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Qual o futuro dos veículos a diesel?

Com as novas tecnologias no mercado automotivo, voltadas ao desempenho e à sustentabilidade, cada vez mais, vemos veículos elétricos e híbridos sendo lançados. Mas como ficam os carros movidos à diesel?

Confira a discussão nesse artigo acerca do espaço que esse tipo de veículo terá no futuro, as movimentações legais sobre carros a diesel e a gasolina a partir de 2030, a questão do preço do diesel e novidades da Volvo. Aliás, se você pensa na junção “diesel preço”, logo vem preços altos, atualmente, saiba que há alguns motivos e contextos para tal.

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– Haverá espaço para os carros a diesel no futuro?

– PL prevê o fim dos carros a diesel e a gasolina a partir de 2030

– Alto preço também é fator que auxilia na redução dos carros a diesel

– Volvo deixará de produzir veículos a diesel em 2024

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Haverá espaço para os carros a diesel no futuro?

Os veículos automotores que precisam de mais potências, força, sendo mais robustos e com pré-disposição para trechos fora de estrada costumam dispor de motor movido a diesel. É o caso de picapes médias, SUVs e automóveis comerciais.

Porém, com a aplicação de novas tecnologias e com o crescimento constante de automóveis eletrificados no mercado nacional e global, o combustível terá um nicho mais restrito. Ainda: com as inovações tecnológicas aplicadas em carros, surgem novas leis cujo objetivo é reduzir os poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis, como uma forma de colaborar com esse novo cenário.

Por exemplo, para mostrar tal mudança que estamos relatando, a Jeep realizou uma ação de retirar as versões a diesel da linha mais recente do Renegade. Esse SUV era comercializado com motor flex 4×2 e diesel 4×4 – hoje, ele é vendido somente em configurações Turbo Flex 4×2 ou 4×4.

Segundo a montadora norte-americana, além das novas regras do Proconve L7, a decisão ocorreu, pois, as versões movidas a diesel representavam uma pequena parcela, cerca de 7%, do total de vendas do Renegade que foi o mais vendido de 2021.

A intenção é que a prática adotada pela Jeep se estenda aos demais automóveis da montadora, como o Jeep Compass, por exemplo.

Além disso, é possível que essa tendência seja aplicada por outros veículos, a começar pelas marcas que pertencem ao mesmo grupo automotivo que a Jeep – a gigante Stellantis. Seria o caso da Fiat, que já compartilha a motorização com os automóveis da montadora norte-americana, uma vez que estão sob o mesmo guarda-chuva.

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PL prevê o fim dos carros a diesel e a gasolina a partir de 2030

Há um Projeto de Lei (PL) mais radical e que prevê a extinção dos automóveis movidos a diesel a partir de 2030. Vale lembrar que PL diz respeito a Proposição destinada a dispor sobre matéria de competência normativa da União e pertinente às atribuições do Congresso Nacional. Sujeita-se, após aprovado, à sanção ou ao veto presidencial.

A PL em questão é de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Trata-se do Projeto de Lei 5332/2020, cujo objetivo é diminuir os poluentes causados pelos veículos equipados com motores movidos a combustíveis fósseis. No ano em que a proposta foi apresentada (2020), o deputado usou, como exemplo, alguns países da Europa que já tinham decidido pela proibição da venda de carros movidos a gasolina. Um deles é o Reino Unido, que proibiu a venda de automóveis e vans equipados com motores a gasolina e diesel a partir de 2030 – anteriormente, a previsão era 2040.

Hoje, esse PL encontra-se em tramitação e a última atualização ocorreu em 2021, quando o texto foi recebido pela CDEICS – Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.

preço do diesel

Conheça outros projetos em tramitação na Câmara Deputados quanto à relação combustíveis e sustentabilidade

– O Projeto de Lei 4516/2023 traz medidas cujo objetivo é estimular a utilização de combustíveis sustentáveis no setor de transportes brasileiro, como o diesel verde e o aumento do teor de etanol na gasolina. Trata-se do projeto Combustível do Futuro, que vem sendo despachado para a devida análise das comissões da Câmara dos Deputados.

Há seis eixos que dividem o referido texto. Vale destacar que um desses eixos prevê a criação do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV)

– Nesse projeto, há a previsão de que as companhias aéreas devem reduzir em 1% as emissões de gases de efeito estuda a partir de 2027, de modo a alcançar 10% em 2037. A referida redução pode ser atingida pelo aumento gradual da mistura de combustíveis sustentáveis, segundo os estudos apresentados.

– Nesse caminho, o Projeto de Lei apresenta como proposta a criação do Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV). Desse modo, até 2037, o Governo Federal deve estabelecer, a cada ano, a participação mínima obrigatória de diesel verde no diesel fóssil. Vale dizer que essa participação não deve exceder 3% a cada ano.

– Você pode estar se perguntando: e o eu seria o diesel verde? Trata-se de um combustível renovável, que é produzido a partir de óleos vegetais, como óleo de soja, dentre outros, ou de gorduras animais.

