BR-163
Categories:

BR-163: Impulsionando Comércio e Economia Nacional

0
(0)

Fique por dentro sobre os detalhes da rodovia BR 163, cujo trajeto vai do estado do Pará até o Rio Grande do Sul. Conheça quais estados fazem parte do caminho da BR-163, suas características e os cuidados necessários para rodar nessa via.

– Onde fica a BR-163? 

– Qual o nome popular? 

– Quais estados fazem parte dela? 

– Quais são as características da BR-163? 

– Quais cuidados são precisos adotar ao viajar pela BR-163?

Dica da Zapay: conheça a maior rodovia do Brasil.

Onde fica a BR-163? 

A BR-163 é uma rodovia longitudinal brasileira, com cerca de 3.470 quilômetros de extensão. É essa rodovia que liga as cidades de Tenente Portela (Rio Grande do Sul) e Santarém (Pará) – mais precisamente, por intermédio de seu trecho principal. Vale dizer que há ainda um trecho complementar entre os municípios paraenses de Oriximiná e Óbidos.

Não por acaso, a BR-163 é considerada uma das principais rodovias do interior do Brasil, ao lado da BR-158 e da BR-364. Ela integra o Sul do país ao Centro-Oeste e ao Norte brasileiro.

Vale destacar que, em 2014, dois trechos da BR-163 foram entregues à iniciativa privada por intermédio de concessões de 30 anos. Tratava-se da terceira parte do Programa de Investimentos em Logística do Governo Federal, lançado em 2012. Tais trechos são: o que atravessa o estado de Mato Grosso e o que corta o estado do Mato Grosso do Sul. 

Ainda: desde 2009, a BR-163 conta com o policiamento de mais de 340 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao longo de sua extensão. Além disso, cerca de 80% da rodovia está repavimentada.

Dica da Zapay: confira outras BRs, saiba quais estados elas atravessam e tire todas suas dúvidas. 

BR-116 – Regis Bittencourt

BR-158 – Corredor de Soja

BR-230 – Transamazônica 

BR-364 – Marechal Rondon

BR-101- Rodovia Rio-Santos

Qual o nome popular da BR-163? 

O amigo condutor pode estranhar o nome BR-163, por conhecê-la apenas pelo nome mais popular: Rodovia Cuiabá-Santarém. Se esse for o seu caso, saiba que não há problema – o importante é saber que os nomes dizem respeito à mesma rodovia.

Quais estados fazem parte dela? 

Os estados que estão ligados pela BR-163 são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará.  

É importante dizer que entre as cidades de Tenente Portela (Rio Grande do Sul) e Cascavel (Paraná) a rodovia apresenta pista simples, com largura de 6,6 metros e acostamento reduzido. Contudo, tal trecho encontra-se em fase de alargamento.

Ao condutor que está em Cascavel, é válido saber que, em direção Norte, a rodovia dá acesso à Ponta Porã, Porto Murtinho (acessos para o Paraguai) e Corumbá (Acesso para a Bolívia). Assim, a rodovia BR-163, liga Cuiabá (capital do Mato Grosso) a Santarém (Pará).

A seguir, saiba mais sobre os trechos que dizem respeito à extensão da BR-163:

Pará:

Nesse estado, a BR-163 atravessa uma das regiões mais ricas do Brasil em recursos naturais e potencial econômico, sendo marcada pela presença de importantes biomas de nosso país, tais como Floresta Amazônica, Cerrado e as áreas de transição entre eles.  

Há ainda bacias hidrográficas relevantes, como a do Amazonas, do Xingu, e de Teles Pires-Tapajós. Vale dizer quer, no lado Norte do Rio Amazonas, existe um trecho de 103 quilômetros entre Oriximiná e Óbidos.  

De acordo com o antigo Plano Nacional de Rodovias, a previsão era de que a BR-163 deveria ter mais um trecho, de modo a ligar Oriximá até Tiriós, próximo à fronteira com o Suriname. O trecho passaria pelo distrito de Cachoeira Porteira (Oriximá) e apresentaria uma intersecção com a Rodovia Perimetral Norte. Alguns trechos foram abertos, contudo nunca concluídos e estão sem manutenção.

