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Carros antigos: conheça os melhores

Cada vez mais, aumenta o número de motoristas que optam por um modelo de carro mais antigo, consequentemente aumentando o número de carros antigos à venda. É preciso avaliar bem os carros antigos, nomes de cada uma das peças, estado de conservação e muito mais antes de pensar em comprar um deles. Então, aperte o cinto e venha embarcar com a Zapay neste artigo, que aborda tudo o que você precisa saber sobre carros antigos – e, quem sabe, adquirir o seu.

Quais os melhores carros antigos? 

Qual é o valor de um carro antigo?

Qual é o carro mais antigo que existe no Brasil?

Qual a vantagem de ter um carro antigo?

Charmosos e cheios de estilo, os veículos antigos chamam a atenção em qualquer rua. Artigo de luxo para muitos colecionadores, estes veículos despertam o interesse, o imaginário, o desejo e muitas outras emoções para os apaixonados por carros.

Algumas vantagens em possuir esse tipo de automóvel é a isenção de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), mas cada estado possui sua regra. Veja a tabela abaixo:

Carros com 10 anos de fabricação

Nos estados do Acre, Rio Grande do Norte e Roraima, ficam isentos os carros com 10 anos de fabricação. Exemplos: Audi A3 2010, Audi A4 2010, BMW 120i 2010, BMW 130i 2010, Chevrolet Astra 2010, Blazer 2010, Citroën C3 2010, entre outros.

Modelos com 15 anos de fabricação

Enquanto isso, em outros estados, não é pago o IPVA de carros com 15 anos de fabricação. Neste caso, a regra vale para os seguintes estados: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe e, por fim, Tocantins.

20 anos de fabricação

Já nos estados de São Paulo, Alagoas, Paraná e Rio Grande do Sul estão isentos de IPVA veículos com 20 anos de fabricação. Por exemplo, Alfa Romeo 145 2000, Asia Topic 2000, Audi A3 2000, Audi A6 2000, Chevrolet S10 2000 e outros.

Santa Catarina: quais carros não pagam IPVA

Por outro lado, a regra é diferenciada no estado de Santa Catarina. Dessa forma, não pagam o IPVA carros fabricados até o ano de 1985. Alguns exemplos são: Ford Jeep CJ-5 1975, Jaguar XJ6 1983, Toyota Bandeirante 1981, Willys Rural Pickup 1966, entre outros.

Redução gradativa, porém, sem a isenção de IPVA

Em Minas Gerais, por exemplo, alguns carros mais antigos possuem redução gradativa de IPVA. Porém, não ficam 100% livres do imposto. Entram na lista, por exemplo, Ford F-100 1964, Ford Mustang Hardtop 1967, Chrysler Esplanada 1968, Volkswagen Variant 1971, Mercedes-Benz 230 E 1976, Porsche 928 1979, Fiat Uno 1984, dentre outros.

Assim, nestes casos, é preciso consultar o DETRAN MG (Departamento Estadual de Trânsito), a fim de saber sobre eventual isenção de IPVA ou redução da taxa.

Mas fique ligado! Além da isenção do IPVA, é importante manter o seu carro sempre com a vistoria veicular em dia. Para saber como funciona essa vistoria, a Zapay preparou este conteúdo especial, para que você possa ficar por dentro deste assunto. 

Quais carros são considerados antigos?

Antes de mais nada, é preciso definir bem quais veículos são considerados antigos. Um carro antigo, segundo definição da Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA), é um automóvel que tem uma certa idade e, mesmo sendo uma classificação objetiva, ela serviu como forma de preservação de modelos de carros obsoletos em termos tecnológicos, mas que possuem alguma importância histórica ou afetiva. 

Importante ressaltar a diferença entre um carro antigo e um carro histórico, que, ainda segundo a FIVA, é um veículo que possui pelo menos 30 anos de idade, e está conservado e fiel à sua fabricação, do ponto de vista histórico. Porém, vale destacar que estes carros antigos não são mais meios de transportes e apenas itens valiosos.

Carros antigos x Veículos Históricos

Para conferir de perto ainda mais essa diferença, basta ver algumas das classificações que a FIVA faz baseada no estado de conservação dos mesmos.

Classe 1 – Autêntico:

É o veículo preservado da forma como foi fabricado, o projeto original. Deve estar bem conservado, em estado totalmente original, seja no exterior ou no interior, podendo apenas ter trocado os pneus, as velas, as baterias e outros itens que precisam ser vistos em cada revisão. 

