Equipamento utilizado pela polícia em blitz de trânsito é capaz de detectar álcool sem que o motorista encoste os lábios
A Polícia Militar de São Paulo começou a utilizar um novo tipo de etilômetro – nome técnico do equipamento popularmente conhecido como bafômetro – em blitz de trânsito. A principal novidade do aparelho é que ele não exige que o motorista encoste os lábios no bocal para que seja detectada a concentração de álcool no organismo do condutor. Veja a seguir os detalhes de como funciona o novo bafômetro passivo.
Apesar de ser chamado de “novo bafômetro”, o equipamento incorporado às blitze policiais em São Paulo já é utilizado pelas forças de segurança de outros estados e pela Polícia Rodoviária Federal desde 2019 e possui o formato de um bastão. A principal vantagem deste tipo de etilômetro é a praticidade, já que não exige que o motorista saia do carro para que seja feita a rápida detecção da presença de álcool.
Ainda que não precise encostar os lábios em um bocal – como no bafômetro tradicional –, o motorista ainda deve soprar em direção ao orifício do equipamento. Caso seja detectado nível de álcool no organismo acima do limite previsto em lei, o novo bafômetro emite uma luz na cor vermelha e aponta a reprovação no teste com a exibição de uma mensagem no visor. Caso o motorista não tenha ingerido bebida alcoólica, uma luz verde é emitida.
A polícia de São Paulo esclarece que o novo bafômetro passivo é utilizado na fase de triagem durante as fiscalizações e blitze de trânsito, como a blitz da Lei Seca. Caso o motorista teste positivo nesse equipamento (quando a luz emitida for vermelha), um segundo teste com o bafômetro tradicional (que possui bocal descartável) deverá ser realizado.
De acordo com a legislação brasileira, a tolerância ao álcool é zero para motoristas. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima, com multa de R$ 293,47 multiplicada por 10 (no valor total de R$ 2.934,70). Saiba aqui se o motorista tem o direito de recusar o teste do bafômetro.
Caso a concentração de álcool seja igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista possua sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora (mesmo sem soprar o bafômetro), o mesmo será encaminhado à autoridade policial para adoção das medidas legais e poderá responder por crime de trânsito por beber e dirigir.
O álcool é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidentes de trânsito. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o condutor que consome pelo menos um copo de cerveja antes de dirigir tem três vezes mais chances de morrer em decorrência de um acidente do que um motorista sóbrio.
Agora que você já sabe como funciona o novo bafômetro passivo, que tal deixar sua opinião nos comentários? Aqui no Blog da Zapay você encontra outros artigos sobre manutenção automotiva, legislação de trânsito, multas, CNH, IPVA e muito mais. E se precisar consultar débitos veiculares, conte com a Zapay. É fácil, rápido e seguro.
Imagens: Divulgação/PMSP e Divulgação/AMC
E o processo de calibração desse bafômetro precisa ser acreditado para utilização para altuação?