sensor de pressão de pneus
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Sensor de pressão de pneus: como funciona?

Saiba pra que serve, quais os tipos e cuidados que você deve ter com os sensores conhecidos como TPMS e iTPMS

A indústria automobilística sempre lança mão de novidades tecnológicas para aumentar a eficiência e a segurança dos carros. Um destes recursos é o sensor de pressão de pneus, que alerta o motorista com uma luz-espia no quadro de instrumentos caso um ou mais pneus apresentem variação de pressão. Neste artigo, vamos explicar como essa tecnologia funciona e quais detalhes devem ser observados. 

O monitoramento da pressão dos pneus pode ser identificado pelas siglas TPMS ou iTPMS – logo mais explicaremos as diferenças entre elas. O uso do sensor de pressão de pneus teve início no começo da década de 1990. Como toda nova tecnologia, o TPMS começou a ser usado inicialmente em carros de luxo e, com o passar do tempo, foi integrado aos carros de entrada. No Brasil, este recurso ainda não é obrigatório por lei, mas já pode ser encontrado em algumas versões de carros como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo, entre outros. 

A proposta do sensor de pressão dos pneus é informar ao motorista quando houver alguma anormalidade que cause o esvaziamento de pneus, como furos ou rasgos. Desta forma, é possível que o motorista se antecipe e pare o carro em local seguro para a verificação e troca do pneu, diminuindo o risco de acidentes. 

Além da segurança, o sensor de pressão dos pneus pode ser um importante aliado do bolso do motorista. De acordo com os fabricantes de sensores, o monitoramento de pneus pode auxiliar na redução do consumo de combustível (entre 0,3% e 2,1%) e na diminuição do desgaste de pneus (de 6,3% a 13,3%). Números que podem fazer toda a diferença no cálculo de quanto custa manter um carro no Brasil.

sensor de pressão de pneus

Tipos de sensor de pressão de pneus

Tecnicamente, há dois tipos de sensor de pressão de pneus: monitoramento direto (TPMS) e monitoramento indireto (iTPMS). Apesar do objetivo semelhante, os dois tipos têm funcionamento distinto e podem gerar dúvidas entre os motoristas. Então, vamos explicar e apontar as vantagens e desvantagens de cada um deles. 

TPMS: monitoramento direto

O monitoramento direto da pressão dos pneus, identificado pela sigla TPMS, é o sistema onde existe, de fato, um sensor individual dentro de cada pneu – montado diretamente na roda, na região da válvula. Esse equipamento é capaz de medir com precisão a pressão de enchimento e, em alguns modelos, também a temperatura do pneu. Essas informações são transmitidas a um módulo de controle e exibidas no quadro de instrumentos do carro. Desta forma, o motorista pode verificar em tempo real qual a pressão exata (em psi ou bar, por exemplo) de cada pneu.

A vantagem deste tipo de sensor de pressão de pneu é justamente a precisão, que permite literalmente monitorar cada roda com exatidão. Além disso, o sistema não requer nenhuma ação do motorista além da calibragem regular dos pneus – que deve ser feita, no máximo, a cada 15 dias. Caso o sistema detecte pressão abaixo do mínimo estipulado pelo fabricante, além da indicação gráfica do pneu, é emitido um alerta visual e sonoro com uma luz-espia amarela com um ponto de exclamação ( ! ). 

Como desvantagens do TPMS estão os maiores custos de instalação (o que geralmente restringe a tecnologia a carros mais caros) e de reposição, já que o sensor pode sofrer danos em uma troca de pneu feita por profissional não qualificado. Além disso, a bateria do sensor possui duração estimada entre 5 e 10 anos. Com o fim da vida útil, pode ser necessário adquirir um sensor novo (e não somente a bateria). Outro cuidado a ser tomado na hora do rodízio de pneus, já que o mecânico não deve esquecer de informar à central eletrônica do carro o novo posicionamento dos pneus. 

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iTPMS: monitoramento indireto

O sistema de monitoramento indireto da pressão dos pneus, identificado pela sigla iTPMS, surgiu como uma forma mais simples e de menor custo em relação ao sistema original. Desta forma, pôde ser aplicado a carros de entrada sem prejudicar a relação custo-benefício.

Ao contrário do sistema direto, no indireto não há sensores de pressão individuais em cada pneu. A leitura é feita por meio do sensor de rotação de roda do ABS (sistema antitravamento dos freios) e/ou ESC (controle eletrônico de estabilidade). O sistema é capaz de informar à central eletrônica do carro se um dos pneus estiver girando mais rápido que os demais ao dirigir em linha reta. Isso indica menor pressão, em razão do menor raio dinâmico do pneu esvaziado. 

Além do menor valor de implementação, o iTPMS também traz como vantagem o menor custo de manutenção, já que dispensa os sensores individuais de pressão – apenas os sensores do ABS/ESC devem ser verificados nas revisões. 

Já as principais desvantagens são a falta de indicação individual de pressão dos pneus e a necessidade de resetar o sistema a cada nova aferição de pressão. Este passo é essencial para que o carro entenda o novo parâmetro de calibragem e possa detectar eventual perda de pressão provocada por um furo. Como no sistema indireto, caso seja detectada perda de pressão dos pneus pelo iTPMS, uma luz-espia amarela e um aviso sonoro surgirão no quadro de instrumentos. 

Para programar a informação de nova calibragem no sistema do carro, procure pela tecla física set no painel ou pelos botões de reset no computador de bordo ou central multimídia. Como cada carro possui uma interface diferente, a recomendação é consultar o manual do veículo. Caso o reset não seja feito a cada verificação de pressão, o sistema pode funcionar incorretamente, com indicação imprecisa no painel. 

Esperamos que este conteúdo possa te auxiliar a entender o funcionamento do sensor de pressão de pneus e, assim, contribuir para maior segurança e menor consumo ao dirigir. Saiba que aqui no Blog da Zapay temos diversos artigos sobre manutenção automotiva, legislação de trânsito, multas, IPVA e muito mais. E caso você precise consultar débitos de veículo, conte com a Zapay! É fácil, rápido e seguro.

Imagens: Divulgação

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