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Existe diferença entre Tabela FIPE e Valor Venal?

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Valor venal ou Tabela FIPE?

Fique por dentro sobre o que é o valor venal e sua importância na hora de calcular o IPVA do seu carro ou da sua moto. É fundamental saber o valor venal de referência e não o confundir com os valores da Tabela FIPE.

Cálculo de valor de IPVA: é sobre o preço de Tabela FIPE ou valor venal? 

Para entendermos, como se dá o cálculo de valor do IPVA, que costuma trazer dúvidas quanto a se ele é feito com base no preço da Tabela FIPE ou do valor venal, vale a pena termos em mente o que tais conceitos significam.

A Tabela FIPE expressa os preços médios de veículos no mercado brasileiro, de modo a servir apenas como um parâmetro para negociações ou avaliações. Por sua vez, o valor venal do veículo diz respeito ao valor base para se calcular o IPVA de um veículo e é determinado por órgãos tributários.

Já o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo obrigatório destinado aos donos de automóveis. Sua cobrança é anual e de responsabilidade dos estados brasileiros. 

E qual seria a função deste imposto? Ele é uma forma de arrecadação de dinheiro para o governo da região onde o carro está registrado – ou seja, se o registro consta em Porto Alegre, o dinheiro vai para o Governo do Rio Grande do Sul. Normalmente, o IPVA distribui recursos para o estado e também para os municípios.

Vale dizer que cada lugar tem uma divisão para fazer o investimento dos recursos arrecadados. Por exemplo, a Secretaria da Fazenda de São Paulo, 20% do que é arrecadado vai para o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação).

Com as explicações feitas, fica mais fácil entender: o IPVA é calculado com base no valor venal do automóvel ou da motocicleta – e não sobre o preço médio informado pela Tabela FIPE.

Como a Tabela FIPE e o valor venal tem uma relação de dependência, esta confusão é bastante comum.

Dica da Zapay: confira 5 motivos para não imprimir IPVA

O que é o valor venal de veículos? 

O valor venal de automóveis diz respeito à base de cálculo da alíquota de tributos governamentais, que serve para definir o preço dos impostos que devem ser pagos. Este valor é determinado por órgãos tributários.

Você pode estar se perguntando: “mas o estado de conservação do meu veículo importa para esta conta?”. Resposta direta e reta: não, esta é uma informação considerada irrelevante para determinar a base de cálculo. Tenha em mente, amigo motorista, que o valor venal é diferente do valor de venda ou de mercado – para estas situações, sim, importa (e muito) o estado de conservação do seu carro.

Desse modo, o valor venal está presente em todos os veículos. Tenha sempre esta certeza.

Dica da Zapay: você sabe o que significam as luzes vermelhas no painel? Esta é uma comunicação bastante importante entre o veículo e o motorista, pois indica que algo pode estar errado com o funcionamento do carro. Saiba mais neste artigo especial sobre o tema.

Como consultar o valor venal? 

É possível realizar a consulta do valor venal de um veículo automotor pela internet, por intermédio do site do DETRAN de sua localidade

Paulistas, aliás, devem seguir o seguinte caminho:

  1. Acessar o SIVEI.
  2. Informar a placa do veículo.
  3. Confirmar que não é um robô.
  4. Clicar em “Consultar”.

Em seguida, será possível ter acesso ao valor venal do carro ou da moto em questão, além de informações gerais sobre o modelo, como ano de fabricação, código de descrição da marca e do modelo do veículo.

Se você é um condutor do estado do Paraná, a consulta pode ser feita pelo site do Portal do IPVA, da SEFA/PR, cujo endereço é https://www.contribuinte.fazenda.pr.gov.br/ipva/faces/home

Como é feito o cálculo do valor venal? 

Para o cálculo do valor venal de um veículo, deve-se considerar algumas condições que indicam como o cálculo será realmente determinado ou “moldado” para cada tipo de carro. 

Confira abaixo como as Secretarias da Fazenda (SEFAZ) de cada Unidade Federativa decidem qual será o valor venal de cada automóvel.

  1. Veículo usado: valor venal é igual ao preço médio de mercado registrado no mês de setembro do ano imediatamente anterior.
  2. Veículo novo: valor venal é o valor total indicado no documento fiscal de aquisição do veículo pelo consumidor.
  3. Veículo arrematado em leilão: o valor venal é o valor da arrematação, mais despesas e tributos da operação.
  4. Veículo importado diretamente do exterior: valor venal é o valor constante do documento de importação, mais os tributos da operação, ainda que não recolhidos pelo importador.
  5. Veículo encarroçado ou não fabricado em série: o valor venal é a soma dos valores atualizados de aquisição de partes, peças e despesas de montagem.
o que é valor venal
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Para que serve a Tabela FIPE? 

A Tabela FIPE foi criada pela Fundação Instituto de pesquisas Econômicas, em 1973, e, hoje, é a principal referência no mercado de carros usados e seminovos. Este conjunto de dados é ainda utilizado como base para seguros, financiamento, contratos diversos e outras operações financeiras.

O índice apresentado pela Tabela FIPE se baseia na coleta de preços de motos, carros e caminhões novos, seminovos e usados em todo mercado automotivo brasileiro. Assim, no levantamento feito, são desgastados os valores muito altos ou muito baixos para determinado modelo, bem como qualquer discrepância estatística que surja. O que sobra é uma média, considerada “preço ótimo”, que é o valor utilizado pela Tabela FIPE.

Vale dizer que o conjunto de dados com a média dos preços de veículos é atualizado mês a mês, trazendo refinamento como versão, motorização e ano-modelo do automóvel em questão. 

No caso das motocicletas, elas podem contar com a Tabela FIPE Motos, que traz justamente a média de preços para diversos modelos de veículos sob duas rodas.

O condutor deve saber que existe no mercado uma tendência de preços dos veículos preferidos e mais requisitados pelos consumidores, por exemplo os carros econômicos. Portanto, estes veículos costumam aparecer com preços mais altos do que o esperado, já que há maior demanda e valorização.

Ponto importante: os valores apresentados pela Tabela FIPE não levam em conta o estado de conservação, a quilometragem nem os equipamentos do veículo.

Como consultar o valor de tabela? 

Para consultar a Tabela FIPE, o cidadão deve acessar o site, que é https://veiculos.fipe.org.br/ . Depois deve escolher o tipo de consulta – há três opções: “Consulta de carros e utilitários pequenos”, “Consulta de caminhões e micro-ônibus” e “Consulta de motos”.

Com a opção escolhida, deve-se selecionar a marca, o modelo e o ano-modelo do veículo pretendido. É possível determinar até mesmo o tipo de combustível. Por último, basta clicar no botão “Pesquisar”.

Como é feito o cálculo dos preços da tabela FIPE? 

Em suas pesquisas, a FIPE realiza levantamentos mensais em todo o território brasileiro, com o objetivo de indicar o preço de mercado de automóveis, a partir de modelo, ano e versão.

Cada pesquisa é feita seguindo as seguintes etapas:

  1. Coleta de dados: pesquisa, entrevistas e comparação entre preços anunciados no Brasil todo.
  2. Eliminação dos valores extremos: os valores muito altos e muito baixos são retirados da conta.
  3. Estatística: média entre a grande maioria dos preços.

Diferentemente do valor venal, há determinados veículos que são desconsiderados e não apresentam valores de referência na Tabela FIPE. Acontece quando se trata de vendas especiais” ou de fabricação mais antiga, tais como os automóveis que são:

  1. De revenda.
  2. De frotistas.
  3. Do governo.
  4. Blindados.
  5. Personalizados.
  6. Transformados.
  7. Tunados.
  8. De fabricação própria.
  9. De marcas não consolidadas no mercado.
  10. Importados de maneira independente.
  11. Teste.
  12. Caminhões e micro-ônibus anteriores a 1981.
  13. Carros e utilitários anteriores a 1985.
  14. Motos, triciclos e quadriciclos anteriores a 1990.

Carros usados: valor venal vs Tabela FIPE entenda a diferença

É necessário estar atento, amigo condutor, sobretudo se o seu automóvel for seminovo, pois, apesar do valor venal ser diferente do valor apresentado na Tabela FIPE, há uma forte relação de dependência entre eles.

