Saiba quais são as condições severas de uso que alteram os intervalos de manutenção preventiva
Realizar a manutenção preventiva é a melhor forma de manter a durabilidade e garantir o perfeito funcionamento do motor. Para evitar problemas ao rodar com o veículo, os proprietários devem seguir os prazos de revisões indicados no manual do fabricante, com intervalos recomendados por tempo ou quilometragem. O que muitas pessoas não se atentam é com o chamado uso severo do carro, condição que requer maior rigor em relação aos prazos de manutenção.
Em condições normais de uso, os carros devem seguir o cronograma regular previsto no manual – com paradas a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses (o que ocorrer primeiro), em média. Já na condição de uso severo, estes intervalos caem geralmente pela metade – portanto, a cada 5 mil quilômetros ou 6 meses. Mas, afinal, o que é o uso severo e por que ele altera os prazos de revisão?
O chamado uso severo envolve as condições em que há maior desgaste dos componentes do motor, o que exige um acompanhamento mais rígido da manutenção. Um dos principais exemplos são os veículos que rodam na maior parte do tempo em trânsito intenso, com o motor em marcha lenta e condução em baixa velocidade por longos períodos. Essa é uma condição que tende a degradar com maior rapidez a vida útil de componentes como o óleo do motor e as velas de ignição.
Outra condição classificada pelos fabricantes como uso severo é quando o veículo é utilizado na maior parte das vezes em viagens de curta distância (inferiores a 8 km, em média), como ir a uma padaria ou supermercado perto de casa. Neste caso, o motor não consegue atingir a temperatura ideal de funcionamento, o que também aumenta o consumo do lubrificante e o desgaste de diversos componentes.
Também são definidas como uso severo as seguintes condições: rodar frequentemente com o veículo com carga máxima ou reboque; em velocidade contínua a mais de 170 km/h por longos períodos; em áreas salinas, arenosas ou com outros materiais corrosivos; em regiões com montanhas e pistas muito íngremes; em estradas de terra, barro ou lama; dirigir em condições de calor extremo (acima de 35°C); dirigir em regiões de frio extremo (abaixo de -15°C).
Por conta dessas situações listadas acima, alguns tipos de veículos também já são automaticamente classificados na categoria de uso severo no momento da manutenção, como táxis, carros de transporte por aplicativo, viaturas policiais e/ou de uso militar, veículos de uso comercial, ambulâncias e carros de autoescola e locadoras. A condição de longa inatividade (quando o carro permanece sem uso por semanas ou meses) também diminui os intervalos de manutenção programada.
Itens que devem ser checados com frequência em uso severo
Alguns dos itens que têm o intervalo de substituição alterado quando em condições de uso severo são o óleo do motor e filtro de óleo, correia dentada, correia de acessórios, filtro de ar, filtro de combustível, velas de ignição, filtro de cabine, fluido de câmbio (manual ou automático), líquido de arrefecimento e fluido de freio.
Sempre siga as orientações do manual do proprietário, que irá indicar a necessidade de substituição imediata ou inspeção visual de cada item previsto em uso severo. Os demais componentes da tabela de manutenção que não tenham uma especificação para uso severo devem ser substituídos nos prazos regulares.
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Imagens: Arquivo/Agência Brasil