Carretinha de motos branca acoplada a moto preta, com compartimento carregando botijões de gás, destacando o uso utilitário do acessório em serviços de entrega.
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Carretinha para moto é permitida? Conheça regras sobre o uso

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Se você já pensou em acoplar uma carretinha na sua moto pra levar carga, mala ou até aquela tralha de fim de semana, saiba que não está sozinho. 

A carretinha para moto é uma solução prática que ganha cada vez mais adeptos. Mas… será que é permitido? Precisa de placa? E se a polícia parar?

Spoiler: sim, moto com carretinha é permitida, mas só se estiver tudo dentro das regras. E não vale improvisar, viu? 

Existem normas específicas do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) que definem os modelos, dimensões, equipamentos obrigatórios e até o tipo de moto que pode puxar um reboque para moto.

Neste guia, a gente explica tudo que você precisa saber pra usar sua carretinha de moto com segurança, dentro da lei — e sem correr risco de multa. 

Bora entender direitinho? 🛵

É permitido usar a carretinha para moto?

Sim, é permitido usar carretinha reboque para moto no Brasil — desde que a motocicleta ou motoneta tenha motor acima de 120 cm³ e o equipamento esteja dentro das normas do CONTRAN, mais especificamente da Resolução nº 914/2022.

Além disso, é preciso respeitar a Capacidade Máxima de Tração (CMT) indicada pelo fabricante da moto. Essa informação, inclusive, deve aparecer no campo de observações do CRLV-e (aquele documento digital do veículo).

Ah, e nada de sair rebocando qualquer coisa por aí: o reboque de moto precisa ser homologado pelo órgão de trânsito e ter sido projetado especificamente para esse tipo de uso. 

Improviso pode sair caro, literalmente!!

Regras sobre carretinhas em motos

Usar uma carretinha de moto vai além de engatar e sair rodando. Existem regras específicas que garantem a segurança do condutor, dos outros motoristas e pedestres. As principais são:

  • A moto ou motoneta deve ter mais de 120 cm³ de cilindrada;
  • O reboque deve ser exclusivo para esse tipo de veículo e homologado;
  • A carretinha precisa respeitar os limites de dimensões e peso;
  • É obrigatório ter equipamentos de segurança, como iluminação adequada, para-choque traseiro, freio, retrorrefletivos e muito mais.

Além disso, a circulação da moto com carretinha pode ser restringida por órgãos locais de trânsito, dependendo da cidade ou da via. Então vale checar com o Detran ou com a prefeitura, se for o caso.

Especificações da carretinha de moto

Para estar legalizada e rodar sem dor de cabeça, a carretinha para moto deve seguir as seguintes especificações:

Dimensões máximas (com ou sem carga):

  • Largura: 1,15 metros;
  • Altura: 0,90 metros;
  • Comprimento total (com lança de acoplamento): 2,15 metros.

Equipamentos obrigatórios:

  • Para-choque traseiro;
  • Lanternas de freio (vermelhas) e de posição (vermelhas);
  • Indicadores de direção traseira (âmbar ou vermelhos);
  • Iluminação da placa traseira;
  • Retrorrefletivos nas laterais e na traseira;
  • Protetores de roda traseira;
  • Sistema de freio;
  • Pneu em boas condições.

Identificação obrigatória:

  • Número de Identificação Veicular (VIN) gravado;
  • Ano de fabricação;
  • Plaqueta com nome do fabricante, tara, lotação, PBT e dimensões.

Resumindo: se a sua carretinha reboque para moto estiver dentro dessas regras, pode seguir viagem tranquilo. E se não estiver… segura aí que já já vamos falar das multas.

Tipos de carretinhas para motos

Se você está pensando em equipar sua moto com uma carretinha, saiba que existem modelos diferentes, cada um com suas vantagens e usos mais indicados. 

Abaixo, explicamos os tipos mais comuns de reboque para moto, com preços médios e informações importantes pra você escolher a melhor opção!

Carretinha lateral

Moto circulando no trânsito urbano com carretinha lateral acoplada, utilizada para transporte de mercadorias, exemplo comum de carretinha lateral para moto em áreas comerciais.
Foto: Hédio Fazan/O PROGRESSO.

