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Por quanto tempo o álcool fica no sangue? É possível acelerar sua eliminação?
Todo condutor deve saber que álcool e direção de veículos não combinam, definitivamente. Porém, alguns motoristas acreditam que, ao ingerirem uma pequena quantidade de bebidas alcoólicas, problemas não acontecerão, o que pode ser um grande engano.
Neste conteúdo, saiba por quanto tempo o álcool fica no sangue e qual seria a quantidade aceita, segundo a legislação brasileira. Um spoiler: em uma situação ideal, o motorista deve esperar, ao menos, 24 horas para dirigir depois de beber.
Se o amigo motorista for pego em uma blitz, após curtir um churrasco com cerveja, por exemplo, é importante estar atento sobre quanto tempo o álcool fica no sangue para fazer bafômetro.
Mas é sempre válido reforçar que: se for beber, não dirija – peça uma carona a um amigo que não bebeu, durma no local da festa ou chame um motorista por aplicativo. Cuidar do trânsito e zelar pela vida é um dever de todos.
– Como funciona o processamento de álcool no sangue?
– Cálculo do nível etílico no sangue
– Como acelerar a eliminação do álcool do organismo?
– Tempo seguro para dirigir
– Como funciona o bafômetro?
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Como funciona o processamento de álcool no sangue?
Para saber como funciona o processamento do álcool no sangue humano, é importante que o amigo condutor relembre um pouco as aulas de Ciências e Biologia. Um dos órgãos importantes neste processo é o fígado, que tem como função armazenar e distribuir a glicose, de modo a ser de extrema importância ao sistema nervoso. Vale ressaltar que o açúcar é a principal fonte de energia do corpo.
Imagine uma potencial falha nesta distribuição, como a hipoglicemia (quando a quantidade de açúcar no sangue vai para baixo de 70hm/dL). Isso afeta imediatamente o cérebro humano, de modo a trazer consequências bastante desagradáveis.
Um cidadão, que não se alimenta de forma correta, faz com que os níveis de glicogênio hepático diminuam ou, até mesmo, desapareçam. Contudo, a glicose tende a continuar sendo fabricada pelo fígado, a partir de proteínas dos músculos. A primeira consequência desta situação é o emagrecimento, devido ao processo de gliconeogênese.
Porém, este processo pode ser inibido, devido a uma potencial ingestão exagerada de álcool (como no caso das bebidas etílicas), de modo a gerar um quadro de coma por hipoglicemia.
São consequências que assustam, não é mesmo, amigo condutor?! E você pode estar se perguntando: mas qual é a relação do álcool com o sangue? Quando um indivíduo consome bebidas alcoólicas, parte deste álcool é absorvido pela mucosa estomacal, porém a maior parte desta substância entrará na corrente sanguínea por intermédio do intestino delgado.
Vale lembrar que o álcool é uma substância bastante solúvel em água e a consequência desta propriedade é que ele se distribui pelo sangue com muita rapidez, atingindo todo o corpo humano. Por exemplo, se uma pessoa de 70 quilos ingerir 25 ml de uísque, dose que contém cerca de 10 ml de etanol (7,8 g), haverá concentração final de aproximadamente 0,01% de álcool no sangue deste indivíduo.
Com este panorama, o álcool será removido do sangue através da oxigenação do fígado. É importante ter em mente que uma pequena quantidade de álcool não é metabolizada, de modo que pode ser expelida por suor, urina ou respiração.
Um ponto muito importante a ser considerado é que a resistência aos efeitos do álcool pode variar a depender das características de cada pessoa. Desse modo, a taxa de metabolismo do álcool no corpo humano pode variar de acordo com quantidade de enzimas especializadas no fígado. De maneira geral, após o consumo de bebidas alcoólicas, o álcool tende a atingir seu pico de concentração sanguínea dentro de 30 a 45 minutos.
Imagine essa situação com grandes quantidades de álcool consumidas: quanto mais álcool, mais acumulo de toxinas haverá no corpo, uma vez que a substância é metabolizada de forma mais lenta do que é absorvida. É importante estar atento aos contextos nos quais a bebida alcoólica é ingerida, pois alguns fatores podem influenciar no processo de absorção da substância pelo organismo.
Por exemplo, se o indivíduo consumir qualquer bebida alcoólica depois de uma refeição que tenha proteínas, gorduras e carboidratos, haverá uma diminuição em três vezes da velocidade de absorção do álcool – se comparada com a situação na qual a pessoa faz o consumo da bebida de estômago vazio.
