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Gosta de carros turbinados, amigo condutor? Tire suas dúvidas sobre veículos com esses propulsores, o que caracteriza um carro turbinado, como funcionam, o que diz a legislação brasileira sobre mudanças no automóvel, dentre outras dicas.
Coloque seu cinto de segurança, embarque nessa com a Zapay e fique por dentro do tema “carro turbinado”.
– O que é um carro turbinado?
– A origem dos motores turbinados?
– Turbinados ou aspirados?
– Como Funcionam os Carros Turbinados
– Carros Turbinados de Fábrica
– Preços dos carros turbinados
– Carros Turbinados Antigos
– O Que a Lei Diz Sobre Turbinar Carro
– Carros turbinados e rebaixados no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
– Cuidados Antes de Turbinar um Carro
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O que é um carro turbinado?
Há milhares de fãs de carros turbinados no Brasil e no mundo. Mas o que caracteriza tais automóveis? Oras, os carros turbinados são aqueles que priorizam o ganho de potência, sem que haja necessidade de aumento do tamanho do motor para tal. Vale frisar que essa condição depende de um melhor rendimento volumétrico que, por sua vez, tem origem na maior quantidade de ar, que é colocada para dentro dos cilindros do motor.
Nesse tipo de veículo, o turbo localize-se no escapamento do carro, de modo a ajudar na expulsão dos gases do motor. Como resultado, o motor trabalha mais levemente, o que ocasiona economia de gasolina.
Por conta dessas características voltadas à economia de combustível que carros turbinados são bastante procurados. Afinal, que não gosta de poupar gasolina, não é mesmo?!
Os primeiros motores turbinados surgiram em 1977, na Fórmula 1 (F1) – apenas depois esses veículos migraram para os carros de passeio. Quando usados na Fórmula 1, o turbo aumentava consideravelmente a potência, fazendo com que acidentes ficassem mais frequentes – afinal, controlar esses automóveis era um desafio aos pilotos. Em virtude disso, o moto turbo foi proibido nas corridas de F1, em 1988.
Hoje, tal configuração pode ser encontrada, sobretudo, em carros de luxo, mas também em veículos mais populares.
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A origem dos motores turbinados
No tópico anterior, demos o spoiler de que os motores turbinados têm sua origem na Fórmula 1, mais precisamente, em 1977 – apenas depois, eles migraram para os veículos de passeio. E fazia muito sentido a inauguração na F, afinal, o turbo proporcionava uma potência maior aos automóveis da competição. Porém, infelizmente, contribuiu para o aumento de acidentes nas pistas.
Por ser bastante desafiador para os pilotos controlar carros tão potentes, em virtude do motor turbo, em 1988, tal propulsor foi proibido nas corridas de F1.
Hoje, é bastante comum vermos esse motor em veículos de luxo, mas, gradativamente, o motor turbo está chegando aos carros mais populares também. Para se ter uma ideia do aumento da popularidade, cerca de 20% dos automóveis vendidos no mundo são turbinados – a expectativa é que esse número salte para 30% nos próximos anos.
Vale a pena destacar também que tanto a engenharia automobilística quanto o mercado consumidor se mostram cada vez mais interessados em aumentar a potência dos veículos. Isso ajuda a entender porque cada vez mais vemos o motor aspirado ceder espaço ao motor turbo.
Você pode estar pensando: e o que caracteriza o motor aspirado? Ele não faz uso de compressores mecânicos ou turbinas para alimentar o carro. Trata-se de um motor que puxa a mistura da gasolina com o ar para os cilindros.
Ao observarmos o trânsito brasileiro, a maior parte dos veículos que aqui rodam apresentam motor aspirado, porém alguns motoristas o consideram ultrapassado, quando comparado com a potência apresentada pelo motor turbo. Mas o motor aspirado é mais barato para ser fabricado do que o turbo, o que faz com que sua manutenção seja mais simples e menos pesada para o bolso do proprietário do veículo.
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Turbinados ou aspirados?
Tenham em mente, amigo condutor que, os motores aspirados e os motores turbo são duas configurações distintas de motores de combustão interna, porém com características e funcionamentos diferentes.
Confira alguns pontos que os distinguem:
- Pressão do ar de admissão:
Motor aspirado: nesse propulsor, o ar é puxado para dentro dos cilindros do motor apenas pela ação dos pistões. Isso significa que a pressão do ar de admissão é, geralmente, próxima da pressão atmosférica.