Classe 2 – Original: 

Muito parecido com a Classe 1, esse veículo deve manter o seu estado original, porém já um pouco castigado pela ação do tempo. Pode ter algumas de suas peças trocadas por outro da mesma espécie de sua fabricação na época, além de ter pintura e estofo, dentre outras partes, refeitos para ter sua aparência mais parecida com a versão de fábrica.

Classe 3 – Restaurado: 

Esse veículo já foi totalmente ou parcialmente desmontado, consertado e remontado, tendo leves mudanças na parte da origem caso não estejam disponíveis as peças ou materiais usados na época. O seu acabamento pode ser recente, mas deve seguir as especificações do projeto original.

Classe 4 – Reconstruído:

A última categoria é para os carros que seguem apenas o modelo original, mas usam peças fabricadas fora do período, como por exemplo a carroçaria, o bloco do motor, a classe, etc. Acaba sendo um modelo muito escolhido para aqueles carros mais raros, onde as peças não são facilmente comercializadas.

Quais os melhores carros antigos?

Existem diversos carros antigos brasileiros muito vantajosos até hoje, dependendo das necessidades de cada pessoa. Vejamos alguns dos principais modelos abaixo:

VOLKSWAGEN VOYAGE

Esse modelo possui bom torque de motor AP 600 e tem uma parte mecânica que não vai deixar o condutor na mão. Se assemelha ao Gol, com a vantagem de ter maior probabilidade de estar mais bem conservado, devido ao baixo interesse dos motoristas recém-habilitados na época de seu lançamento.

FIAT 147

Um modelo compacto e de excelente custo-benefício, o 147 é um dos carros antigos menos inflacionados, sendo seus últimos modelos fabricados nos meados dos anos 80.

VOLKSWAGEN FUSCA

Um dos carros mais charmosos de todos os tempos, o Fusca ainda conquista o coração de milhares de brasileiros devido ao seu preço em conta, ao design divertido e ao baixo custo na hora de renovar suas peças.

CHEVROLET MONZA

Uma verdadeira febre nos anos 80, o Monza foi um dos sedãs que marcaram uma geração e até hoje fazem bonito nas ruas. Isso inclui até uma comunidade de apaixonados que ajuda na hora de buscar suas peças. Importante destacar que existe seu modelo inicial e os modelos a partir de seu novo design, conhecida como fase “tubarão”, sendo essas as com mais valor histórico.

VOLKSWAGEN KOMBI

Para fechar a lista temos a nossa querida Kombi. Hoje um ícone pop, essa grandona carismática possui um motor super fácil de fazer a manutenção, porém os donos têm dificuldade em encontrar algumas peças de acabamento. As Kombis andam tão populares que cada vez mais tem ido parar em países do exterior, na mão de colecionadores europeus, ou seja, está virando um item muito raro.

Qual é o valor de um carro antigo?

O valor de um carro antigo é bem variável, e leva em conta desde seu estado de conservação até o apego de seu dono. Podemos fazer um exercício analisando o mercado brasileiro que, hoje, os modelos mais em conta nos classificados estão entre R$ 15 mil e R$ 25 mil reais, contando um carro em bom estado de conservação, com sua manutenção em dia e com um vendedor confiável. Importante ressaltar que mais do que fotos de carros antigos, sempre é bom você conferir pessoalmente o modelo antes de fazer qualquer negócio pela internet. Saiba algumas dicas fundamentais para serem usadas na hora de comprar o seu carro antigo.

– Todo carro antigo tem um número de chassi, que é o seu registro de identificação. Por isso, sempre confira se esse número é igual ao do documento do carro.

– Pergunte se o veículo é importado e peça os documentos de importação.

– Faça uma vistoria do carro junto do proprietário. Todas as dúvidas sobre onde e como fazer essa vistoria você pode tirar no link destacado. 

– Veja se a quilometragem é a original.

– Fique atento para conferir se as despesas de manutenção desse carro cabem no seu bolso. Muitas vezes, elas podem ser bem mais caras que as dos veículos modernos. Uma das formas de fazer isso é através de uma vistoria.

– Escolha de maneira racional o tipo de veículo que combina com você. Vai levar a família toda? Quer curtir com a(o) namorada(o) uma viagem em um conversível? Todas estas situações importam na hora de planejar qual carro supre as suas necessidades.

– A internet é sua aliada para saber tudo sobre o modelo escolhido por você. E, claro, fique sempre ligado aqui na Zapay para saber tudo sobre o mundo dos veículos.

– Caso encontre ferrugem, procure saber mais e reavalie sua compra.

– Faça um test-drive! Afinal, é dirigindo que você pode avaliar melhor como será seu dia a dia com ele.

– Desconfie em caso de pagamento antecipado, não caia em golpes.

-Leve um especialista no assunto, caso não se sinta seguro.



Qual o melhor carro antigo para reformar?

O melhor carro antigo para reformar é outra questão que depende muito do estado em que o carro se encontra. Seguindo as recomendações acima, você tem boas chances de fazer um bom negócio e encontrar um modelo que te satisfaça.

Qual carro antigo é mais econômico?

Muitos escolhem um carro antigo pensando no bolso. Sempre é importante avaliar as condições de cada peça do carro e do seu motor para saber o quanto ele é econômico. Muitos modelos antigos, como o Opala e o Monza, costumam consumir muito combustível ao rodar grandes quilometragens, porém sua manutenção pode fazer valer a pena. 

A melhor forma é pesquisar de acordo com sua necessidade e o tipo de vida que você leva, as distâncias que você percorre e todas as outras variáveis que somente o motorista pode responder.

Qual carro antigo é considerado o mais bonito?

Beleza é sempre subjetiva, mas o coração brasileiro tem sempre espaço para um clássico: o Fusca.

O Volkswagen Fusca foi um dos modelos de carro mais vendidos na internet, em 2021, segundo levantamento da OLX. Toda sua beleza chama a atenção, mas será que você conhece a origem deste clássico no Brasil?

Nosso amado Fusca começou a ser produzido em nosso país pela Brasmotor, em 1950.

Três anos depois, a Volkswagen se estabeleceu no Brasil e assumiu todo o processo de montagem, já prevendo o seu sucesso estrondoso. 

Apelidado como “besouro” ou “fusquinha”, o modelo inicial tinha o motor de quatro cilindros opostos dois a dois, refrigerado a ar, e chegava até a mais de 100km/h.

E tem mais: câmbio de quatro marchas à frente (primeira não sincronizada), tração traseira, suspensão dianteira e traseiras independentes com barras de torção, estabilizador e amortecedor de dupla ação e freios hidráulicos nas quatro rodas. 

No início dos anos 1960, o sistema de pisca-pisca vai para as lanternas traseiras, com as luzes de freio. 

Lá no início de 1970, o designer Herbeth Shäfer criou um projeto que ficou conhecido como “Fuscão”, oferecendo opcionais freios a disco nas rodas dianteiras. Seu interior recebeu uma bela repaginada, com um acabamento minucioso que se assemelhava a madeira.

Mas foi 1974 o ano que marcou o seu sucesso absoluto em terras brasileiras. Apelidado de “Bizorrão”, ganhou uma cara muito mais esportiva e despojada.

O capô traseiro trazia um adorno de plástico e rodas aro 14, mais largas. Seu interior ganhou novos instrumentos: volante esportivo, conta-giros e bancos anatômicos. Sua produção nesse ano foi de aproximadamente 239.393 unidades.

O primeiro Fusca à álcool chegou somente em 1980, conhecido como “Super-Fuscão”, que rapidamente sumiu em 1983, para dar lugar a uma mudança brusca no ano seguinte. Pistões, cilindros e cabeçotes redesenhados integram o novo 1.6. Novas câmaras e combustão, 46 CV e torque máximo de 10,1 kgf/m. equipavam a versão. Novos freios a disco na dianteira e barra estabilizadora traseira redesenhada para uma melhor performance aerodinâmica.

Mas em 1986 (temporariamente) foi parada a produção do carro no Brasil. O retorno só aconteceu em 1993, quando foram fabricados as unidades batizadas de “Série Ouro”.

Anos mais tarde viria o New Beatle e o Novo Fusca, porém esses modelos já estavam muito diferentes dos originais e não causaram tanto impacto no público.

Com mais de três milhões de unidades feitas aqui, o Fusca já é um ícone nacional, presente nas ruas de qualquer cidade brasileira. Exemplares bem conservados ou restaurados são disputados ferrenhamente por colecionadores, enquanto dezenas de milhares continuam sendo usados no dia a dia como meio de transporte ou ferramenta de trabalho. Essa é a beleza do Fusca.

Quanto custa a reforma de um Fusca?

Já deu pra perceber que o Fusca é um clássico, sendo até hoje objeto de desejo para colecionadores. Isso resultou na procura de restaurações desse modelo. Se você está pensando em se aventurar nesse desafio, confira essas dicas valiosas.

Quando for comprar o seu Fusca para restauração, leve um especialista para procurar detalhes e defeitos que quem não tem experiência pode deixar passar despercebido, assim como sinais de desgaste. Afinal, a ferrugem escondida de hoje pode causar uma uma grande dor de cabeça amanhã.

Quanto mais antigo o Fusca, mais original será sua experiência ao dirigi-lo, por isso é importante saber o ano de fabricação antes de fechar negócio.

– O investimento vai depender totalmente das condições iniciais do carro, do seu estado de conservação. Afinal, existem casos em que uma reforma simples já deixa o carro como o original, reduzindo o investimento sensivelmente. Esses casos são para os carros de categoria popular, que podem ser reformados com um investimento de até quatro mil reais. Caso você se depare com um carro mais antigo e razoavelmente conservado, é possível que um investimento de 10 mil reais seja o suficiente para deixá-lo fiel ao projeto original. Vale ressaltar que quanto menos peças de época você tiver, menos o custo de sua reforma. 

– Por fim, um cenário ideal, e raríssimo, quando você consegue garimpar o modelo do Fusca que sempre sonhou e quer toda sua originalidade de volta. Aqui, as peças para carros precisam ser trocadas apenas por originais, a funilaria e pintura devem ser refeitas minuciosamente, assim como toda a parte interna. Portanto, essa restauração sai muito mais salgada e o preço varia bastante, indo entre 40 e até mesmo 100 mil reais.

Ao sonhar com a posse do Fusca, em grande parte dos casos problemas relacionados à idade do carro são esquecidos totalmente, gerando frustração por parte de seus novos donos. Por exemplo, a ergonomia e conforto dos carros não é como dos modelos atuais, assustando motoristas mais novos acostumados com a evolução da nossa indústria. Existem ainda outras diferenças: ele não possui direção hidráulica, o motor esquenta de forma exacerbada e ainda as peças automotivas são bem mais frágeis.

Quando falamos de carros antigos, um simples detalhe que passa despercebido por leigos pode custar muito mais caro do que o esperado. Por isso, reforçamos a necessidade de ter um especialista ao seu lado para lhe ajudar em todas as escolhas. Converse sempre com um mecânico de sua confiança. 

É importante ser crítico em relação a aparência do carro que você deseja restaurar. O bom estado da carroceria e do chassi em alguns casos é até mais importante do que o motor na avaliação de restauração. Isso porque, alguns modelos possuem peças disponíveis no mercado com bom acabamento e preço acessível. No entanto, uma lataria enferrujada não pode ser ajustada com facilidade. Os itens de funilaria chegam a variações extremas, de 5 a 50 mil reais.

CURIOSIDADE NA PISTA

Qual é o carro mais antigo que existe no Brasil?

 Apenas um carro brasileiro sobreviveu do século 19 até os dias de hoje. É a Voiture Légère Clément, para três passageiros, fabricada pela francesa Clément-Panhard, e que foi comprada na época por José Henrique Lanat, engenheiro e empresário do mesmo país que residia em Salvador.

Se quiser saber outras curiosidades e conhecer algumas das listas da Zapay, como os 25 carros mais caros do mundo e os 10 carros mais baratos para comprar em 2022, é só acessar aqui ou aqui, respectivamente.

One thought on “Carros antigos: conheça os melhores
  1. Interessante que a matéria fala do Fusca a álcool na década de 80. Lembro muito bem que em março de 1972 Gui transferido para a cidade de Dom Pedrito, RS, próxima de Bagé e Santana do Livramento. Lá conheci um militar que ao fritar amizade com, começou a dar carona para e outro amigo meu. Sei no inverno, o danado do “fuca” a álcool teimava em não pegar, pois ainda não tinha o famoso reservatório de gasolina, e nós a empurrar o carro até pegar. Em compensação, a essa altura, o frio já tinha diminuído. Chegamos a conclusão que a carona era só pra fazer o carro pegar.

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