O trecho paraense da BR-163 é estratégico, pois liga a volumosa produção agropecuária oriunda do Centro-Oeste com os portos do Pará, trazendo diversas vantagens econômicas ao país. 

Porém, é importante dizer que esse trecho apenas foi asfaltado 2019, após décadas de resistência por parte de ambientalistas. De acordo com estudos do EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) do Governo Federal, o asfaltamento deste trecho pouco impacta na degradação ambiental – que já existia nas últimas décadas, quando o trecho ainda era estrada de terra. Agora, com a pavimentação, fica mais fácil para que haja melhor fiscalização da área.

Do ponto de vista econômico, o ganho vem com a facilidade de exportação de grãos, carne, dentre outros produtos fundamentais para a região e para abastecer o país.

Confira os trechos da BR-163 no Pará:

  • Início da rodovia próximo a Oriximiná – até o quilômetro 30 (43 quilômetros contíguos com a PA-254)
  • Óbidos (fim do trecho do lado norte do Rio Amazonas)
  • Santarém (início do trecho principal)
  • Belterra

– Acesso a Aveiro pela PA-435

  • Rurópolis

– Interseção com a BR-230

-Acesso a Altamira e Marabá pela BR-230

  • Itaituba (Distrito de Moraes de Almeida)
  • Novo Progresso
  • Altamira (Distrito de Castelo dos Sonhos)

Mato Grosso:

Desde 2014, esse trecho é administrado pela Concessionária Nova Rota do Oeste, uma empresa do, então, Odebrecht TransPort. Em 2023, essa concessão passou a ser do Governo do Estado de Mato Grosso.

Pelos próximos 30 anos, será de responsabilidade da Rota do Oeste a duplicação dos 453,6 quilômetros de pistas simples, sendo que os demais 400 quilômetros são de responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Assim, serão construídos novos trevos, pontes, viadutos e entroncamentos. Em 2016, foi entregue a duplicação de 117 quilômetros entre Rondonópolis e a divisa com o Mato Grosso do Sul.

O investimento é bastante válido, pois essa a BR-163 é a principal rota de escoamento de safra de grãos do Mato Grosso, que, por sua vez, é o principal produtor do país.

Por sua vez, entre 2014 e 2017, entre os municípios de Cuiabá e Rondonópolis, um trecho de 168 quilômetros foi duplicado pelo Governo Federal. Já no final de 2018, houve a inauguração da duplicação do trecho entre Cuiabá e Jaciara, com cerca de 100 quilômetros. Em 2019, havia 151 quilômetros duplicados e, em 2021, a duplicação entre Cuiabá e Rondonópolis foi totalmente concluída. 

Confira por onde passa a BR-163 no estado do Mato Grosso:

  • Guarantã do Norte

– Acesso a Novo Mundo e Alta Floresta pela MT-419

  • Matupá
  • Peixoto de Azevedo
  • Terra Nova do Norte

– Acesso a Nova Guarita e Alta Floresta pela MT-208

  • Nova Santa Helena

– Acesso a Colíder e Alta Floresta pela MT-320

  • Itaúba

– Acesso a Porto dos Gaúchos pela MT-220

  • Sinop

– Acesso a Santa Carmem pela MT-422

– Acesso a Vera pela MT-225

  • Sorriso

– Acesso a Nova Ubiratã pela MT-242

  • Lucas do Rio Verde

– Acesso a Tapurah pela MT-449

  • Nova Mutum

– Acesso a Santa Rita do Trivelato pela MT-235

– Acesso a Diamantino pela MT-010

  • Nobres
  • Rosário Oeste

– Acesso a Barra do Bugres pela MT-246

  • Jangada

– Acesso a Acorizal

  • Várzea Grande

– Acesso a Cáceres, Nossa Senhora do Livramento e Poconé pela BR-070

  • Cuiabá

– Intersecção com a BR-364 e BR-070

– Acesso a Chapada dos Guimarães

  • Jaciara

– Acesso a Dom Aquino e Campo Verde

  • São Pedro da Cipa
  • Juscimeira
  • Rondonópolis

– Acesso a BR-364 e BR-060

– Acesso a Mineiros, Jataí, Rio Verde e Goiânia – GO

– Acesso a Brasília – DF

– Acesso a Itiquira pela MT-370

BR 163

Mato Grosso do Sul:

No ano de 2014, a BR-163 foi privatizada nesse trecho – a concessão foi vencida pelo Grupo CCR, via leilão. O trecho passou, então, a ser operado por intermédio da CCR MSVia , processo que deve durar 30 anos, com a obrigação de duplicar 847 quilômetros de rodovia. 

