Etanol ou gasolina: qual combustível é mais vantajoso para o seu veículo? Confira as dicas que separamos para que você considere se é com gasolina ou etanol que seu carro terá melhor desempenho e consumo, por exemplo.
– Os aditivos melhoram o consumo?
– O etanol dificulta a partida?
– O etanol reduz o desempenho?
– Entenda o desempenho melhor com etanol
– Com o etanol eu gasto mais?
– Posso misturar os combustíveis?
Dicas da Zapay: conheça mitos e verdades sobre o combustível – e não caia mais em fake news!
Os aditivos melhoram o consumo?
Tenha em mente, amigo motorista, que não, os aditivos não melhoram o consumo do seu carro. A gasolina aditivada faz a mesma quilometragem por litro que a gasolina normal. Aliás, engana-se quem pensa que o objetivo da gasolina aditivada é ser mais econômica. Mas qual seria a diferença, então?
Oras, a diferença na formulação inclui somente alguns produtos que ajudam na limpeza de determinadas partes do automóvel. Vale dizer que a ação se dá, sobretudo, desde o tanque até os pistões.
É importante ressaltar que, em alguns casos, pode ser que ocorra uma melhora no consumo de combustível. Contudo, a explicação é que, quando o sistema de alimentação e o motor estão demasiadamente sujos e carbonizados, espera-se que o veículo gaste mais e ande menos. Ainda: uma limpeza profunda na oficina poderia resolver o problema da mesma forma ou até mesmo melhor. Fica a dica!
A mesma lógica vale para o etanol. Os aditivos funcionam, sobretudo, para manter tudo limpo e reduzir a corrosão. Caso a diferença nos preços seja pequena, vale a pena o condutor experimentar. Afinal, os combustíveis aditivados são diferenciados e podem gerar alguns benefícios.
Além da gasolina e do etanol aditivados na bomba, os condutores também podem se questionar quanto à eficiência dos aditivos de garrafinha – aqueles sempre oferecidos pelos frentistas. O raciocínio é o mesmo: tratam-se de versões concentradas que limpam e inibem a corrosão. Vale a pena experimentar, mas atente-se para escolher uma marca com boa referência.
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O etanol dificulta a partida do carro?
Há mais de 40 anos, quando os primeiros automóveis brasileiros movidos a etanol foram lançados, essa frase era verdadeira. Afinal, tais veículos apresentavam complicações para ligar nos dias frios, além de precisarem esquentar, fazendo uso de afogador para não morrerem logo nos primeiros metros do trajeto. E tinha o agravante: os motoristas que não cuidavam da manutenção sofriam muito mais.
Mas tudo mudou com a chegada da injeção eletrônica e tal problema sumiu. Antes do lançamento de um modelo novo, as montadoras testam a partida em câmaras com temperaturas abaixo de zero, por exemplo. Contudo, vale frisar que ainda hoje existem muitos proprietários de veículos automotores que não fazem as devidas revisões preventivas no carro – e depois reclamam das falhas e dos problemas que vão surgindo.
Por sua vez, os automóveis flex mais antigos, é comum deixar o tanquinho sempre abastecido com gasolina, além de manter a bateria e o alternador em ordem, revisar velas e cabos e trocar os filtros nos prazos corretos. Ainda: é importante também checar regularmente, na oficina mecânica de sua confiança, o funcionamento dos sistemas de injeção eletrônica e ignição.
Tais cuidados também devem ser aplicados em carros mais novos. Porém, a diferença é que a tecnologia atual trocou a injeção de gasolina na partida a frio por um sistema de aquecimento elétrico do combustível.
Mais um ponto importante: escolha sempre os postos onde abastece com muita seriedade e mantenha longe das misturas batizadas para evitar dores de cabeça.
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O etanol reduz o desempenho do veículo?
Eis mais um mito. Na realidade, como o etanol apresenta cerca de 110 octanas (valor que indica a resistência dos combustíveis à detonação) contra 93 da nova gasolina premium, o motor de um automóvel flex sempre apresentará mais potência e torque, que é a força do carro, quando estiver abastecido com biocombustível.
Entenda o desempenho melhor com etanol
Vale a pena destacar que os carros com motores flex fuel ou projetados para operar com etanol (álcool etílico) frequentemente apresentam um desempenho melhor quando abastecidos com etanol em comparação com gasolina. Há algumas razões para tal:
- Maior octanagem: o etanol tem uma octanagem mais alta do que a gasolina. A octanagem é a medida da resistência do combustível à detonação prematura (batida de pino) no motor. Combustíveis com maior octanagem permitem que o motor opere com uma taxa de compressão mais elevada, o que, por sua vez, pode aumentar a eficiência e o desempenho do motor.
