Você já viu um carro antigo com uma placa preta e ficou curioso?
Pois é, essa placa é um verdadeiro selo de respeito no mundo dos veículos clássicos.
Afinal, não é todo carro que pode ostentar a placa preta. Somente os que têm história, originalidade e um baita cuidado por trás!
Mais do que um detalhe estético, essa placa abre portas para até para isenções de impostos, valorização do veículo e acesso exclusivo a eventos automotivos.
De acordo com o DENATRAN, o número de veículos com mais de 30 anos cresce a cada ano, e muitos proprietários têm buscado obter a placa preta para eternizar o modelo.
Se você é apaixonado por carros antigos ou tem um modelo na garagem que já passou dos 30 anos e quer mais informações sobre como obter a placa preta, encontrou o conteúdo certo.
Neste guia, vamos explicar tudo sobre o veículo com placa preta:
- O que é a placa preta
- Quais são os requisitos obrigatórios
- O passo a passo para obter a placa preta
- Todas as vantagens de ter placa preta
- Exemplos de modelos de carros que podem ter placa preta
- O que muda legalmente com a placa preta
- Como funcionam o emplacamento da placa preta
- Onde encontrar a legislação e regras por estado
- Dúvidas frequentes respondidas de forma clara
Bora entender esse universo?
O que é a placa preta no carro?
A placa preta é uma identificação especial destinada a veículos com valor histórico, cultural ou sentimental.
A placa preta é atribuída a carros com pelo menos 30 anos de fabricação, que preservem ao menos 80% de suas características originais e estejam em bom estado de conservação.
Esse tipo de placa foi criado para homenagear e valorizar veículos antigos que marcaram época, e que hoje são mantidos por colecionadores apaixonados.
Ao ver um carro com placa preta na rua, saiba que ele passou por um processo rigoroso de avaliação para merecer esse selo.

Requisitos para conseguir placa preta
Nem todo carro antigo pode ganhar essa placa. Existem critérios bem específicos pra isso — e eles vão além da idade. Para conquistar a placa preta, o veículo precisa cumprir critérios técnicos e legais.

Veja os requisitos para obter a placa preta:
- Idade mínima do veículo: 30 anos
- Originalidade mínima de 80%
- Ótimo estado de conservação e funcionamento
- Necessidade de integrar uma coleção de veículos e obter CVCOL
Veremos mais detalhes a seguir.
Idade mínima do veículo: 30 anos
O primeiro critério é o tempo de fabricação. O carro precisa ter, no mínimo, 30 anos completos. Essa contagem é baseada no ano de fabricação registrado no documento do veículo.
Veículos com menos de 30 anos não podem ser reconhecidos como de coleção, mesmo que estejam impecáveis ou tenham raridade.
Originalidade mínima de 80%
A originalidade é um dos pontos mais importantes. O carro deve manter pelo menos 80% de seus componentes originais de fábrica.
Isso inclui:
- Motor e câmbio
- Suspensão e direção
- Carroceria e pintura
- Acabamentos internos (painel, bancos, volante)
- Sistema elétrico e iluminação
Peças de reposição precisam seguir o padrão original da época. Qualquer modificação que fuja do estilo original (como rodas modernas ou som automotivo atual) pode impedir a aprovação.
Estado de conservação e funcionamento
O carro precisa estar em ótimas condições mecânicas e estéticas. Nada de ferrugem visível, pintura malfeita ou peças improvisadas.
Ele deve rodar sem problemas e apresentar bom desempenho!
Isso significa:
- Motor funcionando perfeitamente
- Pintura bem cuidada (sem ferrugem, amassados ou repinturas fora do padrão)
- Interior limpo e com revestimentos originais ou restaurados com fidelidade
- Todos os itens obrigatórios em funcionamento (luzes, buzina, freios, etc.)
Claro que o carro não precisa estar “zero km”, mas tem que passar por uma análise visual e mecânica criteriosa feita por especialistas.
Necessidade de integrar uma coleção e obter CVCOL
Para obter a placa preta, o carro precisa ser incluído oficialmente em uma coleção de veículos. Para isso, é necessário se associar a um clube de carros antigos credenciado junto ao SENATRAN (antigo DENATRAN) e passar pela avaliação que gera o CVCOL (Certificado de Veículo de Coleção).