Esse modelo, também chamado de sidecar, é acoplado ao lado da moto, formando praticamente um “três rodas”. 

Apesar de ser estiloso e chamar atenção, ele é o menos comum quando falamos de carretinha para moto no Brasil.

  • Uso ideal: transporte leve, delivery, uso urbano.
  • Vantagens: fácil acesso à carga, boa estabilidade lateral.
  • Preço médio: entre R$ 2.000 e R$ 4.000.
  • Atenção: é importante verificar se esse tipo está devidamente homologado e permitido no seu estado.

Semirreboque

Carretinha semirreboque para motos com estrutura de ferro preta e caçamba marrom, ideal para carregar objetos diversos, apoiada sobre rodas aro de liga leve.
Foto: ART FERROS reboques e metalúrgica – Canal do Youtube.

É o modelo mais conhecido de carretinha reboque para moto. Fica acoplado na parte traseira da moto e é ótimo para transportar volumes maiores, desde malas até equipamentos.

  • Uso ideal: viagens, entregas, transporte de objetos médios.
  • Vantagens: mais espaço, mais capacidade de carga.
  • Preço médio: de R$ 3.000 a R$ 6.500.
  • Atenção: precisa seguir todas as exigências da Resolução CONTRAN nº 914/2022.

Carretinha reboque basculante

Carretinha reboque basculante para motos com estrutura azul e branca, rodas robustas e suporte ajustável, projetada para facilitar o transporte e basculamento de pequenas cargas.
Foto: Indústias Mants.

Essa aqui tem uma estrutura que inclina, facilitando o carregamento e descarregamento. É uma mão na roda pra quem precisa carregar a própria moto ou algum item mais pesado.

  • Uso ideal: carregar outra moto, quadriciclos ou ferramentas pesadas.
  • Vantagens: praticidade na carga e descarga.
  • Preço médio: de R$ 4.500 a R$ 7.000.

Carretinha baú

Carretinha baú para motos com tampa aberta, estrutura metálica branca e compartimento espaçoso para transporte de cargas, ideal para entregas ou uso comercial.
FOTO: Reboques Aliança.

Como o nome já diz, essa carretinha tem um compartimento fechado tipo baú. É ideal pra quem precisa transportar mercadorias com proteção contra sol, chuva e poeira.

  • Uso ideal: entregas profissionais, transporte de materiais delicados.
  • Vantagens: segurança e proteção da carga.
  • Preço médio: de R$ 5.000 a R$ 7.500.

Cada modelo de carretinha de moto tem seu perfil e pode ser a melhor opção dependendo da sua rotina. No próximo tópico, a gente fala sobre o que acontece se você usar um desses modelos fora da lei…

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Multa por transitar com carretinha de moto fora das normas

Nem toda moto com carretinha está legalizada, e é aí que mora o perigo. Se o reboque não seguir as regras da Resolução CONTRAN nº 914/2022, o condutor pode ser multado e as penalidades não são leves, viu?

Veja algumas infrações comuns e o que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê para cada uma:

  • Art. 230, IX – conduzir semirreboque sem os equipamentos obrigatórios (como iluminação, para-choque ou freio): infração grave, 5 pontos na CNH e multa de R$ 195,23, além da retenção do veículo.
  • Art. 230, X – usar equipamentos fora das especificações, mesmo que estejam instalados: infração grave, mesmos valores e medidas acima.
    Art. 244, VI – tracionar carretinha de moto em desacordo com a legislação, por exemplo, com moto de 125 cc não homologada, ou puxando reboque acima da capacidade: infração gravíssima, 7 pontos na CNH, multa de R$ 293,47 e possibilidade de suspensão do direito de dirigir.

Ou seja: o barato pode sair bem caro. Por isso, antes de sair por aí com um reboque de moto, vale checar se tudo está dentro das normas. No próximo tópico, a gente te ajuda a escolher a carretinha ideal, do jeitinho certo.

Como escolher a carretinha de moto ideal?

Antes de sair por aí comprando a primeira carretinha para moto que aparecer, é importante entender o que realmente faz sentido para você. Afinal, o modelo ideal depende da sua necessidade, do tipo de uso e, claro, das exigências legais.