Ainda: mulheres tendem a metabolizar o álcool através de um processo mais lento do que os homens. Assim, consequentemente, elas apresentam maior concentração de álcool no sangue após beberem a mesma quantidade de bebida que os homens. Ou seja, o vinho, a cerveja ou o uísque caem no corpo de forma diferente para mulheres e homens, biologicamente.
Vale ressaltar que os corpos das mulheres apresentam uma quantidade menor de água, se comparados aos homens, além de atividade mais baixa das enzimas que metabolizam o álcool no fígado. Mulheres são também mais suscetíveis a doenças musculares, cardíacas, hepáticas e cerebrais, quando há consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
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Cálculo do nível etílico no sangue
Cálculo de nível etílico do sangue de uma pessoa pode ser uma tarefa difícil. Afinal, a diversa gama de bebidas alcoólicas disponíveis no mercado também apresenta grande variação em suas composições. Ou seja, há diferentes quantidades de álcool em cada bebida.
Por exemplo, as cervejas brasileiras mais populares apresentam teor alcoólico com variação entre 3% e 6%. Por sua vez, o vinho branco apresenta, em média, 10% de teor alcoólico, enquanto que o vinho tinto tem 12% do teor alcoólico. Para quem curte bebidas destiladas, é importante saber que o teor alcoólico chega a 50%.
Imagine a dificuldade em saber exatamente o nível etílico quando o indivíduo mistura diferentes tipos de bebidas. O caminho para conseguir o cálculo é: ao multiplicar o volume de bebida ingerido em mililitros pela graduação alcoólica da bebida e, depois multiplicando o valor por 0,79 (que é a quantidade de gramas de 1 ml de álcool pesa), fica viável saber o volume de álcool consumido.
É importante considerar que o volume de sangue de um ser humano chega a 7% de seu peso. Por exemplo, uma pessoa que pesa 80 quilos tem cerca de 5,6 litros de sangue no corpo. Assim, uma dose de cachaça de 50 ml e 50% de teor alcoólico (ou seja, 25 ml de álcool, 19,75g) concentraria 0,035 g de álcool por litro. Desse modo, esta quantidade de álcool seria eliminada pelo corpo em cerca de três horas, teoricamente.
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E o que diz o Código de Trânsito Brasileiro?
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mais precisamente, no artigo 306, do capítulo XIX “Dos crimes de trânsito”, conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa, que determine dependência, pode trazer algumas penas. São elas: detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a Permissão para Dirigir (PPD) ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dirigir veículo automotor.
Esta punição é aplicada em situações como:
- Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar.
- Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), alteração da capacidade psicomotora.
É importante destacar que o agente de trânsito apenas poderá fazer a verificação se esta for obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
Ainda: o CONTRAN deve dispor sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado, conforme destacamos neste box. Vale dizer que pode ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) para se determinar a presença ou não de álcool no corpo do condutor, bem como a quantidade.
Como acelerar a eliminação do álcool do organismo?
É muito importante que o amigo condutor tenha em mente que não há como acelerar o processo de eliminação do álcool no corpo humano. E não há atalhos para diminuir essa eliminação de álcool no corpo – ou seja, não adianta beber água ou café, nem comer salgados, azeite ou doces, nem se automedicar com aspirina, pois estes itens não alteram a metabolização da substância.
Contudo, é recomendável ingerir água ou ainda bebidas não alcoólicas entre as doses da bebida etílica, o que ajuda a evitar ressaca e amenizar a sede. Novamente, estes costumes não mudam o resultado no teste de bafômetro, nem diminuem a quantidade de álcool no sangue. O ideal é: se beber, não dirija!
Caso o indivíduo tenha ingerido bebidas com álcool e tenha a ideia de fazer exercícios, é válido saber que este gesto também não acelera a eliminação da substância no sangue e nem o ajudará. Aliás, fará com que o corpo perca ainda mais água, de modo que apenas uma parte irrisória de álcool no sangue será eliminado pela transpiração.
Se alguém sugerir que vale a pena se expor ao frio para acelerar a eliminação do álcool no sangue, saiba que este gesto também não é válido. E há uma explicação que depende do corpo de cada pessoa: o tempo de eliminação do álcool varia, considerando também o gênero, a idade, o peso e o uso de medicamente que o cidadão venha a ter, para citar alguns detalhes determinantes.