Motor turbo: já no caso do motor turbo, o ar de admissão é comprimido por um turbocompressor antes de entrar nos cilindros. Isso aumenta significativamente a pressão do ar de admissão, o que permite uma maior quantidade de ar e combustível serem injetados nos cilindros, resultando em um aumento da potência e do torque.
- Potência e desempenho:
Motor aspirado: os motores aspirados, geralmente, têm uma potência específica menor em comparação com motores turbo, o que significa que eles tendem a produzir menos potência por litro de deslocamento do motor.
Motor turbo: por sua vez, os motores turbo têm potencial para produzir mais potência e torque em relação ao seu tamanho, devido à compressão do ar de admissão. Isso os torna ideais para aplicações de alto desempenho.
- Eficiência:
Motor aspirado: esse motor tende a ser mais eficiente em termos de consumo de combustível em condições de carga parcial, como condução em velocidades constantes em estradas.
Motor turbo: já o motor turbo pode ser mais eficiente em termos de potência específica, mas a eficiência de combustível pode ser mais afetada em altas cargas e rotações, devido ao aumento da pressão e da temperatura do ar de admissão.
- Resposta do acelerador:
Motor aspirado: oferece uma resposta do acelerador mais linear, com potência disponível em uma faixa mais ampla de rotações do motor.
Motor turbo: pode ter uma resposta do acelerador ligeiramente atrasada, conhecida como “turbo lag”, que ocorre antes que o turbocompressor alcance sua velocidade máxima. No entanto, sistemas modernos de gerenciamento do turbo minimizaram significativamente esse problema.
- Manutenção e complexidade:
Motor aspirado: geralmente, motores aspirados são menos complexos, de modo que podem ser mais fáceis e baratos de manter.
Motor turbo: por sua vez, motores turbo tendem a ser mais complexos e podem exigir manutenção mais frequente, devido à adição de componentes como o turbocompressor e o intercooler.
Como Funcionam os Carros Turbinados
O amigo motorista sabe o que é um carro tunado? O termo vem da expressão tuning, que diz respeito a sintonizar ou afinar. Já no mundo automotivo, indica tirar do veículo o seu melhor. Assim, se um turbocompressor for instalado de forma correta, a potência do carro pode aumentar em até 50%, por exemplo.
Na prática, o que ocorre é que a energia produzida pelos gases que saem pelo escapamento do veículo é reaproveitada. Lembre-se: é ela quem faz o compressor do turbo se movimentar.
A consequência desse movimento é que ele joga mais ar comprimido para o motor e, por conta da entrada de um ar mais denso, a potência se eleva. Vale destacar que para que tudo funcione adequadamente, há uma série de detalhes que apenas profissionais capacitados e experientes com carros turbinados conhecem.
Um exemplo: se o turbo for instalado, é necessário recalibrar a injeção eletrônica. O ar pode ser colocado nos cilindros por intermédio de duas formas de sobrealimentação – a compressão mecânica e o Turbo Charger.
A compressão mecânica apresenta um pequeno compressor que controla a pressão de entrada do ar na câmara de combustão. Por sua vez, o Turbo Charger tem duas pequenas turbinas que funcionam como hélices, girando simultaneamente. Assim, a hélice é instalada no coletor de escape, que gira pela passagem dos gases enviados para o escapamento.
Vale reforçar que, conforme o amigo condutor já percebeu, os carros turbinados são mais potentes, afinal funcionam com uma tecnologia mais avançada do que os propulsores aspirados.
Carros turbinados de fábrica
O primeiro carro de fábrica nacional a ser produzido com o motor turbo surgiu apenas em 1994. Trata-se do clássico Fiat Uno turbo, que fez grande sucesso frente aos concorrentes da época, como Ford Escort XR3. O sucesso de vendas não era ao acaso, afinal, era um automóvel avançado para a sua época – destaca-se o painel, cujo velocímetro com escala era capaz de marcar até 240 km/h, por exemplo.
Com o sucesso do Fiat Uno turbo, a indústria automobilística nacional percebeu que os consumidores brasileiros procuravam por carros com maior potência. Por conta dessa procura, foram fabricados diversos modelos de veículos turbinados com o motor turbo no Brasil. Confira alguns desses modelos:
- Fiat Tempra Turbo (1994).