Aqui vão alguns pontos pra considerar na hora de escolher sua carretinha reboque para moto:

  • Capacidade de carga: verifique o limite de peso que a moto pode tracionar (CMT – Capacidade Máxima de Tração) e respeite esse valor. A informação aparece no CRLV-e e no manual do fabricante;
  • Material de construção: o alumínio é mais leve, mas pode ser menos resistente. Já o aço é mais robusto, mas pesa mais e isso influencia no desempenho e consumo da moto;
  • Tipo de carga: vai levar ferramentas? Mala de viagem? Produto pra entrega? Cada tipo de carga pede um modelo diferente (baú, aberto, basculante…);
  • Facilidade de manobra: nem toda carretinha é fácil de acoplar e dirigir junto com a moto, especialmente nas curvas. Então teste antes, se puder!
  • Homologação: só escolha modelos homologados e com plaqueta de identificação, número VIN e todas as exigências da Resolução CONTRAN 914;
  • Preço: os valores variam bastante. Tem carretinha de moto a partir de R$ 2.000, mas as mais completas podem chegar a R$ 7.000 ou mais. Avalie o custo-benefício.

Escolher com calma é o segredo pra não jogar dinheiro fora. No próximo tópico, trago dicas práticas de manutenção e cuidados no dia a dia com o reboque.

Dicas de segurança e manutenção para reboque de moto

Usar uma carretinha de moto pode ser super prático, mas não dá pra esquecer que ela interfere na dirigibilidade, no peso e na estabilidade do veículo. 

Por isso, alguns cuidados fazem toda a diferença — tanto pra evitar acidentes quanto pra prolongar a vida útil do seu reboque para moto.

Aqui vão as dicas que valem ouro:

  • Distribuição da carga: nada de colocar todo o peso de um lado só. O ideal é distribuir a carga de forma equilibrada, pra carretinha não puxar nem desestabilizar a moto;
  • Fixação da carga: use correias resistentes, calços de roda e tudo que for necessário pra garantir que a carga não fique balançando ou correndo risco de cair no meio do caminho;
  • Verificações antes de sair: cheque os pneus da carretinha (calibragem e estado), o sistema de freio, as luzes e os retrorrefletivos. Fazer isso antes de cada uso pode te poupar de uma dor de cabeça enorme;
  • Velocidade e manobras: com moto e carretinha, curvas devem ser feitas com mais calma, e a frenagem exige atenção redobrada. Reduza a velocidade e evite manobras bruscas;
  • Manutenção preventiva: lubrifique os rolamentos, cheque os cabos e o engate periodicamente. Não deixe pra arrumar só quando der problema.

Lembrando: o reboque é uma extensão da sua moto e, por isso, exige os mesmos cuidados que você tem com o veículo. 

Mas ei, você já está por dentro dos valores de IPVA para moto? Entra no nosso conteúdo e descobre!

Como regularizar a carretinha de moto?

Se você quer rodar tranquilo com sua carretinha de moto, o primeiro passo é garantir que ela esteja 100% legalizada. E isso não é só burocracia, tá? É segurança pra você e todo mundo que divide a rua com você.

Aqui vai o passo a passo pra deixar sua moto com carretinha dentro da lei:

  1. Compre um modelo homologado: a carretinha precisa ser fabricada por empresa autorizada e seguir todas as exigências da Resolução CONTRAN nº 914. Isso inclui VIN gravado, plaqueta com informações técnicas e todos os equipamentos obrigatórios.
  2. Verifique se a sua moto pode puxar carretinha: o modelo precisa ter cilindrada acima de 120 cm³ e capacidade de tração (CMT) compatível. Essa informação deve aparecer no CRLV-e, na seção de observações.
  3. Leve ao Detran para vistoria e registro: com a nota fiscal da carretinha em mãos, agende um atendimento no Detran para fazer a vistoria e iniciar o processo de registro do semirreboque.
  4. Emplacamento: após o registro, sua carretinha vai receber um número de placa próprio. Sim, a carretinha para moto precisa ser emplacada!
  5. Licenciamento anual: assim como os veículos, a carretinha precisa estar licenciada e com o documento em dia (CRLV-e) para circular.

Conclusão

Agora que você entendeu que a carretinha para moto é permitida, mas precisa seguir regras bem específicas, já dá pra planejar o uso com muito mais segurança (e sem esquentar a cabeça com fiscalização!).