- Taxa de compressão: motores projetados para funcionar com etanol, geralmente, têm uma taxa de compressão mais alta. A taxa de compressão é a relação entre o volume do cilindro do motor quando o pistão está no ponto inferior (completo) e o volume do cilindro quando o pistão está no ponto superior (completo). Uma taxa de compressão mais alta permite uma maior eficiência na queima do combustível, o que se traduz em mais potência e torque.
- Melhor resfriamento do motor: o etanol tem uma capacidade de resfriamento superior em comparação com a gasolina. Isso significa que ele ajuda a manter a temperatura do motor mais baixa, o que reduz o risco de superaquecimento e permite que o motor funcione de forma mais eficaz.
- Mistura ar-combustível: o etanol exige uma mistura ar-combustível mais rica em comparação com a gasolina. Ou seja, mais combustível está presente na mistura, o que pode aumentar a potência e o torque do motor.
No entanto, é importante notar que o aumento de desempenho ao usar etanol pode variar a depender do veículo e do motor específico. Além disso, o etanol costuma possuir uma densidade de energia inferior à gasolina, o que pode resultar em uma redução na quilometragem por litro (consumo de combustível por quilômetro) quando comparado diretamente à gasolina. Portanto, a escolha entre etanol e gasolina como combustível deve levar em consideração diversos fatores, incluindo preço, disponibilidade, eficiência e desempenho desejado.
Com o etanol eu gasto mais?
Tudo depende do veículo e do preço dos combustíveis no momento e no local onde o amigo motorista costuma rodar com o carro. É importante ter em mente que o consumo do motor com etanol é maior, afinal, esse biocombustível pode ter até 7,5% de água, de acordo com a legislação brasileira. Porém, em compensação, em certos estados o preço é muito menor do que o cobrado pela gasolina.
Caso o condutor tenha um automóvel flex e deseje economizar, a recomendação é fazer um teste real. Para tal, é necessário encher o tanque com um combustível de cada vez e calcular as médias de consumo. Em seguida, deve-se considerar a diferença de quilometragem e o preço da gasolina e do etanol no momento de abastecer. Com tal cuidado, o motorista poderá poupar sempre.
Posso misturar os combustíveis?
Sim, pode! Trata-se de uma lenda que envolve os carros flex. Vale destacar que os motores desses veículos são preparados para consumir gasolina e etanol puros ou misturados, independentemente da proporção entre eles. Assim, todas as peças suportam a referida condição, de modo que a eletrônica do carro se encarrega de realizar os devidos ajustes.
Conheça algumas dicas para economizar com o combustível escolhido, seja ele gasolina ou etanol – são gestos que podem fazer muito bem ao seu bolso, amigo motorista
- O barato pode sair caro: atente-se sempre, pois, alguns postos de combustível podem oferecer preços bastante baixos para atrair mais clientes – o que não quer dizer que o produto necessariamente é o de melhor qualidade. É comum vermos a adulteração da gasolina, que pode apresentar excesso de etanol, solventes baratos ou ainda água. Porém, o biocombustível também não sai ileso do golpe: ele costuma ser hidratado para além da recomendação. Quando o condutor faz uso de um combustível fora do padrão, o automóvel sofre consequências, como começar a andar menor, gastar mais, funcionar de forma mais irregular, apresentar dificuldade na partida a frio, dentre outras dores de cabeça. E dá para piorar, viu?! Caso as impurezas contaminem o lubrificante, o óleo pode tirar uma espécie de gosma e, se o condutor não perceber isso, o motor pode acabar fundido.
- Mantenha o automóvel em ordem: há quem pense que economizará dinheiro fazendo vistas grossas para as revisões e manutenções periódicas e necessárias que todo veículo automotor requer. Pode ter certeza, amigo condutor: fugir das oficinas mecânicas não é a melhor opção. A situação pode se agravar e o carro ser levado por um guincho devido a um problema no motor, ou às velas não trocadas ou mesmo problemas nos filtros e óleos fora dos prazos indicados – todos problemas que poderiam ser evitados com as revisões periódicas e a devida manutenção. Deixar para resolver a dor de cabeça depois que ela surge sai bem mais caro, seja por necessidade de abastecer com mais frequência ou para consertar peças e quebras inesperadas. Não tem jeito, motorista: para manter um veículo automotor é necessário ter condições financeiras para manter seu bom funcionamento, bem como a ordem em sua vida burocrática.
- Sempre calibre os pneus: ao longo desse artigo você já aprendeu a importância da calibragem dos pneus, de forma adequada – um cuidado que é válido para os quatro que estão em uso e para o estepe. O problema é que muita gente esquece desse detalhe. Vale a pena consultar o manual do proprietário para saber qual é a pressão ideal e fazer as devidas calibragens periódicas antes de rodar muito com o carro, de modo a garantir maior precisão. Com esse cuidado, o motorista economiza na hora de abastecer, afinal, poderá dirigir melhor, uma vez que aumenta a durabilidade dos pneus. Fique atento!
- Mantenha os vidros fechados na estrada: o jeito como estão os vidros do carro diz muito a respeito do consumo de combustível, sabia disso?! Pois é, a aerodinâmica está relacionada a esse ponto. Se na cidade, com o trânsito fazendo o automóvel andar mais devagar, a diferença de andar com vidros abertos é pequena, na estrada a história é diferente. Afinal, as velocidades são maiores e há menos trânsito – e o vento atua “segurando” mais o veículo, o que exige mais força e, consequentemente, mais combustível. Por isso, o ideal é fechar todo o vidro na estrada – dica válido para motoristas e passageiros. A depender de como está o clima, é preferível ligar a ventilação, o aquecedor ou mesmo o ar-condicionado.
- Evite ficar com o motor do veículo ligado: está rodando na cidade, para levar os filhos à escola ou mesmo para chegar ao trabalho, e se deparou com um grande congestionamento, no qual você ficará parado?! Nesse tipo de situação, vale muito a pena desligar o carro, amigo condutor. Aliás, esse é o gesto ideal quando se percebe que o fluxo demorará um tanto para voltar. Não à toa, diversos automóveis mais novos já saem de fábrica com o sistema start-stop, que faz esse trabalho sozinho. Vale a pena frisar que o sistema start-stop é uma tecnologia de economia de combustível usada em veículos automotores, incluindo carros a gasolina, diesel e híbridos. A principal função desse sistema é reduzir o consumo de combustível e as emissões de poluentes, desligando automaticamente o motor do automóvel quando ele está parado em situações de tráfego ou quando o carro está parado no semáforo – o sistema religa o motor quando o condutor pressiona o pedal do acelerador ou a embreagem. Assim, o start-stop funciona, sobretudo, para dois momentos:
Parada do veículo: quando o carro para completamente, como em um semáforo, o sistema start-stop desliga automaticamente o motor para economizar combustível e reduzir as emissões. O motor é mantido desligado enquanto o automóvel estiver parado.
Retomada do movimento: quando o condutor libera o freio (ou pressiona a embreagem em veículos com transmissão manual) e pisa no acelerador, o motor é ligado instantaneamente, o que permite que o veículo retome o movimento.
O sistema start-stop é especialmente eficaz em situações de tráfego intenso – como aqueles conhecidos nas capitais e regiões metropolitanas, por exemplo -, onde os veículos passam muito tempo parados. Assim, tal sistema ajuda a economizar combustível e a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e poluentes atmosféricos.
Vale a pena notar que, em alguns veículos, o sistema start-stop pode ser desativado pelo condutor se ele achar que a função é inconveniente ou indesejável. Além disso, o sistema, normalmente, requer um motor de partida mais robusto e uma bateria de alta capacidade para suportar o aumento na frequência de partida e parada do motor.
Embora o sistema start-stop seja eficaz em economizar combustível em situações de tráfego urbano, ele pode não proporcionar economias significativas em viagens rodoviárias em estradas de alta velocidade, onde o motor tende a funcionar de forma mais contínua.
- Não dirija de forma brusca: lembre-se sempre de fazer uso da condução defensiva e segura, amigo motorista, evitando assim alguns vícios ruins que muitos condutores carregam. Quem nunca viu aquele motorista que acelera em pleno congestionamento? Ou ainda que dirige com o motor em alta rotação sem necessidade? Ou ainda arrancando nos semáforos para, em seguida, frear e ficar parado? São situações desagradáveis e que mostram falta de respeito com a segurança de todos no trânsito e, a depender do caso, com a legislação de trânsito. Nunca se esqueça que as vias públicas não são pistas de corrida e que há diversas vidas pelo caminho. Todos esses exemplos de imprudência podem ainda fazer com que o condutor gasta ainda mais com combustível e com desgaste de peças.
- Tire os pesos desnecessários do carro: caso você seja o tipo de condutor que costuma esquecer objetos diversos no banco traseiro ou ainda no bagageiro, é importante rever os gestos e mudar esse hábito. É importante deixar o carro sempre vazio, pois, o transporte em peso extra pode fazer com que o motor consuma mais combustível. Portanto, se o amigo motorista costuma exagerar nos objetos deixados no porta-malas, é importante saber que esse peso extra reduz a durabilidade dos pneus e dos amortecedores do veículo.