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Lasanha, Zequinha: Gírias de carros que nem todo mundo conhece

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Engana-se quem pensa que lasanha diz apenas respeito ao prato da culinária italiana. Nesse artigo, você poderá conhecer o carro lasanha e outras gírias, atuais e antigas, que falam sobre o universo automotivo, com homenagens aos fãs e às situações não tão agradáveis assim que envolvem carros.

Coloque seu cinto de segurança e embarque com a Zapay nessa viagem que extravasa os memes das páginas de influenciadores especializados em carros.  

– Você sabe o que é uma lasanha (o carro, não o prato) 

– Apzeiro 

– Bacalhau 

– Bengador 

– Bomba 

– Casamento 

– Chora boy 

– Fanboy 

– Gearhead 

– Girador 

– Kit padaria 

– Maconha 

– Resto de rico 

– Xuning 

– Zequinha 

– Barbeiro 

– Braço duro 

– Brasa 

– Calhambeque 

– Carango

Dicas da Zapay: fique por dentro sobre os melhores carros antigos e mate as saudades de sua época predileta quando o assunto são os veículos automotores do século passado. 

Você sabe o que é uma lasanha (o carro, não o prato) 

Se você acompanha canais no YouTube ou influenciadores especializados em carros, certamente já ouviu o termo lasanha. Ele diz respeito a aquele automóvel que teve uma história triste, repleta de batidas, ralados e outros problemas desse tipo.

Há quem possa pensar: um bom funileiro dá jeito nesse veículo. Porém, amigo condutor, nem sempre funciona dessa forma. Pode ser que o mais talentoso dos funileiros deixe o carro apresentável para que o condutor interessado em passar o automóvel para frente, de maneira que no anúncio possa constar que se trata de veículo de único dono (se for o caso) e está em excelente estado de conservação.

Esse é o retratado de uma lasanha: um carro que está cheio de massa e com várias camadas diferentes de tinta em sua superfície. O apelido tem como inspiração evidente o famoso prato da culinária italiana formado por camadas de massa e molho.

Nesse artigo, você pode conferir outros termos próprios do universo de quem é aficionado por carros. Spoiler: há um termo referente aos membros desse “fã-clube” – são os gearheads. Confira a lista a seguir dos verbetes que vão muito além dos dicionários. 

Dicas da Zapay: se o amigo condutor passou por algum acidente de trânsito, pode ter pensado: “carro batido, o que fazer?”. Não precisa ficar em pânico, pois a Zapay está aqui para lhe ajudar. Saiba o que fazer nessa situação no artigo, artigo em destaque, que é especial sobre o tema.

Apzeiro

Você já deve ter percebido que há alguns condutores ou admiradores do mundo automotivo que são verdadeiros fãs de determinadas montadoras ou fabricantes – no linguajar popular deste universo, a pessoa com tais características é um fanboy. Contudo, há casos mais específicos ainda em que a admiração vem de um motor – mais especificamente, o AP – que foi produzido pela Volkswagen e estrou na linha de 1986, sendo produzido até 2012.

Trata-se de um propulsor de quatro cilindros, presente em veículos como Gol, Voyage, Passat, Parati e Saveiro. O motor AP foi ainda emprestado aos veículos da Ford, durante a época da Autilatina, tendo como contemplados modelos clássicos como Escort, Del Rey e Belina.  

O motor AP apresentava alto desempenho e se tornou uma lenda no meio automotivo, sendo um dos mais cobiçados para realizar preparações. Por isso ainda hoje vemos os apzeiros (cheios de saudades).

Dicas da Zapay: tire suas dúvidas sobre a Dívida Ativa SP.

Saiba mais sobre o morto AP da Volkswagen

O motor Volkswagen AP (Alta Performance) é um motor de quatro cilindros em linha que foi produzido pela Volkswagen do Brasil a partir da década de 1980, conforme já destacamos. 

Ele foi projetado com foco em desempenho e durabilidade, sendo utilizado em uma variedade de veículos da Volkswagen e de outras marcas que faziam parte do Grupo Volkswagen. O motor AP ganhou popularidade por sua robustez e capacidade de receber modificações para aumentar sua potência.

Vale destacar que o motor AP foi produzido em diversas variações de cilindrada, incluindo 1.6L, 1.8L e 2.0L. Além de ser um motor de quatro cilindros em linha, apresentava cabeçote de motor de fluxo cruzado (crossflow) e comando de válvulas no cabeçote (DOHC). Ainda: esse motor incorporava tecnologias que melhoravam sua eficiência e desempenho, pois o cabeçote de fluxo cruzado permitia uma melhor mistura de ar e combustível, resultando em uma queima mais completa e eficiente.

Devido à sua estrutura robusta, o motor AP era amplamente utilizado para modificações de desempenho, como turbocompressores, ajustes de cabeçote, pistões forjados e outras melhorias para aumentar a potência. É importante dizer que o motor AP deixou um legado significativo no cenário automotivo brasileiro e em outras regiões onde foi utilizado. Sua popularidade entre os entusiastas e preparadores de carros esportivos contribuiu para uma forte cultura de customização e tuning.

carro lasanha

Bacalhau 

Essa é uma gíria bastante regional e que pode ser familiar aos condutores cariocas. Se você for um motorista paulista, possivelmente conhece o termo gato. 

Bacalhau e gato tem o mesmo significado no linguajar automotivo, afinal eles dizem respeito àquela conversa proibida, ou ainda ao gesto de cortar caminho em uma rua de contramão, dentre outras gambiarras perigosas e que rendem xingamentos, infrações, multas e péssimos exemplos ao volante.

Bengador 

Imagine a seguinte situação: você está trafegando na estrada e, de repente, vê um veículo lá atrás, dando farol alto intensamente. Trata-se de um potencial bengador, que é o motorista que pensa que tem o automóvel mais potente do mundo, porém só está agindo de forma exibida e sem noção. 

Bengador é aquele motorista e vai para uma pista e domina o melhor tempo enquanto lá trafega, por exemplo. 

Bomba 

Esse é um termo bastante conhecido por vendedores de automóveis. Afinal, ele retrata aquele modelo que é amigo dos mecânicos e apresenta a quilometragem ideal para dar dores de cabeça.  Sabe aquele carro cujo conjunto está tão ruim que somente um milagre explica como ele conseguiu chegar ao destino e continuar rodando? Esse é o veículo bomba.

Casamento

Qual carro é o seu sonho de consumo, amigo motorista? Há alguns modelos que são a meta de muita gente, porém nem sempre são bem vistos por lojistas ou mesmo por outros condutores. Esta situação é um casamento, pois o proprietário ficará longuíssimos anos com o automóvel em questão. Um relacionamento duradouro!

Chora boy

Chora boy! Nada mais é do que aquele automóvel rebaixado, com luz neon, que está pronto para uma exibição a la Need for Speed Underground ou para chegar “daquele jeito” no baile.

Hoje, essa expressão reverbera muito menos preconceito do que termos como “carro de vileiro” ou “carro de mano” (“manolagem”), que são demasiadamente pejorativos e com objetivo ofensivo.

Fanboy 

Lembra doa apzeiros lá no início do nosso artigo? Agora chegou o momento dos fanboys brilharem. Vale destacar, mais uma vez, que eles dizem respeito aos fãs de marcar ou modelos específicos de carro.

Vale toda a paixão: memes em abundância, textões na web, lamentos e muitos elementos para discussões e brigas on-line para defender o modelo ou a montadora favoritos.

O mundo da tecnologia também faz uso do termo fanboy – para designar os fãs de algumas marcas, como os aficionados pela Apple. 

Gearhead 

Na tradução, gearhead é uma “cabeça de engrenagem”. Na língua popular do mundo automotivo, é aquele indivíduo que sabe tudo de mecânica e engenharia, mesmo que não tenha diploma nessas áreas. Aquela pessoa que lembra com facilidade os números dos mais diversos modelos de carros. Ou seja, um grande apaixonado por automóveis.

Aliás, amigo condutor, é bastante provável que você que está lendo esse artigo seja um legítimo gearhead, não é mesmo?! 😉

Girador 

Para que um carro tenha essa alcunha, sua rotação deve estar lá no alto na menor pisada no acelerador. Isso pode acontecer até mesmo com o veículo motor 1.0 manual, a ponto de deixar o ponteiro invadir a faixa vermelha por muito tempo ou então surgirá uma surpresa nada boa…

Kit padaria 

O kit padaria diz respeito a um conjunto relativamente barato de itens e serviços (se comparadas com as preparadoras homologadas) que prometem aumentar o desempenho do veículo. De acordo com tais técnicas, ao mudar os padrões definidos pela montadora/fabricante na central eletrônica do automóvel, é feita a “chipagem” para extrair mais potência e elevar o torque. 

Porém, esse kit padaria pode não ser tão bacana assim: ao fazer as mudanças, não há mais garantia do fabricante e o seguro pode negar o contrato. 

Maconha

Um carro que fuma. Isso quer dizer problemas no motor, radiador ou outro componente mecânico do automóvel podem trazer aquela nuvem de fumaça que sai do escapamento. Por isso, alguns chamam de maconha. 

Resto de rico 

Esse é aquele veículo que a priori era destinado exclusivamente aos motoristas de classes sociais mais altas há uns oito ou 10 anos. Porém, agora esse carro é revendido por um quarto de seu valor original. 

Por isso o nome resto de rico (que é uma crítica social, de certa forma), que pode ser um carro bomba, caso a manutenção não tenha sido considerada pelo proprietário atual desse automóvel de cerca de 10 anos. Aliás, é bastante provável que a manutenção seja frequente.

Xuning 

Um modelo de carro com visual exclusivo – essa é a paixão de muitos fãs de veículos automotores. Para tal, há as empresas que realizam tuning leve, mas o que seria o xuning? Diz respeito a colocar luzinhas de LED parecidas com pisca-pisca de Natal pela carroceria do automóvel, ou ainda fazer envelopamentos esteticamente questionáveis, ou mesmo instalar um aerofólio que não deveria estar lá. Ou seja, xuning é um gosto estético bastante questionável – e com mil opções.

Zequinha

Na sua turma, há aquele amigo motorista que é boa praça, porém não entende muito de pilotagem fora da estrada. Esse é o Zequinha, que está sempre disposto a dar aquele apoio moral e preparar o churrasco para todos ao final da trilha. 

O Zequinha é aquele amigo que participa dos ralis no banco de trás, sendo convocado para encher galões de água, abrir e fechar porteiras, entre outros trabalhos. 

O apelido tem como inspiração o irmão do Speed Racer, que se chama Zequinha – que sempre dava um jeito de ir escondido nas corridas.

Aliás, você conhece o Speed Racer, amigo condutor? Essa é uma série de mangá e anime dos anos 1960, que foi desenhada e roteirizado por Tatsuo Yoshida. Na trama, Speed Racer (nome dado na adaptação norte-americana do anime) é um talentoso jovem piloto de corrida de 18 anos. Ele dirige o carro Mach 5, criado por seu pai (Pops Racer) e vive diversas aventuras dentro e fora das corridas com sua equipe

A seguir, conheça algumas gírias antigas que eram ou são usadas no mundo automotivo.

Barbeiro 

Esse é um termo é bastante útil até hoje, afinal, ele diz respeito àquele motorista que não é muito habilidoso ao volante e que comete “barbeiragens”. 

Aliás, a origem do termo está relacionada ao ofício de barbeiro, que não tinha relação com os profissionais que deixam barba, cabelo e bigode mais estilosos. Antes, tais profissionais realizavam cirurgias, como extrações de dentes e amputações de membros – por isso a fama de não serem as pessoas mais sutis no trabalho manual.

Braço duro 

Braço duro é mais um termo utilizado para os condutores que não dirigem tão bem. É comum também eles serem chamados de roda presa – mas essa é apenas para os mais íntimos.

Brasa 

Dá para ouvir a voz do cantor Roberto Carlos ao lermos a expressão “brasa”. Ela está relacionada a um automóvel invocado. Esse termo era usado há algumas décadas no Brasil. 

Calhambeque 

O calhambeque é um automóvel velho e/ou mau estado de conservação. Essa é mais uma expressão antiga e que tem recorrências nas canções do Rei, Roberto Carlos.

Carango

Carango é um sinônimo de carro. Como os demais verbetes antigos, ele caiu em desuso na década de 1980.

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Alessandra

Jornalista formada há mais de 15 anos, com 12 anos de experiência em produção e criação de conteúdo, edição de texto, e gestão de pessoas. Atualmente atuo como redatora e produtora de conteúdo SEO freelancer.

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