Você é fã de corrida de carro? É apaixonado por carro de corrida desde pequeno? Então, acelere com a Zapay nesse artigo completo sobre o assunto.
Quais as diferenças entre um carro de corrida e um carro comum?
Quais são os carros de corrida mais famosos?
Quais são os tipos de corridas?
O que é o carro de corrida?
Carro de corrida é um veículo feito apenas com o propósito de participar de competições. Eles são projetados a partir de diretrizes preestabelecidas para cada categoria e toda a mecânica e estrutura é pensada para agregar performance e vantagem competitiva, visando ganhar prêmios em disputas automotivas.
A essencial desses carros está ligada ao seu desempenho, aliado à sua confiabilidade em todos os momentos. Isso porque não adianta a performance se o veículo não terminar a prova. Além disso, um carro seguro protege o piloto em caso de acidente.
Ao contrário dos carros normais, eles são projetados para serem levados ao limite. O motor deve render o máximo de potência e torque, deixando a preocupação com o consumo de combustível em segundo plano.
E tem mais: todas as peças são pensadas para aguentar o calor excessivo, já que em competições elas são muito exigidas. Em alguns casos é possível ver o freio, por exemplo, brilhando em uma cor vermelha durante as provas.
Assim, o carro deve ser projetado para que os componentes não percam a eficiência mesmo em situações extremas de uso, o que é muito comum em categorias competitivas.
Como o foco dos carros de competição é o desempenho, as equipes que fazem o projeto não estão preocupadas com conforto ou custo-benefício. Por isso, os carros da Stock Car ou F1 não têm ar-condicionado ou central multimídia.
Os carros são feitos para correr e ganhar, assim, os componentes mais importantes são o motor, freio, câmbio e a suspensão.
Quais as diferenças entre um carro de corrida e um carro comum?
Se levar em conta os objetivos e as especificidades de cada tipo, você que está lendo esse artigo pode imaginar que existem muitas diferenças entre os veículos. Veja algumas comparações no desempenho e nas características das peças.
Velocidade
Uma das maiores diferenças é na velocidade. Um carro comum, como o Jetta 2.0 com turbo, leva 7,2 segundos para ir de 0 a 100 km/h e sua velocidade máxima gira em torno de 240 km/h. Já em carros de competição, essas marcas são de 2,6 segundos e mais 350 km/h, aproximadamente.
Suspensão
Nos carros normais a suspensão trabalha sobre as rodas do veículo. Você já deve ter ouvido falar em carros mais macios e mais duros. A suspensão tem papel destacado nisso. Sem ela, a trepidação dentro do carro poderia chegar a 40 hertz. O efeito após poucas horas de direção poderia ser pior que o primeiro dia de academia.
Com um bom sistema, a trepidação é de apenas 1,3 hertz. Porém, nos carros de F1 a suspensão está no próprio chassi do veículo e o piloto recebe o impacto integral praticamente.
Consumo
Outra diferença enorme. Enquanto os carros vendidos pela concessionária fazem em média 10 km/l de combustível, os carros da F1 fazem 1,7 km/l, podendo consumir até mais do que isso. Essa marca não é desejada por nenhum motorista que usa o carro no dia a dia. Já imaginou rodar o mês todo com um beberrão desses?
Pneus
Os pneus de um carro comum são feitos para durar até 30 mil km em média, e o jogo custa entre mil e dois mil reais. Já na Stock Car, por exemplo, um jogo com quatro pneus custa quase 10 mil reais e dura cerca de 300 quilômetros. Na F1 a duração chega apenas aos 100 quilômetros.
Há também a famosa diferença entre pneus de pista seca e de pista molhada. Os pneus de pista seca da Stock Car é liso e com uma borracha mais firme para permitir melhor aderência ao asfalto. Em pistas molhadas, a borracha é menos rígida e tem ranhuras para facilitar o escoamento da água, evitando a aquaplanagem.
Freios
Do que serviria um motor com uma cavalaria absurda sem a capacidade de parar, não é mesmo? Por isso, o freio é tão importante quanto o próprio motor. Um carro da F1, por exemplo, a 150 km/h, precisa de apenas 30 metros para parar após serem acionados os freios. Já um carro de passeio precisa de aproximadamente 50 metros.
Aerofólio
Um acessório que já virou marca registrada de carros de competição. Na F1 e na Stock Car, eles fazem parte do projeto de todos os carros. Mas não pense que é pela beleza, e sim pela aerodinâmica. Em altas velocidades o formato do carro deve contribuir para que ele fique no chão. É o oposto do que acontece com aviões.
