Você está voltando de um churrasco com os amigos, acha que “só uma latinha não dá nada”, e aí… blitz.
É nesse momento que o teste do bafômetro entra em cena — e, se acusar qualquer índice de álcool, o prejuízo pode ser bem maior do que o custo da cerveja.
A chamada multa de bafômetro, ou multa da lei seca, é uma das penalidades mais severas do Código de Trânsito Brasileiro.
E mesmo quem recusa o teste também pode ser multado, perder a CNH e ainda responder por crime de trânsito, dependendo da situação.
Neste conteúdo, a gente te explica quanto custa a multa de bafômetro, quantos pontos ela gera, como recorrer, se dá pra parcelar (spoiler: dá sim com a Zapay) e como evitar essa dor de cabeça com atitudes simples e responsáveis!
O que é a multa de bafômetro?
A multa de bafômetro é aplicada quando o condutor é flagrado dirigindo sob influência de álcool, ou até mesmo quando recusa fazer o teste que detecta a presença de bebida no organismo.
O nome técnico disso é infração por embriaguez ao volante, e ela está prevista no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O objetivo da penalidade é simples: impedir que pessoas coloquem vidas em risco ao dirigir alcoolizadas.
E o rigor é alto, mesmo que o motorista tenha consumido pouco ou esteja se sentindo “bem”. No Brasil, a tolerância é praticamente zero.
O teste mais comum é o etilômetro, conhecido como bafômetro, que mede a concentração de álcool no ar alveolar (o ar que sai dos pulmões).
Consequências da recusa ao teste de bafômetro
Muita gente acredita que recusar o bafômetro “anula a multa”, mas isso não é verdade. Na prática, quem se recusa a fazer o teste de alcoolemia é punido do mesmo jeito que quem sopra e acusa álcool no resultado.
A recusa é tratada como infração gravíssima autônoma, prevista no artigo 165-A do CTB. Ou seja, só o fato de negar o teste já gera:
- Multa de R$ 2.934,70;
- 7 pontos na CNH;
- Suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
Além disso, o agente de trânsito pode lavrar o auto de infração com base em outros sinais de embriaguez, como hálito alcoólico, fala arrastada, desequilíbrio e comportamento alterado.
Valor da multa de bafômetro
A multa de bafômetro é uma das mais pesadas do Código de Trânsito Brasileiro — e não só pelo valor em dinheiro. Ela também implica na suspensão da CNH, o que pode atrapalhar bastante a rotina de quem depende do carro ou da moto no dia a dia.
Veja o que diz o artigo 165 do CTB:
Quem for pego dirigindo sob efeito de álcool (comprovado pelo bafômetro ou por sinais claros de embriaguez) comete infração gravíssima, com as seguintes consequências:
- Multa de R$ 2.934,70
- 7 pontos na CNH
- Suspensão do direito de dirigir por 12 meses;
- Recolhimento da CNH e retenção do veículo.
Esse valor não é dobrado só porque o bafômetro foi recusado — a multa é a mesma, mas a autuação será feita com base no artigo 165-A do CTB.

Multa em caso de reincidência
Se o motorista for pego novamente no período de 12 meses, ou seja, for reincidente, a penalidade fica ainda mais severa.
Veja o que acontece:
- O valor da multa dobra: vai para R$ 5.869,40;
- A CNH pode ser cassada (não apenas suspensa), dependendo do histórico do condutor;
- Pode haver condução coercitiva para delegacia, caso a embriaguez seja considerada crime.
Em casos mais graves, quando o teste aponta teor alcoólico elevado ou há acidente envolvido,o motorista também pode ser enquadrado por crime de trânsito, com pena de detenção.
Pode parcelar a multa de bafômetro?
Sim, pode sim! Mesmo sendo uma infração gravíssima, a multa de bafômetro pode ser parcelada — e isso é uma grande ajuda pra quem foi autuado e não consegue arcar com o valor integral de uma só vez (afinal, a multa parte de R$ 2.934,70).
Com a Zapay, você consegue parcelar em até 12 vezes no cartão de crédito, sem sair de casa e com total segurança. O processo é simples, rápido e 100% online.
Como parcelar multa de bafômetro com a Zapay:
- Acesse o app da Zapay:
- Informe a placa do veículo e o número do Renavam;
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- Escolha a multa de bafômetro e selecione a opção de parcelamento;
- Finalize com os dados do cartão — e pronto!
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Multa de bafômetro perde a carteira? Entenda penalidades
Sim, a multa de bafômetro leva à suspensão da CNH automaticamente! Ao contrário de outras infrações em que a perda do direito de dirigir depende do acúmulo de pontos, aqui a punição vem direto na primeira ocorrência.