Bafômetros e demais aparelhos, que as autoridades de trânsito (como a Polícia Rodoviária Federal) podem fazer uso, apresentam capacidade de detectar o álcool no corpo até 12 horas após a ingestão do mesmo. Essa situação pode se estender a até 24 horas, a depender do consumo – ou seja, quanto mais álcool, mais difícil a eliminação desta substância no corpo.
Tempo seguro para dirigir
A sugestão é que o condutor dirija apenas após 12 horas da ingestão de álcool, ao consumir quantidades pequenas de bebidas etílicas. Já para quantidades grandes, é recomendável esperar 24 horas e, apenas depois isso, pegar o carro para transitar.
No cenário ideal, o condutor que ingeriu álcool hoje não pode dirigir neste mesmo dia, deve aguardar até amanhã. Afinal, mesmo após ser eliminado do corpo humano, o álcool pode provocar alguns efeitos adversos, que podem atrapalhar muito a concentração do motorista no trânsito.
Como funciona o bafômetro?
Você já ouviu falar sobre o etilômetro, amigo condutor? Não?! Mas possivelmente a versão mais popular do seu nome já deve ter sido assunto em algum momento de sua vida como condutor. Estamos falando do famoso bafômetro, o instrumento utilizado pelas autoridades de trânsito, durante uma blitz, para mensurar a quantidade de álcool ou mesmo detectar esta sustância no corpo de um motorista.
Há alguns motoristas que costumam inventar métodos bastante criativos para evitar essa detecção feita pelo bafômetro, mas não tem jeito. Afinal, o álcool não é detectado pela boca e nem pelo estômago do indivíduo, mas, sim, pelos pulmões. Mas como assim? Vem que a Zapay lhe explica!
Na hematose, o sangue pobre em oxigênio (quantidade baixa de oxigênio) é filtrado pelo pulmão, de modo a se tornar rico neste elemento químico. Assim, o ar dos pulmões poderá ser uma espécie de espelho do sangue do corpo humano, de modo que o álcool poderá ser detectado de todo jeito.
É importante ter em mente que as estimativas de detecção de álcool de 12 a 24 horas são arredondamentos (aproximações), assim, podem variar de acordo com diversos fatores. Desse modo, é impossível cravar um horário definido para pode conduzir um veículo após ingerir álcool.
Por isso que a recomendação é de que, idealmente, o condutor que consumiu bebidas alcoólicas espere, ao menos, um dia (24 horas) para voltar à direção. Se puder esperar um prazo maior ainda, será melhor para a total segurança.
Fique por dentro sobre a Lei Seca.
A Lei nº11.705/2018, popularmente conhecida como Lei Seca, destaca-se por seu rigor acerca do consumo de álcool por parte dos condutores de veículos automotores. O objeto desta lei é diminuir os acidentes de trânsito que são causados por motoristas alcoolizadas. Esta lei atua para proibir qualquer consumo de bebida alcóolica, bem como a venda destas ao longo das rodovias federais.
Após ser sancionada, a Lei Seca passou a permitir 0,1 mg/l de álcool por litro de sangue. Hoje, a tolerância é de apenas 0,05 mg/l de álcool por litro de sangue. Assim, no que diz respeito aos exames de sangue, nenhuma quantidade de álcool é tolerada – antes, era possível acusar até 2 decigramas de álcool.
Isso mostra que, ao longo do tempo, a Lei Seca foi ficando cada vez mais rígida, o que trouxe também atualização no valor da multa a ser pago, dentre outras penalidades impostas ao condutor flagrado alcoolizado. Assim, o condutor alcoolizado que for flagrado alcoolizado por um agente de trânsito, em uma blitz, por exemplo, estará cometendo uma infração gravíssima.
A punição é de uma multa (com fator multiplicador), no valor de R$2.934,70, sete (7) pontos descontados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Se for flagrado novamente (ou seja, se há reincidência), o valor da multa será o dobro.
Quando o motorista flagrado se encontra com níveis acima de 0,3 mg/l (ou seja, está bastante embriagado), há chance de ele ser preso, por um período de seis meses a um ano.
Para saber mais sobre a Lei Seca, clique no link.
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Alessandra
Jornalista formada há mais de 15 anos, com 12 anos de experiência em produção e criação de conteúdo, edição de texto, e gestão de pessoas. Atualmente atuo como redatora e produtora de conteúdo SEO freelancer.