– Outro ponto importante do PL é a estocagem de carbono. Em sua proposta, o projeto traz zum marco legal para a atividade de captura e estocagem de dióxido de carbono (CO2). Assim, ficará a carga da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizar e regular a referida atividade, que envolve a captura do CO2 e a retenção dele no subsolo.

– Uma das vantagens da proposta é que ela permite que a agência forneça às empresas dados geológicos para identificar as áreas com potencial para estocagem do gás.

– Ainda: o PL estabelece que a ANP ainda regule a produção e a distribuição dos combustíveis sintéticos (conhecidos como e-Fuel), como sua qualidade e utilização. Vale destacar que o e-Fuel é produzido em laboratório e apresenta as mesmas propriedades de queima daqueles derivados de petróleo, sem necessidade de modificar peças dos motores a combustão. Um exemplo é a gasolina sintética.

– Mais um ponto do projeto é que o teor altera os limites máximo e mínimo da mistura de etanol anidro à gasolina. Assim, o teor mínimo será de 22% e o máximo de 30%, condicionado à constatação da sua viabilidade técnica. Desde 2015 a participação do etanol na gasolina é de 27,5%.

– O PL integra ainda os os compromissos de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis, do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, e do Programa Brasileiro de Etiquetagem.

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Alto preço também é fator que auxilia na redução dos carros a diesel

O contexto atual ainda contribui para que novas propostas sejam pensadas. É a primeira vez na história do Brasil que o preço do litro do diesel encontra-se acima da cotação da gasolina. Esse fato pesa no bolso do consumidor diariamente, bem como pode mudar, em breve, o comportamento de quem considera comprar carro, usado ou não: será que ainda vale a pena investir em um automóvel movido a diesel? Ou ainda: os carros flex tendem a ganhar mais espaço no mercado automotivo?

Contudo, é importante ter em mente que tal movimento ainda não está presente no mercado, porém a situação pode mudar se gasolina continuar mais barata do que o diesel. Vale dizer que, historicamente no Brasil, o diesel sempre foi, no máximo, 75% do preço da gasolina. Porém, com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), limitado a 18% para os combustíveis, a situação se inverteu. 

Além disso, as montadoras estão fazendo uso de novas tecnologias, como carros turbo e motores com três cilindros. Assim, os automóveis a gasolina se tornaram mais econômicos do que costumavam ser. Desse modo, é de se esperar que a procurar por um veículo a diesel se reduza. 

Mas é importante frisar que essa decisão não é simples, afinal, o amigo motorista precisa colocar na ponta do lápis diversos fatores. Por exemplo, o veículo a diesel apresenta durabilidade de motor maior, chegando a ser três vezes mais durador do que um propulsor a gasolina. 

Esse fato pode ainda variar bastante a depender do dono do carro, porém um motor a gasolina dura cerca de 200.000 quilômetros sem retifica, que é o desmonte geral do propulsor, enquanto que um motor a diesel percorre 600.000 quilômetros sem retifica. 

Ainda: os automóveis movidos a diesel tendem a apresentar maior aceitação no mercado na hora da revenda. As grandes caminhonetes movidas a gasolina costumam desvalorizar consideravelmente, pois a aceitação não é tão grande quanto a dos modelos a diesel. Um cenário diferente dos SUVs, modelos nos quais os condutores já consideram os dois propulsores de maneiras mais semelhantes. 

Contudo, é importante considerar que um automóvel flex é bem mais barato do que um modelo movido a diesel. Porém, especialistas acreditam que a diferença de preço entre os combustíveis tende a não se estender para o futuro. Lembre-se sempre, amigo condutor: esse ponto do combustível mais barato é momentâneo e depende de uma série de fatores que pesam na economia do país e nas commodities.

Além disso, hoje, o valor dos carros é bastante caro no Brasil – com a imprevisibilidade do que pode ocorrer quanto a potências mudanças no cenário econômico e político (vide como foram os anos de pandemia, por exemplo), é bastante complicado considerar apenas a economia em combustível. 

diesel preço

Volvo deixará de produzir veículos a diesel em 2024

Os fãs da Volvo contaram com uma novidade quente na Semana do Clima de New York, que ocorreu na segunda quinzena de setembro de 2023: o último automóvel a diesel da montadora será produzido no início de 2024.

Essa medida não é ao acaso, afinal, o gesto faz parte do compromisso de, até 2030, a fabricante sueca produzir e comercializar somente automóveis elétricos e, até 2040, a Volvo pretender ser uma empresa 100% neutra para o clima.

Assim, com tal anúncio, a fabricante segue a decisão de 2023 – de parar o desenvolvimento de novos motores a combustão. A Volvo considera que os motores elétricos são o futuro, além de serem superiores aos propulsores a combustão, uma vez que fazem menos barulho, vibram menos e apresentam menos custos de manutenção e zero emissões. 