- Fiat Marea Turbo (1998).
- AUDI A3 (1999).
- Volkswagen Golf GTI (2000).
- Volkswagen Gol e Parati Turbo (2001).
- Fiat Linea T-JET (2008).
- Fiat Punto T-JET (2009).
- Fiat Bravo T-JET (2009).
- Volkswagen UP TSI (2011).
Hoje, o motorista pode encontrar diversas opções de automóveis com motor turbo negociados no Brasil, mesmo com preços mais elevados.
Preços dos carros turbinados
Ao buscar por veículos com motor turbo, é possível encontrar, por exemplo, o Volkswagen Up! TSI (2021) com valores a partir de R$ 76.122, segundo a Tabela FIPE – trata-se do caro com motor turbo com um dos preços mais baixos.
Já os fãs de sedan podem se deparar com o Chevrolet Cruze LT 1.4 Turbo a partir de R$ 149.390, segundo a fabricante.
Tenha em mente, amigo condutor: se o seu anseio é ter um carro potente, a indicação é investir em um veículo com motor turbo. Porém, é necessário fazer a pesquisa de preços e modelos com atenção, uma vez que estamos falando de automóveis com valores mais altos do que os populares.
Carros turbinados antigos
Há alguns pontos de atenção quando nos referimos a veículos turbinados antigos. Afinal, quem deseja modificar modelos, deve ter em mente que se trata de um processo caro. Por sua vez, um automóvel turbinado também apresenta o preço nas alturas no momento de revenda. Sendo assim, turbinar carro antigos pode ser um negócio que vale a pena.
O ideal é sempre procurar por especialistas para realizar esse tipo de serviço – lembre-se: essa modificação exige atenção do profissional a alguns detalhes delicados. Mas, vale dizer, engana-se quem pensa que os veículos turbo são uma novidade. Desde os anos 1960, há carros com motor turbo – e isso ajuda a entender o grande número de apaixonados por eles.
Desse modo, o primeiro veículo com propulsor turbo foi o Chevrolet Corvair Monza, lançado em 1965. O veículo apresentava motor com potência de 150 cv – a segunda geração, tinha já 180 cv de potência, que foi um enorme avanço, iniciando a era dos motores turbo clássicos.
Mais um automóvel com motor turbo que merece a menção é o BMW 2002 Turbo. Trata-se de um veículo lançado em 1973, com motor de dois litros e potência de até 170 cv.
Houve ainda o Lotus Esprit Turbo, lançado em 1980. Esse carro tinha motor de 210 cv de potência e chegava a 100 km/h. Ao longo dos anos, o modelo foi evoluindo e, na década de 1990, o motor passou a ter 330 cv de potência e uma velocidade de até 280 km/h.
O que a lei diz sobre turbinar carro?
A legislação brasileira de trânsito não proíbe que os donos de carros turbinem seus veículos, porém nem todas as mudanças estão liberadas. Por isso é importante saber o que estabelece o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) sobre o que pode ser modificado no automóvel ou não.
Por exemplo, segundo o CONTRAN, é proibido que o chassi seja substituído e que seja alterado o sistema de freios. Porém, é possível trocar o sistema de combustível e a cor do carro.
Quanto a turbinar o carro, é necessário seguir o seguinte caminho:
- Comparecer a uma unidade do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), de sua localidade, pedir autorização para realizar as modificações que deseja.
- Assim que autorizado, o dono do veículo pode dar seguimento às modificações.
- Depois de concluídas as modificações, é necessário levar o automóvel para uma vistoria de segurança em oficina credenciada pelo DETRAN.
- Caso o veículo passe na vistoria, o proprietário deve encaminhar o laudo para aprovação e conclusão do processo.
- Depois de tudo pronto, com os documentos do automóvel atualizados, o dono pode dirigir sem medo de ser multado.
Lembre-se, condutor: fazer alterações no carro e não seguir as determinações do CONTRAN pode fazer com que você seja penalizado.
Carros turbinados e rebaixados no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
É bastante comum vermos nas ruas carros com a suspensão rebaixada – essa é uma das formas mais comuns de personalizar um veículo. Essa alteração divide opiniões: há quem ache muito estiloso e há quem julgue um exagero. Tudo uma questão de gosto.
