes, a perda de controle em curvas ou pistas molhadas, além de causar desconforto e ruídos no veículo.
Não se esqueça: ignorar esses sinais pode gerar danos mais caros e afetar diretamente a segurança dos ocupantes. Por isso, reforçamos a importância das manutenções preventivas, que são cuidados essenciais para garantir desempenho e segurança ao dirigir.
Como saber se a suspensão automotiva está ruim?
A suspensão automotiva dá alguns sinais quando ela não está com bom funcionamento. São eles:
- Balanço excessivo em arrancadas.
- Marcas de óleo no chão.
- Perda de estabilidade em curvas.
- Veículo não obedece aos comandos do volante.
- Desgaste irregular ou precoce dos pneus.
- Ruídos ou pancadas secas na carroceria.
Para evitar problemas assim, faça regularmente a revisão e a manutenção preventiva. Se perceber qualquer um destes problemas referentes à suspensão de carros, chame o mecânico de sua confiança.
Como escolher uma boa oficina de suspensão automotiva
Você pode encontrar referências para escolher uma boa oficina de suspensão automotiva no Google. Além de mostrar quais oficinas estão próximas do local onde você se encontra, é possível ver os comentários de quem já foi cliente de cada estabelecimento e como o público avalia os serviços.
Sim, o Google Meu Negócio, que é este espaço de avaliação de clientes, joga junto quando se trata de informações a respeito de serviços para o seu carro, como a checagem do sistema de suspensão automotiva. 😉
Tenha sempre referências sobre os serviços, a qualidade e os preços antes de fechar qualquer negócio. Quanto melhor avaliada uma oficina, melhor. 😉
Dicas de manutenção e cuidados com a suspensão do carro
Se liga nas nossas dicas quentes sobre como manter e cuidar da suspensão automotiva da melhor forma possível – e, assim, garantir o melhor uso do seu veículo! Confira:
- Faça revisões periódicas a cada 10.000 km ou conforme recomendação do fabricante do seu carro.
- Fique atento a ruídos, trepidações e desgaste irregular dos pneus.
- Evite buracos, valetas e excesso de peso no veículo.
- Alinhe e balanceie as rodas, regularmente.
- Substitua peças desgastadas por componentes de qualidade e sempre em pares (lado direito e esquerdo).
- Lubrifique buchas e pivôs quando aplicável.
Tenha sempre em mente: uma suspensão veicular bem cuidada garante mais conforto, segurança e economia com pneus e outros componentes do carro.
Modificações na suspensão do carro são permitidas?
A Resolução nº 292/2008, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), em seu artigo 6º, destaca que: “na troca do sistema de suspensão não será́ permitida a utilização de sistemas de suspensão com regulagem de altura”.
O texto continua destacando que os automóveis que tiverem a suspensão modificada, devem ter essa alteração no campo de observações do Certificado de Registro de Veículo (CRV) e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
Ou seja, deve constar o registro da nova altura do veículo medida verticalmente do solo ao ponto do farol baixo (original) do respectivo automóvel.
Ou seja, pode ter modificações na suspensão automotiva, porém as modificações devem respeitar a legislação de trânsito quanto à segurança, bem como o manual do fabricante, além de constarem no CRV e no CRLV.
Dica da Zapay: quer trocar de carro e não ter dor de cabeça? Então, confira nossos artigos especiais que podem lhe ajudar neste processo:
Tipos de modificação na suspensão do carro
As modificações na suspensão automotiva acontecem – mas é fundamental que estejam sempre respeitando as legislações brasileiras e as diretrizes do fabricante do veículo.
Por isso, conheça quais são os principais tipos de modificação na suspensão de carros adotados no Brasil:
Suspensão rebaixada
A suspensão rebaixada trata da redução da altura original do veículo. Ela é feita por cortes ou troca das molas e amortecedores ou por instalação de suspensão fixa ou regulável.
Trata-se de uma mudança estética, deixando um ar mais esportivo e agressivo para o automóvel, mas que também melhora a aerodinâmica do carro em curvas, em alguns casos.
A suspensão rebaixada requer alguns cuidados, pois há mais chances de riscos ao raspar o veículo em lombadas e buracos, por exemplo. Essa modificação pode comprometer o conforto e a durabilidade das peças, além de requerer que a alteração conste nos documentos do automóvel.
Desse modo, a suspensão automotiva rebaixada é indicada aos fãs de customização e estética automotiva e para quem consegue usar o carro, principalmente, em cidades com bom asfalto.
Suspensão levantada
É caracterizada pelo aumento da altura do automóvel em relação ao solo, por meio de trocas de molas, espaçadores ou kits de elevação. É bastante acionada para o uso off-road (como trilhas e estradas de terra), pois tem facilidade para passar por obstáculos.
Não por acaso, a suspensão levantada é indicada para donos de SUVs, picapes e automóveis utilizados em zonas rurais e em trilhas, por conta dos terrenos acidentados.
Algumas das vantagens da suspensão automotiva: mais vão livre do solo, menos risco de danificar a parte de baixo do veículo e melhor desempenho fora do asfalto. A suspensão levantada demanda legalização por conta da modificação, atenção quanto à estabilidade em curvas e às alterações em outras peças, como freios e direção.
Suspensão a ar
É um sistema com bolsas de ar que substituem as molas. Nesta opção, a altura do carro pode ser ajustada eletronicamente com controle remoto ou aplicativo.
Essa suspensão automotiva oferece personalização extrema, conforto e versatilidade. É indicada para quem quer estilo e conforto, fãs de customização de carros, tuning e eventos automotivos.
A suspensão a ar conta com altura ajustável (rebaixar ou levantar a depender da necessidade), conforto na rodagem e muito estilo. Mas esta suspensão requer um alto custo de instalação e manutenção, sistema que exige revisão periódica e legalização necessária.
O que diz a lei sobre customização do sistema de suspensão
O artigo 6º da Resolução nº 292/2008 é direto ao destacar que “na troca do sistema de suspensão, não será permitida a utilização de sistemas de suspensão com regulagem de altura”.
Além disso, os veículos que tiverem a suspensão modificada, devem ter tal mudança no CRV e do CRLV.
Tenha em mente que apenas é possível alterar totalmente a suspensão original sem a regulagem momentânea. Além disso, o carro deve ser submetido à inspeção veicular, para emissão do laudo técnico, devendo constar a modificação na documentação do veículo.
Conclusão
Ufa! Bora recapitular os principais pontos sobre a suspensão automotiva!?
Como vimos, ao longo deste conteúdo, entender como funciona a suspensão de carros é essencial para manter a segurança, o conforto e a performance do seu veículo.
Esse sistema vai muito além de apenas “amortecer impactos”: ele é responsável por garantir a estabilidade nas curvas, absorver irregularidades do solo e manter o controle da direção mesmo em terrenos difíceis.
Relembrando os principais pontos que abordamos:
- O que é a suspensão automotiva e como ela funciona.
- Quais são os principais tipos de suspensão.
- Sinais de que algo pode estar errado com a suspensão.
- A importância da manutenção preventiva e periódica.
Ficar de olho na suspensão automotiva não é só uma questão de cuidado com o carro, mas também com a sua segurança e com o bolso, já que problemas nesse sistema podem gerar danos maiores e mais caros no futuro.
Agora que você já sabe tudo sobre suspensão, use esse conhecimento a seu favor: fique atento aos sinais, respeite os prazos de revisão do seu automóvel e, sempre que possível, converse com um mecânico de confiança. Seu carro (e seu conforto) agradecem!
Perguntas frequentes sobre suspensão automotiva
Respondemos as principais dúvidas sobre a suspensão automotiva. Confira respostas rápidas e práticas!