Embora as obras tenham se iniciado em 2015, cinco anos depois (em 2020), a CCRMSVia propôs à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) não realizar nenhuma duplicação, mas, sim, continuar cobrando pedágio normalmente, no mesmo preço. A empresa, então, duplicou somente pequenos trechos intermitentes ao longo do estado sul-mato-grossense, cerca de 120 dos 847 quilômetros. 

É importante ressaltar que a rodovia tem papel fundamental no comércio, no turismo e, sobretudo, na logística de transporte da agroindústria, afinal, é o principal corredor de exportação do estado de Mato Grosso do Sul para atingir os portos dos estados de Santa Catarina e Paraná. 

A BR-163 é quem dá acesso também a Ponta Porã, Porto Murtinho (acessos para o Paraguai) e Corumbá (acesso para a Bolívia).

Fique por dentro dos trechos da BR-163 que passam pela BR-163:

  • Sonora

– Acesso a Pedro Gomes pela MS-215 e MS-418

  • Coxim
  • Rio Verde

– Acesso a Aquidauana pela MS-427

  • São Gabriel do Oeste

– Acesso a Rio Negro pela MS-430

– Acesso a BR-060

– Acesso a Camapuã

  • Bandeirantes

– Acesso a Rochedo pela MS-244

  • Jaraguari
  • Campo Grande

– Interceção com a BR-262 e BR-060

– Acesso a Três Lagoas, Aquidauana e Corumbá pela BR-262

– Acesso a Sidrolândia pela BR-060

  • Nova Alvorada do Sul

– Acesso a BR-267 (divisa com São Paulo)

  • Rio Brilhante

– Acesso a BR-267 (Maracaju e Jardim)

– Acesso a Douradina pela MS-470

  • Dourados

– Intersecção com a BR-463

– Acesso a Fátima do Sul pela MS-376

– Acesso a Itaporã pela MS-156

– Acesso a Bela Vista pela MS-270

– Acesso a Ponta Porã pela BR-463

– Acesso a Laguna Carapã pela MS-379

  • Caarapó

– Acesso a Amambai pela MS-156

  • Juti
  • Naviraí

– Acesso a Ivinhema e Nova Andradina pela MS-141

– Acesso ao distrito de Porto Caiuá pela MS-489/Intersecção com a BR-487

  • Itaquiraí

– Acesso a Icaraíma e Umuarama – PR pela BR-487

  • Eldorado

– Acesso a Amambai e Ponta Porã pela MS-295

  • Japorã
  • Mundo Novo

Paraná:

Por sua vez, no Paraná, a BR-163 passa por relevantes cidades, tais como Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Guaíra – todos esses trechos estão em fase de duplicação. Vale destacar que em 2020, um trecho de 74 quilômetros, entre Cascavel e Marmelância, estava em processo de duplicação.

Conheça os trechos da BR-163 no estado do Paraná:

  • Guaíra

– Intersecção com a BR-272

  • Mercedes

– Acesso a Pato Bragado

  • Marechal Cândido Rondon
  • Quatro Pontes
  • Toledo

– Acesso a Palotina e Assis Chateaubriand pela PR-182 (A)

– Acesso a São Pedro do Iguaçu e Santa Helena pela PR-182 (B)

