O que é depreciação (exemplos)?
A depreciação é um conceito da contabilidade que diz respeito à desvalorização de um bem. Trata-se da perda de valor de um determinado bem, em virtude de alguns fatores, como uso, obsolescência ou ainda desgaste natural.
No universo da contabilidade, a depreciação é registrada como um percentual do valor contábil de um bem, que é descontado ao longo do tempo, considerando a expectativa de vida útil do objeto ou do ativo.
Desse modo, a depreciação pode ser aplicada para saber o valor de bens que compõem o ativo permanente de uma empresa, por exemplo. Mas o que seriam esses bens? São aquisições com expectativa de serem usadas por mais um ano.
No geral, o ativo permanente costuma ser ativo imobiliário – que podem ser bens que garantem as atividades da empresa e cujo objetivo é obter benefícios econômicos. Mas como assim? Ora, dependendo do ramo, a empresa pode comprar veículos, máquinas e equipamentos – são todos ativos e que depreciam com o passar do tempo e do uso.
Depreciação de veículo
A depreciação de veículo trata-se do índice de desvalorização de um automóvel ou uma moto (ou automóvel de qualquer outra categoria). Ter conhecimento sobre este conceito é fundamental na hora de comprar e de vender veículos, sejam eles novos, seminovos ou usados. Afinal, todos querem fazer um bom negócio, não é mesmo?
Tanto para o dono de uma loja de automóveis quanto para o cidadão que detém um veículo é necessário saber que a desvalorização de um carro traz impactos no orçamento. Afinal, trata-se de um bem que está constantemente perdendo valor, enquanto não é comercializado – essa perda se dá, sobretudo, devido à passagem de tempo e ao uso do carro.
Comprou um veículo e achou que fez mau negócio ao vendê-lo? Verificou a Tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e viu que o carro desvalorizou mais do que você imaginava? Saiba que há uma série de estratégias para conduzir um bom negócio e um dos caminhos é conhecer o índice de desvalorização de um automóvel.
Mas o que seria este índice? Direto e reto: o índice de desvalorização do veículo diz respeito ao ritmo no qual um carro ou uma motocicleta perde valor com o tempo. Há uma regra geral que pode ajudá-lo a escolher um veículo, por exemplo – quanto maior ele for, maior será a desvalorização e quanto menor ele for, menor será a desvalorização.
Desse modo, o índice de desvalorização de uma pick-up é maior do que o de um carro hatch, mesmo que os dois sejam do mesmo ano.
E lembre-se que o preço do veículo é diferente do valor dele. Mas como assim? Ora, um fator é quanto o veículo vale (você pode consultar a Tabela FIPE para ter um parâmetro) e outro é o quanto o comprador está disposto a pagar pelo automóvel em questão.
Não é porque você quer R$40.000 em um carro que você conseguirá este valor por ele – por isso é de suma importância a conservação e o cuidado com o veículo, tanto na parte física quanto na burocrática, além de paciência para conduzir a negociação.
Outro fator a ser considerado na hora de precificar o seu veículo à venda, é considerar a depreciação com base na média do mercado automobilístico. Novamente, neste ponto a Tabela FIPE pode ser de grande ajuda – pois nela consta o valor dos veículos ano a ano, com diversas especificidades para as comparações.
Vamos a mais um exemplo: imagine que você tem um veículo hatch zero quilômetro que foi vendido no mercado, há três (3) anos, por R$80.000. Ao verificar a Tabela FIPE, você percebeu que o valor se deu da seguinte forma:
- Primeiro ano: R$72.500.
- Segundo ano: R$68.350.
- Terceiro ano: R$66.990.
Com estas informações, é possível calcular o índice de desvalorização, utilizando a seguinte fórmula:
Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] X 100.
Agora, vamos aplicar esta fórmula para entendermos a desvalorização do veículo entre o segundo e o terceiro ano:
Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] X 100.
Índice de Desvalorização = [R$68.350 – R$66.990) / R$68.350] X 100.
Índice de Desvalorização = [R$1.360 / R$68.350] X 100.
Índice de Desvalorização = [0,01989…] X 100.
Índice de Desvalorização = 1,989… %.
Desse modo, é possível dizer que a desvalorização do veículo do exemplo, do segundo para o terceiro ano, foi de 1,989… %.
Mas atenção: o carro novo (zero quilômetro) é sempre o que desvaloriza mais. Ainda segundo o exemplo mostrado, o índice de desvalorização do carro novo para o primeiro ano é de 9,375%. A evidência: embora haja alta desvalorização entre o ano zero e o primeiro ano, esse índice vai se reduzindo ao longo do tempo.
Saber esta fórmula pode ser muito importante na hora de comprar um novo veículo, se você não quer perder muito dinheiro na revenda. Fique ligado!
É possível utilizar também o sistema da Receita Federal para calcular a depreciação do automóvel. O sistema tem como base que o veículo venha a ter cinco (5) anos de vida útil, de modo que estipula uma desvalorização constante de 20% – ou seja, a cada ano, o veículo perde 20% do seu valor até chegar a zero. Isso é o mesmo que perder cerca de 1,666% ao mês.
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Como calcular a depreciação do veículo?
Vale a pena ver de novo: vamos retomar, mais uma vez, o nosso exemplo para maior entendimento da fórmula acerca do índice de depreciação.
Suponha que você é proprietário de um veículo hatch zero quilômetro, que foi vendido no mercado, há três (3) anos, por R$80.000. Ao verificar a Tabela FIPE, é possível notar que o valor ao longo dos anos se deu da seguinte forma:
- Primeiro ano: R$72.500.
- Segundo ano: R$68.350.
- Terceiro ano: R$66.990.
Com estas informações, o proprietário pode calcular o índice de desvalorização – para tal é necessário usar a seguinte fórmula:
Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] X 100.
Utilizando os dados do exemplo, podemos aplicar a fórmula para sabermos a desvalorização do veículo entre o segundo e o terceiro ano:
Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] X 100.
Índice de Desvalorização = [R$68.350 – R$66.990) / R$68.350] X 100.
Índice de Desvalorização = [R$1.360 / R$68.350] X 100.
Índice de Desvalorização = [0,01989…] X 100.
Índice de Desvalorização = 1,989… %.
Ou seja, a desvalorização do veículo do exemplo citado, do segundo para o terceiro ano, foi de 1,989… %.
Uma dica mito importante para todos que desejam comprar e vender veículos: o automóvel novo (zero quilômetro) é sempre o que desvaloriza mais.
Novamente, considerando o exemplo mencionado, o índice de desvalorização do carro novo (ano zero) para o primeiro ano é de 9,375%.
Surge, então, a evidência: embora haja alta desvalorização entre o ano zero e o primeiro ano, esse índice vai se reduzindo ao longo do tempo. O que pode tornar os veículos seminovos e usados também muito atraentes.
Qual a taxa de depreciação?
Ao longo deste artigo, você pôde conhecer dois jeitos de estimar e calcular a taxa de depreciação de um veículo: a partir de uma fórmula (tendo os valores da Tabela FPE como base) e também utilizando o critério da Receita Federal de desvalorização de 20% ao ano (1,666% ao mês).
É importante ter em mente que a taxa de depreciação de um veículo pode variar, entre modelos, anos e modos de uso e conservação, além do próprio contexto econômico que o país vive.
Qual o prazo de depreciação de veículos?
Quando o assunto é cálculo de depreciação de veículos é necessário considerar a vida útil deste automóvel e, como base para se chegar ao índice, considera-se uma vida útil de cinco (5) anos.
Para o cálculo, considera-se que, em cinco anos, o valor do automóvel é reduzido a 0. Se você pagou R$80.000 em um veículo, o valor da desvalorização é o montante que você pagou dividido por cinco – ou seja, R$16.000 por ano. Para saber o valor de desvalorização mensal basta dividir R$16.000 por 12, cujo resultado é de R$1.333.
Entra a lógica: é evidente que os veículos apresentam vida útil superior a cinco anos. Novamente, este número é considerado apenas como base para o cálculo de depreciação. E outra: o brasileiro gosta muito de veículos seminovos e usados, não faria sentido descartar estes automóveis.
Por conta de todos os pontos aqui apresentados é fundamental consultar a Tabela FIPE para avaliar as condições para calcular o preço correto do veículo – seminovos e usados.
Há alguns pontos que tendem a aumentar ainda mais a desvalorização de um veículo: se ele é importado (afinal, a manutenção é mais cara, assim como o modelo do carro) ou ainda se é uma caminhonete ou SUV (que são modelos com características e públicos bastante específicos).
O que desvaloriza na venda de um carro?
Na hora de vender o seu automóvel, há alguns pontos de atenção para entender o que pode desvalorizá-lo aos olhos dos potenciais compradores.
Um destes fatores é a customização. Quanto mais próximo do original seu automóvel estiver, melhor, pois mais pessoas podem se interessar por ele e, assim, maior será o valor atrelado.
Customizações e modificações exageradas deixam o veículo extremamente voltado à uma minoria, podendo ser mal visto e apresentar queda no valor.
Portanto, pense e avalie bem se vale a pena envelopar, rebaixar, trocar as rodas e promover outras tantas mudanças personalizadas em seu veículo, se o intuito é vendê-lo depois.
Há, porém, customizações que podem ser vistas com bons olhos, como a aplicação de bancos de couro, mas isso não quer dizer que o veículo ficará mais valorizado.
A pintura em mal estado é outro ponto que pode fazer o valor do veículo cair no mercado. Como nosso país é bastante extenso, há muita variação climática, o que demanda cuidado especial para cada localidade quanto à conservação do veículo.
Imagine um veículo com manchas na lataria, ranhuras, partes amassadas, falta de brilho… isso tudo afasta potenciais compradores.
Se você for fumante, é necessário tomar muito cuidado com o veículo. O cheiro do cigarro no carro pode fazer com que o preço dele se desvalorize, afinal, para quem não fuma o odor pode ser bastante desagradável.
É preciso contratar um serviço profissional para tirar o cheiro do painel, do teto e dos bancos do veículo. Segundo especialistas, em média, um automóvel desvaloriza 10% por ter odor de cigarro.
Mais um fator importante: o cuidado com a vida burocrática do veículo. Seu automóvel pode estar estéticamente lindo e conservado, mas se estiver com a documentação atrasada, isso fará com que o valor de venda caia.
Portanto, antes de vender o carro, quite o licenciamento, multas, IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) e transferência de placa.
Dica da Zapay: tire suas dúvidas sobre carro de leilão.
