Relembre a história do Renault Sandero, que despede-se do mercado brasileiro após 15 anos
O Renault Sandero saiu de linha no Brasil. Lançado em 2007, o hatch construído na mesma plataforma do Logan deixou de ser produzido em São José dos Pinhais (PR) após 15 anos de mercado e duas gerações lançadas. Apesar disso, o Renault Stepway – que não é mais tratado pela marca como membro da gama Sandero – continua em linha.
A confirmação do fim de linha do Renault Sandero foi oficializada pela própria marca de origem francesa nesta semana, com o anúncio de lançamento do Stepway 2023, que ganhou opção de motor 1.0 para substituir o Sandero S Edition – que era a única opção do hatch à venda no Brasil, por R$ 83.190. No site da marca, o modelo será exibido até o fim dos estoques nas concessionárias.
Nesta edição derradeira, o Sandero S Edition trazia o motor 1.0 SCe, de 82/79 cv de potência a 6.300 rpm (E/G) e 10,5/10,2 kgfm de torque a 3.500 rpm. O câmbio era manual de 5 marchas. Entre os itens de série, o hatch compacto trazia central multimídia de 7” com Android Auto e Apple CarPlay, sensores de estacionamento na traseira e luzes de rodagem diurna integradas ao para-choque. Desde o fim de 2021, o Sandero já não era mais vendido nas versões com motores 1.6, com câmbio automático do tipo CVT e na esportiva RS. Veja a seguir a história do Renault Sandero no Brasil.
História do Renault Sandero no Brasil
O Renault Sandero fez sua estreia mundial no Brasil em setembro de 2007, com início das vendas em dezembro daquele ano. Desenvolvido na América Latina com base na plataforma B0 do sedã Logan – que era um projeto da romena Dacia –, o Sandero tinha como foco atender às necessidades de rodagem da região.
Com formas mais inspiradas e estilo menos retilíneo na comparação com o Logan, o primeiro Sandero surpreendia pelo espaço interno – mérito da distância entre eixos de 2,58 m e da largura interna da cabine, de 1,40 m. No porta-malas, a capacidade chegava a 320 litros, volume que desbancava os principais hatches da época.
No lançamento, o Sandero dispunha dos motores 1.0 Hi-Flex (até 77 cv) e 1.6 Hi-Flex (até 112 cv), ambos de 16 válvulas, além do novo 1.6 Hi-Torque flex (até 95 cv), de 8 válvulas. Até então, a única opção de câmbio para toda a gama do hatch era manual de 5 marchas.
Em 2008, surgia o Renault Sandero Stepway, que pegava carona na febre dos aventureiros urbanos e até então era considerado como uma versão dentro da gama do modelo – o que só mudou em 2017, quando o Renault Stepway foi “emancipado” como modelo único. Entre as novidades, o aventureiro trazia para-choques exclusivos, suspensão elevada, novas rodas e rack de teto, entre outros.
A primeira reestilização do Sandero foi lançada em 2011, como linha 2012. Entre as mudanças, o hatch recebeu nova grade, para-choques redesenhados, lanternas com layout interno revisto e alterações pontuais na cabine. Na mecânica, a principal novidade ficava por conta do câmbio automático de 4 marchas, sempre acoplado ao motor mais potente (1.6 16 V Hi-Flex).
Segunda geração do Renault Sandero
Após 7 anos de mercado e mais de 500 mil unidades vendidas, o Renault Sandero estreava em junho de 2014 sua segunda geração. Feito em uma versão atualizada da plataforma B0, o hatch pela primeira vez adotava dianteira compartilhada com o Renault Logan. Isso incluía os novos faróis mais retilíneos e a inédita grade com frisos horizontais.
Por conta da legislação, todas as versões do hatch já vinham de fábrica com airbags frontais e sistema de freios ABS. Disponível inicialmente nas versões Authentique, Expression e Dynamique, era vendido com os motores 1.0 16V Hi-Power (até 80 cv) e 1.6 8V Hi-Power (até 106 cv). Em setembro de 2014, o Sandero recebia pela primeira vez o câmbio automatizado Easy’R, de cinco marchas, que era uma involução em relação ao automático epicíclico da primeira geração.
Em dezembro de 2015, estreava mundialmente o Sandero R.S., versão legitimamente esportiva do modelo desenvolvida pela divisão Renault Sport, da França. O maior chamariz do modelo era o motor 2.0 (F4R), que produzia 150 cavalos de potência e 20,9 kgfm de torque com etanol. Como manda a tradição dos esportivos, o câmbio era manual de seis marchas.
Para suportar o desempenho proporcionado pelo motor de maior cilindrada, o Sandero recebeu mudanças no ajuste de suspensão, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, freios a disco também no eixo traseiro, direção eletro-hidráulica com ajustes específico, rodas maiores (de 17”) com pneus mais largos (205/45). Além disso, o Sandero R.S. trazia visual exclusivo (com novos para-choques e grade), novo volante e bancos dianteiros com maior apoio para o corpo.
Antes da reestilização, o Sandero de segunda geração estreou em novembro de 2016 os motores 1.0 SCe 12V (de três cilindros e até 82 cv) e 1.6 SCe 16V (de quatro cilindros e até 118 cv). A atualização de estilo chegava em julho de 2019 para Sandero, Stepway e Sandero R.S. Todos ganharam novo para-choque dianteiro e tampa traseira redesenhada, com lanternas mais largas e iluminação em LED. Na mecânica, as versões 1.6 passavam a contar com a caixa automática do tipo CVT ( X-Tronic, de origem Nissan).
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Imagens: Divulgação/Renault