  • Cascavel

– Intersecção com a BR-277 e BR-369

– Acesso a Foz do Iguaçu e Campo Mourão pela BR-369

– Acesso a Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba pela BR-277

  • Santa Tereza do Oeste
  • Lindoeste
  • Santa Lúcia

– Acesso a Boa Vista da Aparecida pela PR-484

  • Capitão Leônidas Marques
  • Capanema
  • Planalto

– Acesso a Realeza

  • Pérola d’Oeste
  • Pranchita
  • Santo Antônio do Sudoeste

– Acesso a Ampere

  • Bom Jesus do Sul
  • Barracão

– Intersecção com a BR-280

– Acesso a Palmas – PR

Santa Catarina:

A BR-163 em Santa Catarina é reconhecida como um centro rodoviário escoador de Brasil, dada sua importância estratégica, sobretudo a partir de São Miguel do Oeste. Porém, ao trafegar pela via, é possível perceber problemas com sinalização e condições do asfalto, que apresenta muitos buracos.

Conheça os trechos da BR-163 no estado de Santa Catarina:

  • Guarujá do Sul
  • São José do Cedro

– Acesso a Anchieta

  • Guaraciaba
  • São Miguel do Oeste

– Intersecção com a BR-282

  • Descanso

– Acesso a Belmonte

  • Iporã do Oeste

– Intersecção com a BR-386

– Acesso a Mondaí

  • Itapiranga

Rio Grande do Sul:

Em território gaúcho, a BR-163 apresenta seu melhor trecho, de modo a atender apenas três municípios. Uma curiosidade: o Rio Grande do Sul é o único estado onde a rodovia não tem o status de centralizador.

Conheça os trechos da BR-163 no Rio Grande do Sul:

  • Barra do Guarita
  • Vista Gaúcha
  • Tenente Portela – Ponto extremo sul

– Intersecção com a BR-472

– Acesso a Frederico Westphalen

Quais são as características da BR-163? 

A BR-163 é uma rodovia que começou a ser feita ainda no período de Regime Militar no Brasil – mais precisamente, a rodovia começou a ser aberta em 1971, com o objetivo de promover a “ocupação” do interior brasileiro. Nesse cenário, a função da referida rodovia seria conectar a região Centro-Oeste aos portos do Norte brasileiro, tanto no Rio Tapajós quanto no Rio Amazonas. 

Vale dizer que, ainda no processo de abertura da estrada, houve diferentes projetos de colonização, que foram impulsionados pelo Governo Militar, configurando-se como o principal agente para a ocupação e a espoliação de terras indígenas na região.

No ano de 2003, ocorreu a concretização do projeto de pavimentação da rodovia. Porém, apesar da vantagem aos motoristas em geral, esse benefício também foi utilizado em processos de grilagem, desmatamento e conflitos fundiário na área impactada pela rodovia.

Quais cuidados são precisos adotar ao viajar pela BR-163?

Você pôde conferir ao longo desse artigo, a BR-163 é uma rota estratégica para o escoamento da produção de grãos e carnes, o que faz com que a presença de caminhões e carretas seja constante nessa rodovia.

No mês de janeiro, esse fluxo aumenta devido ao período de escoamento de safra – consequentemente, há mais veículos pesados na via. Contudo, esse é também o mês de férias escolares e período no qual muitas famílias viajam – ou seja, há também o aumento no fluxo de veículos de passeio.

Assim, é preciso tomar alguns cuidados para garantir a segurança de todos. Um dos principais perigos na época é a presença de muitos condutores com pouca experiência na via. Para esses motoristas, bem como aqueles pouco acostumados em trafegar em rodovias, é necessário redobrar a atenção.

As bagagens são mais um cuidado fundamental, bem como a lotação do carro. Afinal, a visibilidade do motorista não pode ser prejudicada. Outro ponto é o peso carregado, para que as peças do veículo não danifiquem – afinal, é essencial garantir tanto o equilíbrio quanto o bom funcionamento do automóvel.

Qual nota você dá pra esse conteúdo?

Clique nas estrelas

Média das avaliações 0 / 5. Número de votos: 0

Seja o primeiro a avaliar! Nenhum voto até agora 🙁

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar ele!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Avatar image of Alessandra
Written by

Alessandra

Jornalista formada há mais de 15 anos, com 12 anos de experiência em produção e criação de conteúdo, edição de texto, e gestão de pessoas. Atualmente atuo como redatora e produtora de conteúdo SEO freelancer.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *