Zapay > Veículo > Consórcio de moto: vale a pena?
Você sabe o que é necessário para fazer consórcio de moto, amigo condutor? Ou ainda: como funciona um consórcio de moto? A Zapay lhe conta todos os detalhes sobre essa opção para quem deseja um veículo no médio prazo. Confira!
– O que é um consórcio de moto?
– Como funciona um consórcio de moto?
– Consórcio x Financiamento: Diferenças essenciais
– Consórcio
– Financiamento
– Qual a vantagem de fazer um consórcio de uma moto?
– Quando entrar para um consórcio de motos?
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O que é um consórcio de moto?
O consórcio de motocicleta é uma maneira de planejamento financeiro usada para que cidadãos possam ter acesso a produtos e serviços, como a aquisição de uma moto. Porém, é importante não se confundir: o consórcio não é um tipo de investimento, como alguns podem querer crer.
Desse modo, o consórcio de moto é um sistema no qual tanto Pessoas Físicas quanto Pessoas Jurídicas com o mesmo objetivo de comprar um bem se juntam em grupo para realizar o pagamento de parcelas mensais e criar, assim, um caixa com valor significativo.
Mas o que faz com que o consórcio seja uma forma de planejamento financeiro e, desse modo, uma alternativa para a compra de uma moto? Oras, mesmo que o condutor não tenha o dinheiro para pagar o veículo à vista ou para dar uma entrada de valor mais alto em um financiamento, ele pode conseguir o bem.
Nesse caso, trata-se de um modelo de autofinanciamento, que é formado por grupos de pessoas que têm o mesmo interesse – nesse exemplo, a compra de uma motocicleta. Essas pessoas se unem e criam um fundo comum, por intermédio de pagamentos de parcelas mensais.
Por que o consórcio não pode ser encarado como um investimento?
O consórcio não pode ser encarado como um investimento tradicional por algumas razões fundamentais, amigo condutor. Confira algumas delas:
- Rentabilidade incerta: em um investimento tradicional, como ações, títulos ou imóveis, é possível estimar ou projetar uma taxa de retorno. No entanto, no consórcio, não há garantia de retorno financeiro. Os participantes estão contribuindo mensalmente para um fundo comum, mas não há uma taxa de retorno garantida – e o resultado final dependerá de sorteio ou oferta de lance.
- Custos administrativos: os consórcios, geralmente, têm custos administrativos, taxas de administração e fundo de reserva. Tais custos podem reduzir o valor total disponível para a aquisição do bem desejado. Em investimentos tradicionais, esses custos costumam ser menores e mais transparentes.
- Ausência de rentabilidade financeira direta: ao contrário de investimentos tradicionais, como ações ou títulos, os consórcios não geram renda financeira direta. O objetivo principal é a aquisição de um bem (como um carro, um imóvel, dentre outras opções) e não a geração de lucro financeiro ao longo do tempo.
- Liquidez limitada: os consórcios geralmente têm uma estrutura de prazo fixo, e retirar o valor investido antes da contemplação pode ser difícil. Em investimentos tradicionais, a liquidez pode ser mais flexível, permitindo a retirada de fundos quando necessário.
- Risco de inadimplência: caso o participante do consórcio não pague suas parcelas, ele pode ser excluído do grupo, o que impacta negativamente suas chances de contemplação. Em investimentos tradicionais, o risco de inadimplência, muitas vezes, não está relacionado ao sucesso do investimento em si.
- Variação do valor do bem: a valorização do bem desejado pode variar durante o período do consórcio. Enquanto alguns bens podem se valorizar, outros podem perder valor ao longo do tempo. Esse fato contrasta com investimentos tradicionais, onde a valorização ou desvalorização do ativo é mais transparente e diretamente relacionada às condições do mercado.
- Sem rendimento financeiro ativo: em investimentos tradicionais, os recursos podem ser ativamente gerenciados para otimizar o retorno, como por meio de compra e venda de ativos. No consórcio, os participantes costumam não ter controle direto sobre como os fundos são investidos.
Com tais argumentos, em suma, enquanto o consórcio pode ser uma opção viável para adquirir bens de forma planejada, não deve ser encarado como um investimento no sentido tradicional, afinal, não oferece retornos financeiros previsíveis ou diretos ao participante. Cada decisão financeira deve ser avaliada com base em objetivos individuais, tolerância ao risco e necessidades específicas.
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Como funciona um consórcio de moto?
É importante que o condutor tenha em mente que todo grupo de consórcio é formado por um grupo de pessoas, que são chamadas de consorciadas. Tais indivíduos se propõem a realizar o pagamento mensal de parcelas, de acordo com valores definidos em contrato.
Assim, até o final do período do consórcio, todos os consorciados devem ter direito à carta de crédito do fundo comum acumulado (que é o dinheiro que todos estão aplicando mensalmente). É com a cara de crédito que o consorciado pode comprar seu novo bem – no caso, a nova moto.
Toda a gestão dos recursos é de responsabilidade de uma administradora de consórcio, que deve ter sua atuação autorizada pelo Banco Central do Brasil (BC), que é a instituição que fará o controle e a fiscalização das atividades da empresa responsável pelo consórcio.
Desse modo, cabe ao Banco Central também certificar as administradoras para que elas possam cuidar do crédito, bem como assegurar que todas as partes envolvidas possam ter seus direitos e responsabilidades devidamente definidos e protegidos.
Por conta disso, tal forma de autofinanciamento é bastante popular no Brasil, já que costuma ser estável e segura. Mas é fundamental que o consorciado verifique se a empresa administradora do consórcio é devidamente autorizada pelo BC para atuar no ramo. Além disso, vale a pena também conhecer a reputação da empresa, bem como a opinião de outras pessoas que já participaram de consórcios.
Uma vez que o pagamento mensal das parcelas é realizado, em regra, ao menos um consorciado por mês será contemplado por sorteio. Isso significa que a contemplação é um direito que todo consorciado tem de receber (no caso, é a carta de crédito). Com essa carta, ele pode adquirir o novo veículo.
Há mais opções além da contemplação através da sorte. Afinal, é comum optar pela possibilidade de realizar um lance como tentativa de antecipar a contemplação, por exemplo.
Dica da Zapay: existe multa por pilotar moto de chinelo? Confira nesse artigo especial sobre o tema.
Consórcio x Financiamento: Diferenças essenciais
Como já deu para perceber ao longo das linhas desse artigo, consórcio e financiamento são conceitos muito diferentes, embora algumas pessoas possam achar erroneamente que são semelhantes.
Conhecer a diferença entre as duas opções, ajuda o condutor a saber qual é a mais vantajosa e quais são as dificuldades de cada uma. Saiba mais sobre consórcio e financiamento nos tópicos a seguir.
Consórcio
O consórcio é uma forma de planejamento financeiro para que o indivíduo possa conseguir determinado bem. Ele funciona como um tipo de poupança coletiva, porém não se trata de um investimento, pois, o dinheiro nele alocado não rende, como as formas reais de investimento, como um CDB, um LCI, os fundos de investimento, as ações, dentre outras.
De modo geral, os consórcios não cobram juros, mas, sim, uma taxa de administração que é mais em conta, além de ser diluída durante toda a vigência do contrato.
Ainda: o consórcio não exige que do consorciado o pagamento de um valor elevado logo no início, nem mesmo aquelas parcelas semestrais salgadas, que são bastante comuns na aquisição de um imóvel.
No que diz respeito a valores, o consórcio é uma forma mais acessível do que o financiamento, contudo, não há como prever o momento em que o indivíduo será contemplado, para que possa ter a carta de crédito em mãos.
Vale a pena destacar que a aquisição de uma motocicleta através do consórcio pode parecer uma ótima opção, porém é necessário que seja algo planejado e pensado para um futuro breve – ou seja, não pode ser para a aquisição de uma moto que você queira e necessite para esse momento.
Assim, planejar comprar um veículo via consórcio faz com que você tenha um custo menor do que com financiamento, porém você possivelmente terá a moto apenas no médio ou longo prazo. Se o desejo é esse cenário, a opção pelo consórcio pode ser perfeita.
Financiamento
Por sua vez, o financiamento é uma opção a ser negociada com uma instituição financeira, com o objetivo de comprar um bem, como uma motocicleta.
Nessa modalidade, o indivíduo cria uma dívida a ser quitada com a instituição financeira com o passar do tempo. Porém, a diferença fundamental do financiamento é que nele há a cobrança de juros compostos em cima das parcelas do pagamento. Assim, o valor final do financiamento costuma ser bem mais caro do que o do bem adquirido, com conta dos juros.
Contudo, quando a pessoa faz um financiamento ela já pode usar aquele recurso financeiro para adquirir o bem no ato – de modo que não há necessidade de se planejar para receber a moto apenas futuramente.
Em suma, para quem deseja ou precisa adquirir a motocicleta no curto prazo e, para tal, não vê problemas em conseguir o bem com um custo mais elevado devido às taxas de juros cobradas, o financiamento pode ser o melhor caminho.
Qual a vantagem de fazer um consórcio de uma moto?
Fazer um consórcio de moto pode ser vantajoso, por ser uma opção acessível e demandar apenas o pagamento de uma taxa de administração – graças a essas características, o consórcio é uma das modalidades mais crescem no Brasil nos últimos anos. De acordo com os dados avaliados pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), cerca de 30% das motocicletas foram compradas com consórcio.
Mais uma vez, é válido pontuar que esse crescimento se justifica pela ausência de juros, o que faz com que o preço final fique mais em conta – sobretudo, em um cenário onde a taxa SELIC atingiu altas históricas.
Contudo, optar pelo consórcio exige um bom planejamento para que a moto possa ser comprada no médio ou no longo prazo.
É relevante também considerar que os planos de consórcio podem ter um período mais longo para pagamento, o que facilita quitar o veículo em mais tempo.
Quando entrar para um consórcio de motos?
O amigo condutor deve ter em mente que ele tem liberdade para escolher quando entrar para um consórcio de motocicletas, afinal, não há um momento certo para isso. De modo geral, assim que o indivíduo tiver o desejo para adquirir o veículo, avaliar as condições do consórcio e decidir por tal decisão, é necessário procurar uma empresa experiente no ramo para conquistar a moto no médio ou no longo prazo.
Assim, dentro das possibilidades, verifique qual tem mais relação com a sua realidade financeira e qual o valor será possível desembolsar para o pagamento das mensalidades.
Lembre-se sempre, amigo condutor: antes de fechar negócio, confira se a administradora é uma empresa autorizada pelo Banco Central do Brasil.
Como se preparar para assumir o consórcio de uma moto?
Assumir um consórcio de uma moto envolve alguns passos importantes para garantir uma transição suave e, assim, evitar problemas no futuro. Conheça algumas dicas para se preparar para assumir um consórcio de moto:
- Obtenha informações detalhadas: antes de assumir o consórcio, obtenha todas as informações detalhadas sobre o contrato, o que inclui o saldo devedor, as condições do contrato, a quantidade de parcelas pagas e a data de vencimento das próximas parcelas.
- Revisão do contrato: leia cuidadosamente o contrato do consórcio para entender todas as cláusulas, condições e obrigações. Certifique-se de estar ciente de eventuais penalidades por atraso no pagamento e outras políticas relevantes.
- Contato com a administradora: entre em contato com a administradora para informar sobre sua intenção de assumir o consórcio. Esse contato pode ser feito por telefone, e-mail ou presencialmente. Não perca a chance de perguntar sobre os procedimentos específicos que a administradora exige para a transferência.
- Análise da saúde financeira: avalie sua própria saúde financeira para garantir que você será capaz de assumir as parcelas restantes do consórcio. Considere sua renda, despesas mensais e outros compromissos financeiros.
- Verificação de documentos: a administradora pode solicitar documentos para verificar sua capacidade financeira e legitimidade na transferência do consórcio. Certifique-se de ter todos os documentos necessários prontos para apresentar.
- Pagamento de taxas administrativas: algumas empresas podem cobrar taxas administrativas pela transferência do consórcio. Esteja preparado para pagar essas taxas, se aplicável.
- Assinatura de documentos: após a aprovação da administradora, você provavelmente precisará assinar alguns documentos para formalizar a transferência do consórcio para o seu nome.
- Registro da transferência: assegure-se de que a transferência seja registrada corretamente junto à administradora do consórcio. Esse cuidado garantirá que todas as informações estejam atualizadas e que você seja reconhecido como o novo titular.
- Planejamento financeiro futuro: após a transferência, faça um planejamento financeiro para garantir que você possa cumprir as obrigações financeiras restantes. Esteja ciente das datas de vencimento das parcelas e faça os pagamentos pontualmente.
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Alessandra
Tenho bacharelado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Estácio e possuo pós graduação em psicopedagogia na Universidade Anhembi Morumbi. Atuo como jornalista há mais de 15 anos na área, além disso, sou comunicadora, roteirista e redatora, atuando há mais de 12 anos na produção e criação de conteúdos úteis para o público brasileiro. Iniciei a minha carreira atuando na TV aberta, com a apuração de factual e logística para matérias produzidas pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em diferentes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Trabalhei nos principais jornais da emissora, como SBT Brasil, Primeiro Impacto e Jornal da Semana. O contato diário com notícias e matérias despertou em mim uma verdadeira paixão pela produção de conteúdos. Hoje, sou freelancer em criação de conteúdos relevantes, amo atuar enquanto editora e redatora para pesquisar e criar conteúdos do tipo que realmente ajudem o leitor. No blog Zapay, tenho a oportunidade de escrever sobre o universo das burocracias veiculares de modo a descomplicar as coisas: em cada conteúdo produzido, há uma extensa curadoria de informações por trás com o objetivo de criar conteúdos altamente confiáveis e úteis. Espero que curta acompanhar tudo o que produzo por aqui, procuro colocar toda a minha experiência na ponta do lápis para ajudar vocês!