Confira algumas destas diferenças:

  1. Valor venal: é atualizado no mês de setembro, é igual ao preço da Tabela FIPE de setembro do ano anterior e é base do cálculo para o IPVA.
  2. Tabela FIPE: é atualizada todos os meses, apresenta média de preços anunciados no mercado brasileiro e é referência para negociações e apólice de seguro.

É sempre importante ressaltar que tanto o valor venal quanto a média de preço apresentada pela Tabela FIPE não indicam o preço real pelo qual um automóvel será vendido. Afinal, elas não consideram as particularidades de cada carro ou moto, nem estado de conservação, rodagem ou sinistro.

Confira dicas para vender o seu carro, sem dores de cabeça

  • Anuncie em plataformas de vendas de veículos on-line. Vale a pena fornecer detalhes precisos sobre o veículo, incluindo marca, modelo, ano, quilometragem e condição geral.
  • Tire fotos de qualidade do carro, destacando os principais aspectos, como exterior, interior, rodas e painel de controle. Uma apresentação visual atraente é essencial para despertar o interesse dos compradores.
  • Defina um preço justo para o veículo. Pesquise preços similares de carros usados no mercado para garantir que o valor solicitado seja competitivo – você pode utilizar a Tabela FIPE, como base. Considere fatores como idade, quilometragem, condição e demanda do modelo. 
  • Prepare a documentação necessária, incluindo o Certificado de Registro do Veículo (CRV) e o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV). Certifique-se de que todos os impostos e multas estejam quitados. 
  • Realize uma inspeção completa no carro para garantir que esteja em boas condições mecânicas. Se necessário, faça reparos ou manutenção antes de colocá-lo à venda. 
  • Descreva as características e os pontos fortes do veículo no anúncio, como itens de segurança, sistema de som, ar-condicionado, histórico de manutenção e qualquer atualização ou personalização relevante. 
  • Esteja preparado para responder às perguntas dos potenciais compradores de forma clara e honesta. Forneça informações sobre o histórico do veículo, acidentes anteriores (se houver) e qualquer outro detalhe relevante.
  • Agende visitas para os interessados em ver e testar o carro. Esteja disponível para acompanhá-los durante a inspeção e o teste de condução, respondendo a quaisquer dúvidas adicionais. 
  • Negocie de forma adequada e esteja disposto a fazer contrapropostas. Esteja preparado para lidar com perguntas sobre financiamento, troca de veículos ou possíveis descontos. 
  • Após encontrar um comprador interessado, verifique a documentação e a forma de pagamento. É recomendado realizar a transferência de propriedade por meio de um Cartório de Notas para garantir a segurança da transação. 
  • Forneça um recibo de venda ou contrato de compra e venda, especificando os detalhes do veículo, o valor acordado e as informações do comprador e do vendedor. 
  • Após a venda, cancele o seguro do veículo e informe ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) sobre a transferência de propriedade, evitando qualquer responsabilidade futura relacionada ao veículo.

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Alessandra

Tenho bacharelado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Estácio e possuo pós graduação em psicopedagogia na Universidade Anhembi Morumbi. Atuo como jornalista há mais de 15 anos na área, além disso, sou comunicadora, roteirista e redatora, atuando há mais de 12 anos na produção e criação de conteúdos úteis para o público brasileiro. Iniciei a minha carreira atuando na TV aberta, com a apuração de factual e logística para matérias produzidas pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em diferentes capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Trabalhei nos principais jornais da emissora, como SBT Brasil, Primeiro Impacto e Jornal da Semana. O contato diário com notícias e matérias despertou em mim uma verdadeira paixão pela produção de conteúdos. Hoje, sou freelancer em criação de conteúdos relevantes, amo atuar enquanto editora e redatora para pesquisar e criar conteúdos do tipo que realmente ajudem o leitor. No blog Zapay, tenho a oportunidade de escrever sobre o universo das burocracias veiculares de modo a descomplicar as coisas: em cada conteúdo produzido, há uma extensa curadoria de informações por trás com o objetivo de criar conteúdos altamente confiáveis e úteis. Espero que curta acompanhar tudo o que produzo por aqui, procuro colocar toda a minha experiência na ponta do lápis para ajudar vocês!

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