O objetivo da montadora sueca é criar um vasto portfólio de automóveis premium 100% elétricos, que atendam às expectativas dos clientes Volvo, além de ser uma resposta quanto às mudanças climáticas.

Desse modo, com a decisão da Volvo de parar por completo de produzir automóveis a diesel no início de 2024, revela como a indústria automotiva, bem como seus consumidores, estão mudando por conta da crise climática que vivemos, dentre outros fatores.

De acordo com a Volvo, somente há quatro anos o propulsor a diesel passou a ser o produto mais popular da empresa na Europa. A maior parte dos veículos vendidos no continente europeu, em 2019, era movida a diesel. E esse número não espanta, pois, os modelos elétricos estavam apenas começando a serem introduzidos no mercado.

Contudo, essa tendência se inverteu rapidamente desde então, devido a uma demanda de mercado, além de leis de emissão de carbono mais rigorosas e foco da Volvo em eletrificação. Vale destacar que, agora, a maioria das vendas na Europa diz respeito aos carros eletrificados – sejam eles híbridos ou 100% elétricos.

Mais um ponto importante é que menos automóveis a diesel nas ruas e estradas pode trazer efeito positivo na qualidade de ar das cidades. Afinal, enquanto os motores a diesel emitem menos gás carbônico (CO2) do que aqueles a gasolina, eles emitem mais gases, como os óxidos de nitrogênio, que traz efeito adverso na qualidade do ar, sobretudo em áreas urbanizadas.

Fique ligado quanto às vantagens e às desvantagens de veículos flex, a diesel, híbridos e elétricos.

Cada tipo de automóvel tem suas próprias vantagens e desvantagens, de modo que a escolha entre eles depende das necessidades e das preferências individuais de cada condutor. Confira, a seguir, algumas das vantagens e desvantagens dos carros flex, a diesel, híbridos e elétricos:

  • Carros flex

Vantagens:

Versatilidade de combustível: os carros flex podem funcionar com etanol, gasolina ou uma combinação de ambos, o que permite que o motorista possa escolher o combustível que for mais econômico no momento.

Menor emissão de CO2: o etanol é uma fonte de energia renovável que produz menos emissões de dióxido de carbono (CO2) em comparação com a gasolina.

Desvantagens:

Consumo de combustível: os veículos flex tendem a ter um consumo de combustível menos eficiente em comparação com carros movidos exclusivamente a gasolina.

Custo inicial: os automóveis flex podem ser mais caros devido à tecnologia adicional necessária para lidar com diferentes tipos de combustível.

  • Carros a diesel

Vantagens:

Economia de combustível: os carros a diesel, geralmente, apresentam uma eficiência de combustível superior, o que pode economizar dinheiro a longo prazo.

Maior torque: os motores a diesel tendem a oferecer mais torque, o que os torna adequados para aplicações de alta carga, como caminhonetes e veículos utilitários.

Desvantagens:

Emissões poluentes: os automóveis a diesel emitem óxidos de nitrogênio (NOx) e partículas finas que contribuem para a poluição do ar. Por conta disso, as regulamentações de emissões são mais rígidas para veículos a diesel.

Ruído e vibração: motores a diesel tendem a ser mais barulhentos e vibrantes em comparação com motores a gasolina.

  • Carros híbridos

Vantagens:

Eficiência energética: os carros híbridos combinam um motor a combustão com um motor elétrico, o que resulta em uma melhor eficiência de combustível e emissões mais baixas.

Menos poluição local: os motores elétricos funcionam em baixa velocidade e em condições de trânsito lento, reduzindo as emissões locais.

Desvantagens

Custo inicial: os carros híbridos, geralmente, custam mais do que modelos equivalentes a gasolina.

Limitações elétricas: a capacidade elétrica de um carro híbrido é limitada e eles ainda dependem do motor a combustão em viagens mais longas.

  • Carros elétricos

Vantagens:

Zero emissões locais: os automóveis elétricos não emitem poluentes locais, o que os torna ecologicamente corretos e ideais para áreas urbanas.

Baixo custo de operação: os custos de eletricidade são, geralmente, mais baixos do que os de gasolina ou diesel, o que resulta em economia a longo prazo.

Desempenho instantâneo: os motores elétricos oferecem um torque instantâneo, proporcionando aceleração suave e rápida.

Desvantagens:

Autonomia limitada: os carros elétricos podem ter uma autonomia limitada por carga em comparação com veículos a combustão.

Tempo de recarga: o carregamento de baterias pode levar mais tempo do que encher um tanque de combustível.

Infraestrutura de carregamento: a disponibilidade de estações de carregamento pode ser limitada em algumas áreas, tornando viagens de longa distância desafiadoras.

É importante o amigo motorista ter em mente que a escolha entre esses tipos de veículos depende de suas necessidades individuais, o que inclui o uso típico do automóvel, preferências ambientais e orçamento. Desse modo, é fundamental considerar todos esses fatores ao decidir qual tipo de carro é o mais adequado para você, sua família ou ainda seu trabalho.

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