Esse certificado é o que autoriza o dono a solicitar a troca da placa comum pela placa preta.
Consulte sua placa grátis
Como conseguir placa preta no carro?
Se você tem um carro antigo e quer ver ele desfilando por aí com uma bela placa preta, saiba que o caminho passa por algumas etapas bem definidas. Conseguir a placa preta envolve algumas etapas burocráticas, mas é totalmente possível com organização e paciência.
O primeiro passo é se associar a um clube de veículos antigos homologado pelo SENATRAN. Esses clubes têm autorização para fazer a vistoria de originalidade e emitir o CVCOL (Certificado de Veículo de Coleção).
A filiação normalmente exige o pagamento de uma taxa anual e participação em eventos ou reuniões.
Os clubes são compostos por especialistas que vão te orientar sobre os ajustes necessários no veículo para atingir os 80% de originalidade.
Certificado de Veículo de Coleção
Depois de filiado, o veículo passa por uma vistoria técnica para obter o Certificado de Veículo de Coleção. Esse processo avalia:
- Originalidade dos componentes (motor, pintura, suspensão, freios, interior)
- Conservação e funcionamento dos sistemas mecânicos
- Características estéticas condizentes com a época
O carro precisa atingir pelo menos 80 pontos em uma escala de 100.
Se o veículo tiver modificações substanciais será exigido o CSV (Certificado de Segurança Veicular), emitido por uma Instituição Técnica Licenciada.
Passo a passo para conseguir a placa preta
Veja o passo a passo para obter a placa preta:
- Obter o CVCOL (Certificado de Veículo de Coleção)
- Solicitar a mudança de categoria no DETRAN
- Emplacar a placa preta (modelo Mercosul)
A seguir, entenda melhor cada uma das etapas.

1. Obter o CVCOL (Certificado de Veículo de Coleção)
Tudo começa com a vistoria realizada por um clube de carros antigos credenciado pela SENATRAN.
Eles avaliam a originalidade e o estado do carro — motor, suspensão, carroceria, pintura, ruídos, emissão de poluentes e mais. Para ser aprovado, o carro precisa:
Como obter o CVCOL
- Filie-se ao clube credenciado
- Faça a vistoria de originalidade
- Solicite o certificado (CVCOL)
- Em caso de modificações, obtenha o CSV
Se o carro tiver alguma modificação fora do padrão original (como escapamento esportivo ou rodas diferentes), pode ser exigido um CSV (Certificado de Segurança Veicular) emitido por uma Instituição Técnica Licenciada.
2. Solicitar a mudança de categoria no DETRAN
Com o CVCOL em mãos, é hora de formalizar a alteração para “veículo de coleção” junto ao DETRAN do seu estado.
Como solicitar a mudança de categoria no DETRAN:
a) Agendamento e vistoria: Você deve agendar um atendimento presencial na unidade do DETRAN ou usar um despachante. Em alguns casos, o próprio DETRAN fará uma vistoria adicional.
b) Documentos exigidos para a mudança de categoria no DETRAN:
- RG e CPF do proprietário
- Comprovante de residência
- CRV ou CRLV-e original
- CVCOL emitido pelo clube credenciado
- CSV (se o carro tiver alterações)
- Comprovantes de quitação de IPVA, licenciamento e multas
c) Protocolar o pedido: Você ou o despachante darão entrada no processo de mudança de espécie do veículo. Deste modo, o novo documento (CRV/CRLV) virá com a especificação de “veículo de coleção”.
3. Emplacar a placa preta (modelo Mercosul)
Com a nova documentação, basta ir a uma empresa de estampagem de placas credenciada pelo DETRAN.
Para emplacar a Placa Preta:
- Vá até uma empresa credenciada.
- Leve os documentos atualizados.
- Geralmente a placa é instalada em até 2 dias úteis.
Para o emplacamento da Placa Preta, leve os seguintes documentos:
- CRV/CRLV atualizado;
- CVCOL;
- CSV (se for o caso).
E pronto: seu carro agora carrega toda a elegância, história e status que ela representa. O modelo segue o padrão Mercosul, mas com moldura preta e descrição “coleção”.
Placa preta padrão Mercosul: circulação nacional x internacional

Você sabia que o padrão de placa preta pode mudar um pouco dependendo do tipo de circulação?
Existem dois tipos de placas para veículos de coleção:
- Coleção nacional: válida apenas no Brasil, para uso interno em território nacional. Esse é o modelo mais comum.
- Coleção internacional: possui identificação adicional que permite participação em eventos fora do país, especialmente no Mercosul. Nesse caso, o padrão segue exigências específicas para atender às normas internacionais.
Para a maioria dos colecionadores, a versão nacional já é suficiente. Mas quem participa de encontros em países vizinhos pode solicitar a versão internacional, dependendo das exigências do evento.
Apesar dessas diferenças, ambas as placas mantêm o mesmo conceito: reconhecer o carro como um bem histórico, com valor cultural e sentimental.
Consulte sua placa grátis
Vantagens de ter placa preta
Além de dar um charme especial ao carro, a placa garante uma série de benefícios para quem valoriza história, originalidade e exclusividade sobre quatro rodas. Veja os principais:
- Valorização no mercado de veículos antigos: ter a placa mostra que o carro é um verdadeiro colecionável — bem conservado, original e com valor histórico. Isso eleva o valor do veículo em feiras, encontros e vendas
- Isenção de IPVA em vários estados: em muitos estados brasileiros, veículos com mais de 30 anos e placa preta não pagam IPVA. É sempre bom confirmar a regra no DETRAN local, mas essa economia já compensa bastante.
- Acesso facilitado a eventos e encontros:proprietários de carros com essa placa costumam ter acesso diferenciado em eventos de antigomobilismo, além de oportunidades exclusivas para expor seus veículos.
- Reconhecimento como veículo de coleção: a placa é uma espécie de “selo de qualidade” que confirma a autenticidade do carro. É o reconhecimento oficial de que ele faz parte da história do automobilismo.
- Mais prestígio e atenção por onde passa: vamos combinar: um carro com placa preta chama a atenção, né? É comum ver pessoas elogiando, tirando fotos ou querendo saber mais sobre o modelo quando ele está em circulação.

Exemplos de carros com placa preta
Muitos modelos clássicos que fizeram e ainda fazem história no Brasil já podem ser emplacados como veículos de coleção — desde que atendam aos requisitos de originalidade e conservação.
Veja alguns exemplos comuns de carros com placa preta:
- Volkswagen Fusca (qualquer ano até 1994) — ícone absoluto do Brasil, é um dos modelos mais comuns com essa placa.
- Chevrolet Opala (especialmente das décadas de 70 e 80) — muito valorizado por colecionadores, especialmente as versões SS e Diplomata.
- Volkswagen Kombi — queridinha de famílias, empresas e até viajantes. As versões mais antigas são altamente desejadas.
- Fiat 147 — primeiro carro da Fiat no Brasil, tem seu charme reconhecido por colecionadores nostálgicos.
- Puma GT — modelo esportivo nacional, com visual marcante e motor Volkswagen.
- Chevrolet Chevette — compacto, acessível e bastante popular nos anos 70 e 80.
- Ford Corcel e Del Rey — muito usados em frotas e por famílias na época, hoje são clássicos colecionáveis.
Carro com placa preta: o que muda na prática
Conseguir a placa no carro é motivo de orgulho — mas também vem com algumas regras. Afinal, o veículo passa a ser reconhecido como parte do patrimônio histórico automotivo do país.
A seguir, explicamos o que muda na prática ao ter um carro com placa preta.
Implicações legais e operacionais
Ter um carro com placa preta muda alguns pontos na prática:
- Circulação: carros com placa preta podem circular normalmente pelas ruas e estradas brasileiras. No entanto, como são classificados como veículos de coleção, não pode ser usado para fins comerciais (como Uber ou entregas) e a circulação diária é desencorajada para manter a conservação e a exclusividade do veículo.
- Transferência de propriedade: você pode vender um carro com essa placa, mas o novo dono precisa manter as condições exigidas para que o carro continue como veículo de coleção. Em geral, será necessário fazer uma nova vistoria com o clube credenciado e, se for o caso, emitir um novo CVCOL.
- Modificações e originalidade: qualquer modificação que reduza a originalidade abaixo de 80% invalida a placa preta. Algumas alterações exigem o CSV, como mudanças de motorização ou suspensão. Isso vale para peças internas e externas, motor, pintura e até os ruídos.
Ou seja: a manutenção da placa preta depende do cuidado contínuo com a fidelidade do carro à versão original.
Vistoria periódica para manter a categoria
Ao contrário do que muitos pensam, a placa preta não é vitalícia.
Embora o CVCOL não precise ser renovado anualmente, o veículo pode ser convocado para vistorias periódicas, especialmente em situações como:
- Transferência para outro proprietário;
- Reemplacamento (como troca de município);
- Fiscalizações por órgãos de trânsito.
Se o carro estiver com modificações fora dos critérios ou em mau estado de conservação, pode perder a placa preta.
Por isso, o ideal é manter a manutenção em dia e fazer revisões frequentes com o clube de veículos antigos que emitiu o certificado, ok?
Legislação e referências oficiais sobre a placa preta
Se você chegou até aqui e está pensando em transformar seu carro clássico em um legítimo veículo de coleção, é fundamental conhecer as normas que regulamentam a placa preta.
A base legal atual para a placa preta é a Resolução CONTRAN nº 957/2022, que define critérios como originalidade, conservação e os trâmites para a emissão do Certificado de Veículo de Coleção (CVCOL).
Você pode conferir a legislação da placa preta aqui:📄 Resolução CONTRAN nº 957/2022 (PDF)
Além disso, cada DETRAN estadual pode estabelecer regras e procedimentos específicos. Por isso, vale consultar o site do seu estado para não perder nenhum detalhe.
Abaixo, separamos dois exemplos práticos:
- 🔗 DETRAN de Santa Catarina – Registro de veículos de coleção
- 🔗 DETRAN de Minas Gerais – Emplacamento de veículo de coleção
Os portais dos DETRANs costumam informar sobre documentação, taxas, agendamento de vistoria e os locais credenciados.
Se preferir, você também pode contar com a ajuda de um despachante para acelerar o processo!
E lembre-se: qualquer dúvida sobre IPVA, licenciamento ou outras obrigações, você pode resolver direto com a Zapay — de forma rápida, prática e online!
Entendeu tudo sobre placa preta?
Ter um carro com placa preta é um reconhecimento oficial de que aquele veículo faz parte do patrimônio automotivo e merece destaque.
Mas além dos olhares curiosos por onde passa, o carro com placa preta traz benefícios como valorização no mercado, isenção de IPVA (na maioria dos estados) e o prestígio de integrar um grupo seleto de colecionadores.
Só é importante lembrar: manter o status de veículo de coleção exige atenção, manutenção e respeito às normas. Desde a afiliação ao clube até as vistorias periódicas, tudo precisa estar em ordem para garantir que seu clássico continue desfilando com estilo e legalidade.
Se você tem um modelo antigo na garagem e sonha em vê-lo com uma placa preta Mercosul, agora já sabe por onde começar.
E para cuidar da documentação do seu veículo, pode contar com a Zapay. A gente te ajuda em cada etapa, sem burocracia.
Bora transformar o clássico da sua garagem em um carro de coleção de verdade?
Quem pesquisou sobre placa preta também se interessou por:
- 15 marcas de carros de luxo mais famosas e luxuosas do mundo
- Melhores marcas de carro: as preferidas para 2025
- Carros dos anos 90: conheça os principais carros da década de 90
- Restauração de carros antigos: o guia mais completo da internet+ 10 sugestões*
Perguntas Frequentes sobre Placa Preta
Significa que o carro foi reconhecido como veículo de coleção, com originalidade mínima de 80% e mais de 30 anos, podendo usufruir de benefícios legais e valorização no mercado.
Os custos variam, mas em média incluem:
Taxa de filiação ao clube (R$ 300 a R$ 800)
Vistoria e emissão do CVCOL (R$ 300 a R$ 500)
Taxas do DETRAN (vária por estado)
Emplacamento (R$ 150 a R$ 300)
CSV, se necessário (R$ 200 a R$ 400)
Qualquer pessoa com um veículo com mais de 30 anos, em bom estado e com pelo menos 80% de originalidade. É preciso estar filiado a um clube credenciado.
Além da valorização do veículo, há isenção de IPVA (em vários estados), entrada em eventos exclusivos e reconhecimento entre colecionadores.
Sim. O veículo pode circular normalmente, mas não pode ser usado para trabalho ou transporte comercial. Alterações no carro devem ser controladas para não perder a categoria.