Seja um reboque para moto simples ou uma carretinha baú mais robusta, o importante é garantir que o equipamento esteja dentro das normas, com dimensões corretas, equipamentos obrigatórios, e, claro, que a moto seja adequada pra esse tipo de uso.

E fica a dica: antes de sair por aí com a moto com carretinha, confira se o veículo está regularizado e com o CRLV-e atualizado. 

Aqui no blog da Zapay, a gente te ajuda em tudo isso, inclusive com ferramentas pra consultar e pagar débitos, renovar documentos e muito mais, tudo online. Consulte também nosso app!

Perguntas frequentes sobre carretinha para moto

Separamos as principais dúvidas sobre as carretinhas para moto!

Qual o valor de uma carretinha de moto?

O preço de uma carretinha para moto varia bastante de acordo com o modelo e a estrutura. Você encontra opções mais simples a partir de R$ 2.000, mas os modelos baú ou basculantes podem passar dos R$ 7.000.

É permitido usar a carretinha em moto?

Sim! Desde que a moto tenha mais de 120 cilindradas, o reboque seja homologado e todas as exigências da Resolução CONTRAN nº 914/2022 sejam respeitadas. Ah, e a carretinha também precisa estar regularizada e licenciada.

Qual o tamanho da carretinha para moto?

O tamanho máximo permitido é de 2,15 m de comprimento, 1,15 m de largura e 0,90 m de altura (com ou sem carga). Se ultrapassar essas medidas, a circulação é proibida.

Precisa emplacar uma carretinha de moto?

Sim! A carretinha precisa ser registrada no Detran e receber uma placa própria para circular legalmente nas ruas.

Carretinha de moto paga IPVA?

Geralmente, a carretinha não paga IPVA, mas pode haver taxas e vistoria anuais, dependendo do estado. Vale consultar o Detran da sua região.

Qual a largura máxima de uma carretinha?

A largura máxima permitida para carretinha acoplada em moto é de 1,15 metro, conforme determina o CONTRAN.

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Callebe Mendes

Sou Callebe Mendes, CEO da Zapay, Forbes Under 30, empreendedor, palestrante e mentor. Possuo graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília e sinto que tenho um débito com a UnB, porque foi ela que me propiciou chegar até aqui - foi durante a minha graduação que a Zapay nasceu. Quando fundei a Zapay, tinha em mente que o principal valor dela deveria estar em concordância com meu principal objetivo de vida: impactar positivamente a vida das pessoas. Assim, desde 2017, a Zapay traz ótimas soluções para economizar tempo e dinheiro dos proprietários de veículos no Brasil. Pensou em pagamento de IPVA, multas e licenciamento? A Zapay está aqui para te ajudar. Com uma trajetória marcada por resiliência e criatividade, ajudei a Zapay a estabelecer conexões e relacionamentos fundamentais para o crescimento da empresa: somos credenciados na Secretaria Nacional do Trânsito, no Ministério dos Transportes e somos a única empresa credenciada em todos os 27 DETRANs do Brasil, tudo isso para garantir que os nossos serviços sejam totalmente confiáveis e seguros. Não bastasse virar referência no pagamento das taxas veiculares, fomos além: hoje, no App Zapay, você também consegue adquirir a Tag Veicular Sem Parar com condições exclusivas, contratar os melhores planos de assistência veicular, emitir CRLV digital, ativar alerta de multas… são tantas facilidades na palma da mão, que a Zapay virou a melhor amiga do motorista brasileiro. Após tantos anos vivendo e respirando o universo dos veículos no Brasil, adquiri uma vasta experiência no setor, e pense num cara apaixonado por tudo isso? Esse cara sou eu! Meu espírito empreendedor sempre andou de mãos dadas com a inovação e com a constante busca por conhecimento, por isso, faço questão de compartilhar toda a minha vivência e a minha experiência com vocês. Aqui, no Blog Zapay, eu trago as melhores dicas sobre diversos assuntos relacionados ao universo automotivo - é uma das formas que encontrei de retribuir o tanto que tenho aprendido com a Zapay. Se meus conteúdos verdadeiramente te ajudarem, é sinal que estou no caminho certo. Espero que curta me acompanhar por aqui, confira também o meu LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/callebe-mendes