É importante ter em mente que nenhum veículo é produzido com a suspensão tão rebaixada, de modo que se trata de um serviço feito por um terceiro – afinal, é uma alteração das características originais do carro. O importante é que a alteração não interfira na segurança do condutor, dos passageiros e dos demais membros do trânsito.
No caso da suspensão, trata-se da alteração em um sistema que é o responsável por absorver as irregularidades do solo, além de oferecer estabilidade para melhor controle do automóvel. Com a mudança na suspensão, o carro fica mais esportivo, porém mais duro.
Para evitar dores de cabeça, é necessário realizar a manutenção preventiva para que problemas sejam evitados. Assim, a revisão periódica torna-se ainda mais essencial em veículos rebaixados, já que o projeto original de fabrica sofreu mudanças.
Para evitar problemas com as mudanças, é recomendável que o dono do veículo conheça a legislação de trânsito, como o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mais precisamente o artigo 230. O texto explica que o condutor pode receber uma multa por alterar características do automóvel sem que tal ação tenha sido realizada legalmente, que é seguir o processo legal, passar pela vistoria e obter autorização do DETRAN.
Do contrário, o veículo será autuado com multa de natureza grave, no valor de R$ 195,23. Há ainda desconto de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação e apreensão do veículo para regularização – ou seja, só dor de cabeça.
Vale dizer que é de responsabilidade do DETRAN de cada Unidade Federativa verificar se os veículos sofreram alterações em seus projetos originais e se estão dentro das normas especificadas pela lei. O órgão que define as normas acerca de mudanças feitas nos carros é o CONTRAN.
Assim, o CONTRAN permite que os automóveis possam ter a suspensão rebaixada. Porém, há especificações a serem respeitadas, que constam no artigo 6º da Resolução 292/2008, de acordo com a nova redação dada pela Resolução 479/2014.
No texto, os automóveis com Peso Bruto Total (PBT) de até 3.500 quilos podem ter suspensão fixa ou regulável. Ainda: a altura mínima para circulação deve ser maior ou igual a 100milímetros do solo e o conjunto de rodas e pneus não pode tocar no carro.
Por sua vez, quanto aos veículos com mais de 3.500 quilos de PBT, tais carros não podem ultrapassar o limite de dois graus no nivelamento da longarina. Além disso, a suspensão dianteira não pode ser alterada, exceto para instalação de sistema de tração ou para adicionar ou remover eixo auxiliar, direcional ou autodirecional.
Desse modo, os veículos, cujas suspensões forem alteradas, devem ter a altura livre do solo registradas no Certificado do Registro do Veículo (CRV) e no Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV).
Atente-se ainda para licenciar as mudanças para que carro rebaixado ou tunado em questão seja legalizado e para que o motorista possa dirigir sem preocupações.
Cuidados antes de turbinar um carro
Mais uma vez, vale a pena reforçar que é fundamental que o dono do carro esteja atento à legislação de trânsito antes de efetuar qualquer mudança no veículo. E não é por acaso, afinal, as alterações feitas não devem impactar o desempenho do automóvel, mito menos sua segurança.
A depender da peça é possível que ela sofra mais do que outras com a mudança, por isso é necessária atenção redobrada com freios, pistões, bielas, homocinética, embreagem e junta de cabeçote. Cada peça deve ser verificada antes de turbinar o carro.
Há alguns itens que o profissional responsável pela modificação deve averiguar antes de começar o processo. Trata-se de uma medida para garantir que os componentes estejam em boas condições de receber a sobrealimentação. São eles:
- Pistões
- Bielas
- Juntas de cabeçote
- Correia-dentada
- Velas e cabos de velas
- Bobinas
- Anéis de compressão do motor
- Câmbio
Por conta de todos esses cuidados é fundamental que um mecânico especializado e de confiança realize o serviço. Ainda: tenha em mãos o manual do proprietário do veículo, pois lá constam todos os dados técnicos do carro.
Fique ligado, pois caso as alterações sejam mal feitas, os danos podem ser irreversíveis – e a dor de cabeça será imensa.
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Alessandra
Jornalista formada há mais de 15 anos, com 12 anos de experiência em produção e criação de conteúdo, edição de texto, e gestão de pessoas. Atualmente atuo como redatora e produtora de conteúdo SEO freelancer.