É possível reparar em um olhar mais atento que a parte da frente dele estará inclinada para baixo. O objetivo é que a força do vento empurre o carro para o solo. Todo o design aerodinâmico do veículo vai contribuir muito para o sucesso ou o fracasso nas corridas.
Motor
Nossa última grande diferença. Os maiores investimentos e pesquisas são feitos de modo a aperfeiçoar os gráficos de desempenho dele. Uma das diferenças mais chamativas é a rotação atingida. Em carros tradicionais a rpm não costuma ser maior do que 6.000. Mas o motor V6 da fórmula 1 passa das 15.000 rotações tranquilamente.
O motor da Stock é mais modesto e as rotações ficam em torno dos 6.000 também. Mas potência é o que não falta. Esses propulsores V8 podem entregar 500 HP de potência com 5.700 cilindradas.
Existem muitas diferenças entre os dois tipos de carros, já que eles são construídos com finalidades totalmente diferentes. Mesmo que você tivesse o último modelo da concessionária, não veria os veículos de competição em vias comuns.
Além disso, um não poderia ocupar o lugar do outro, pois ambos acabariam danificados rapidamente pela forma errada de uso.
Um carro normal pode virar veículo de competição?
Em algumas competições, os carros utilizados têm a mesma estrutura externa de automóveis comuns. É o caso da Copa Petrobras de Marcas e da competição de Rally WRC, que usam a carcaça de veículos comuns, como o Ford Fiesta e o Citroën C3.
Entretanto, as semelhanças se limitam à carroceria, pois tudo que há debaixo do capô é modificado. Porém, é debaixo da carcaça que estão as peças que reforçam seu alto desempenho, como tração integral e motores turbos com o dobro de cavalos dos vendidos nas lojas.
Assim, a resposta é sim, é possível transformar carros comuns em veículos de competição. Mas isso requer muito tempo e dinheiro, além de um mecânico de confiança.
Essa modificação seria muito demorada, além de extremamente pesada no orçamento. Para dar um panorama geral, seria preciso trocar os freios, a suspensão, incluir todos os itens de segurança para corridas, tirar todo o interior do carro e até mesmo melhorar ou substituir o motor.
Um veículo pode ser modificado para participar de competições, mas é importante ressaltar que, ao passar por isso, ele deve ficar longe das vias normais. Como ele vai perder suas características originais, deixará de atender ao código de trânsito brasileiro e não poderá ser emplacado.
Assim, é possível definir carros de competição como automóveis focados apenas no desempenho e nas condições exigidas de segurança, sem preocupação com conforto, consumo ou atrativos que são usados para conquistar o consumidor comum.
Eles não são produzidos em série, o seu custo de produção é muito elevado e muitas peças têm uma vida útil muito pequena, pois são fabricadas pensando apenas para durar uma prova, sendo substituídas depois de cada competição.
Quais são os carros de corrida mais famosos?
Lancia Stratos
Ganhou vida pela empresa italiana de design Bertone. O Stratos contava com o motor traseiro Ferrari V6. Obteve três vitórias no Campeonato Mundial de Rali entre 1974 e 1976, e venceu seu último troféu em 1981.
Porsche 917
Este foi o carro que deu à Porsche sua primeira vitória na famosa corrida 24 Horas de Le Mans, que até ganhou um filme de mesmo nome. Pelo menos 11 variantes diferentes do carro foram produzidas ao longo de sua vida de corrida ativa. Foi tão bem-sucedido na Can-Am que levou a culpa por acabar com a popularidade da série.
McLaren-Honda MP4/4
O MP4/4 foi conduzido pela dupla mais emblemática da história da Fórmula 1 – Alain Prost e Ayrton Senna. Também ganhou 15 dos 16 Grands Prix durante a temporada de 1988.
Ferrari F2004
Este carro ainda possui muitos recordes do Grand Prix de Fórmula 1 até hoje. Foi também o carro que o lendário Michael Schumacher conquistou o seu último Mundial de Pilotos. Ele e seu companheiro de equipe, Rubens Barrichello, tiveram 15 vitórias durante a temporada de Fórmula 1 de 2004.
Audi Quattro
Um ‘monstruoso’ carro do Grupo B de meados da década de 1980, o Quattro é considerado o melhor carro de ralis da história automobilística. Também definiu o padrão para todos os carros 4×4 do Campeonato Mundial de Rali, pois, até então, esses modelos eram conhecidos por sempre dar problemas.
Suas versões posteriores apresentaram uma aerodinâmica espetacular e níveis insanos de potência (cerca de 600 cavalos).
Maserati 250F
Um carro completamente belo, o 250F tornou-se rapidamente um ícone das corridas de Fórmula 1 dos anos 1950. Venceu sua corrida de estreia em 1954, com Juan Manuel Fangio ao volante. O carro também deu a Fangio a última das suas cinco vitórias no Campeonato Mundial de Pilotos.
Lotus 79
O Lotus 79 foi o primeiro carro de Fórmula 1 a tirar proveito do fenômeno do efeito do solo, dando aos carros muito mais aderência do que era possível até aquele momento. O americano Mario Andretti levou o carro ao sucesso do Campeonato Mundial, e era extremamente popular em 1978.
Ford GT40
Este foi projetado depois que Henry Ford II não conseguiu comprar a Ferrari, no início da década de 1960. Enraivecido, ele ordenou um carro que pudesse competir diretamente com a Ferrari (e esmagá-la) na corrida 24 Horas de Le Mans, o que resultou em vitórias por quatro anos seguidos – de 1966 a 1969.
O atual Ford GT é uma homenagem moderna ao modelo.
Porsche 911
O 911 está em constante evolução há mais de 50 anos, e muitas equipes de corrida têm competido em diferentes modalidades, e com incríveis sucessos. Os 911 de 1970 (ilustrado na foto) venceram as corridas de carros esportivos Targa Florio, Daytona, Sebring e Nürburgring, entre muitas outras.
Quais são os tipos de corridas?
O início do automobilismo
Antes de falar sobre os tipos de corrida, vamos contar como surgiu o automobilismo em si.
A primeira corrida de carros aconteceu na França. Mas ela não era nada veloz: os automóveis corriam a uma velocidade de 19 km/h. A prova se dividia em duas fases, sendo a primeira com 50 km e a segunda com 127 km.
Na ocasião, o vencedor foi desclassificado, porque, de acordo com os organizadores, o veículo apresentou um objeto proibido. O prêmio foi concedido ao segundo lugar, que foi ocupado por Georges Lemaitre.
Depois disso, a prática foi se espalhando para outros países e adquirindo novas características, a fim de se aperfeiçoar e garantir a segurança dos competidores.
Um dos principais episódios foi a proibição das corridas de rua, que aconteceu nos Estados Unidos e na França, o que incentivou as empresas a criar um espaço específico para o exercício do esporte. Inicialmente foram usados os hipódromos, originalmente criados para corrida de cavalos.
Alguns dos primeiros autódromos foram: o Milwaukee Mile, o Indianapolis Motor Speedway, ambos nos Estados Unidos, e o Brookslands, na Inglaterra. Quanto aos primeiros circuitos, destacam-se o Spa-Frahcorchamps, na Bélgica, e o Circuit de la Sarthe, na França.
Por falar em França, foi no país que nasceu a FIA — Federação Internacional de Automobilismo. É essa entidade a responsável por regulamentar e inspecionar os automóveis, assegurando que estejam segundo cada categoria, como fórmula, off-road, ralis etc.
Vamos ver agora as principais categorias da atualidade? Lembrando que existem também as categorias de corrida de moto que não serão vistas abaixo.
Fórmula 1
A mais tradicional categoria de automobilismo surgiu no século XX, em 1950. O nome fórmula é dado aos carros que competem. Eles são fabricados para uso do piloto, de maneira aerodinâmica. Disputado no mundo inteiro, a categoria se divide em 21 grand prix, repartidas entre cinco regiões: Ásia, Europa, Oriente Médio, Oceania e América.
Além da Fórmula 1, há também a Fórmula 2, que funciona como uma preparação para a primeira, na qual todos os competidores usam o mesmo chassi, motor e fornecedor de pneus. Há também a Fórmula 3, criada em 2019, como uma mistura das competições GP3 e o Campeonato Europeu de Fórmula 3.
Ela também é uma via de acesso para ser piloto da Fórmula 1. As três modalidades são organizadas pela FIA.
A Fórmula 1 conta com diversas competições, os GPs — ou Grande Prêmio, disputados em vários países ao redor do mundo. Em alguns anos, por exemplo, a modalidade apresentou 23 provas, iniciando no fim de março, no Oriente Médio, e encerrando a temporada em dezembro, com o GP de Abu Dhabi.
Stock car
Também muito tradicional, a stock car surgiu no final da década de 70 e é uma das que mais conta com patrocínios — como o da Fras-le e da Fremax — e cobertura da mídia. Os veículos usados são muito parecidos com os de passeio. Algumas das marcas que mais têm visibilidade são: Chevrolet e Toyota.
NASCAR
Além da competição, esse título também nomeia a associação automobilística responsável pelas disputas da modalidade de stock car. Iniciada nos anos 20, nos Estados Unidos, os circuitos são ovais e de longa duração. Ao todo, são mais de 1500 corridas e 1000 circuitos, sendo o Daytona 500 o mais famoso deles.
Rali
O rali é uma das categorias do automobilismo que conta com dois pilotos no interior do veículo: um deles dirige e o outro é responsável pela navegação.
A modalidade acontece em um espaço aberto, podendo ser uma estrada (Rally de estrada) ou de estágio (Rally de estágio), a categoria profissional. Esse último pode durar vários dias e inclui múltiplas etapas, com diferentes condições — como mata semifechada e até trechos com neve.
Em cada uma das modalidades citadas no último tópico, destaca-se uma ou duas competições que, geralmente, reúnem alguns dos melhores pilotos do mundo, que se evidenciam por seu talento nas pistas.
Rally Dakar
Considerada uma competição mista por reunir motos, caminhões e até quadriciclos, o Rally Dakar é a maior disputa de rali do mundo. Até 2019 acontecia na América do Sul, mas, no ano seguinte, voltou ao seu local de origem, no Oriente Médio. Tudo começou em 1978.
Apesar de muito famosa, a competição é recheada de polêmicas, já tendo sido cancelada pelo receio de ataques terroristas.
Rally dos Sertões
Um dos queridinhos no circuito nacional: esse é o Rally dos Sertões, nascido em 1993. Seu percurso começa em Goiânia e vai até cidades do Nordeste, como Fortaleza/CE. São quase 5000 km de corrida. Ela faz parte do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country e do Mundial Cross Country.
Fórmula Truck
Criada no fim dos anos 80, seu nome original era Copa Brasil de Caminhões. Os veículos de corrida são caminhões superpotentes, de 6 marcas. Ao todo são 24 pilotos e 14 equipes participantes. Dado o porte dos automóveis, as corridas têm um limite médio de velocidade, que não deve ultrapassar os 200 km/h.
Copa Truck
Com sede no Brasil, essa disputa começou no final dos anos 80. O campeonato acontece em temporadas, que se dividem em fases, geralmente, ocorridas nas regiões do Brasil. Exclusivamente nacional, a modalidade reúne os melhores pilotos de caminhão e é patrocinada pela Fras-le.
Corrida de Pista
São corridas realizadas em circuitos projetados especificamente para esse fim.
Corrida de Rua
São corridas em que se adaptam ruas para que os competidores disputem a prova com segurança para todos os presentes.
Corrida Cross Country
Esse tipo de corrida acontece em um terreno aberto e acidentado, sendo exigido carros mais robustos e pilotos extremamente treinados.
Corrida Trail
Corridas realizadas em campo aberto, porém em percursos demarcados por trilhas, facilitando a pilotagem.
Fazer corrida de rua é permitido perante a lei?
Correr pelas ruas, o chamado “racha” pode parecer uma brincadeira divertida para muitos amantes da velocidade, porém é uma prática bastante perigosa e imprudente, se não for realizada em um local propício destinado especificamente a ela.
Então, não poderia ser diferente: esse é um comportamento sujeito a rigorosas punições de acordo com a legislação de trânsito brasileira.
Como em quase todas as infrações de trânsito do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tirar racha não é permitido porque põe em risco a segurança de todo mundo que está transitando pela via – motoristas, pedestres e ciclistas.
Todos os motoristas que têm essa vontade de correr precisam ter em mente que uma rua, avenida, estrada ou rodovia não é um autódromo. O poder público investe muito dinheiro na conservação das vias públicas para facilitar o deslocamento das pessoas por meio de veículos automotores.
Esse deslocamento só funciona direito se houver harmonia entre os motoristas. É preciso ter respeito aquela velha máxima que diz que o direito de uma pessoa termina quando começa o de outra.
Além disso, essa prática desrespeita o dever de trafegar dentro do limite de velocidade determinado e de dirigir com a devida atenção e responsabilidade.
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