A penalidade está prevista nos artigos 165 e 165-A do Código de Trânsito Brasileiro, tanto para quem sopra o bafômetro e acusa álcool, quanto para quem recusa o teste.
Suspensão do direito de dirigir
Ao ser multado pela lei seca, o motorista tem sua habilitação suspensa por 12 meses.
Durante esse período, não pode dirigir em nenhuma hipótese — se for pego dirigindo com a CNH suspensa, comete outra infração gravíssima, que pode levar à cassação definitiva da habilitação, ok?
Além disso:
- A CNH é recolhida no momento da autuação;
- O motorista não pode renovar a CNH enquanto estiver suspenso;
- A suspensão é registrada no sistema do Detran, e impede o uso de apps de transporte, locadoras e outros serviços ligados à habilitação ativa.
Procedimentos para recuperar a CNH
Pra voltar a dirigir legalmente após a suspensão, o condutor precisa cumprir algumas etapas:
- Aguardar o tempo de suspensão (12 meses);
- Fazer o curso de reciclagem (20 horas/aula, com prova teórica);
- Pagar as taxas exigidas pelo Detran do estado;
- Reativar a CNH após a aprovação na prova e confirmação do cumprimento da suspensão.
Em alguns estados, é possível iniciar o curso de reciclagem antes de terminar o período de suspensão. Vale verificar essa possibilidade no Detran local, tá?
Tolerância no teste do bafômetro: existe?
Muita gente acha que “só um gole” não faz diferença — mas no caso do bafômetro, qualquer quantidade de álcool detectada já pode dar problema.
A famosa “tolerância zero” da blitz Lei Seca não é só expressão popular: ela é praticamente real no Brasil.
O teste do bafômetro acusa a presença de álcool no ar exalado. E mesmo que o resultado seja baixo, acima de 0,04 mg/L já pode gerar multa, e em alguns casos, até virar crime de trânsito!
Margem de erro permitida no teste
O equipamento usado pelos agentes de trânsito tem uma margem de erro técnica, definida pelo INMETRO, de 0,04 mg/L (miligrama de álcool por litro de ar alveolar). Isso significa que:
- Se o resultado for de até 0,04 mg/L, você não é penalizado (desde que não apresente sinais visíveis de embriaguez);
- Se der acima de 0,04 mg/L, a multa é aplicada — mesmo que você diga que “foi só um brinde”;
- Se passar de 0,33 mg/L, aí a situação é mais séria: o ato é considerado crime de trânsito, com detenção de até 3 anos. O motorista é encaminhado à delegacia.
Quando a multa de bafômetro vira crime de trânsito
Nem toda infração da Lei Seca termina só em multa e suspensão da carteira. Em algumas situações, dirigir sob efeito de álcool vira crime de trânsito, com direito a processo criminal, detenção e até antecedentes na ficha do condutor.
A diferença entre infração e crime está principalmente na quantidade de álcool detectada no bafômetro ou nos sinais claros de embriaguez, como fala arrastada, desorientação, dificuldade para se manter em pé ou dirigir de forma perigosa.
Quando é considerado crime:
- Quando o teste do bafômetro aponta mais de 0,33 mg/L de álcool no ar alveolar;
- Quando o motorista recusa o teste, mas apresenta sinais visíveis de embriaguez e coloca outras pessoas em risco;
- Quando há acidente de trânsito com feridos ou mortos, e o motorista apresenta teor alcoólico alto ou comportamento alterado.
Penalidades para crime de trânsito por embriaguez:
- Detenção de 6 meses a 3 anos;
- Multa administrativa de R$ 2.934,70 (ou R$ 5.869,40 se for reincidente);
- Suspensão ou cassação da CNH;
- Proibição de obter nova habilitação por até 2 anos.
A depender da gravidade do caso, o condutor pode responder a processo criminal e ter que comparecer em audiência, mesmo se nunca tiver sido preso antes!
Somos credenciados no Ministério dos Transportes e na SENATRAN.
Como recorrer da multa de bafômetro?
Levou uma multa da Lei Seca e acha que houve erro ou abuso na abordagem? Então saiba que você pode recorrer, sim, e tem direito a apresentar sua defesa em até três etapas.
É importante lembrar que o recurso não é garantia de cancelamento, mas se houver falhas no processo (como falta de provas, erro de identificação ou ausência de notificação no prazo), as chances de anulação aumentam bastante.
Veja como funciona o processo:
- Defesa prévia: primeira chance de contestar a autuação, apontando falhas formais, como erro na placa, local incorreto, ausência de notificação ou ausência de sinais de embriaguez.
- Recurso à JARI (1ª instância): se a defesa prévia for indeferida, você pode apresentar um recurso mais completo, com argumentos técnicos, laudos médicos (se for o caso), testemunhas e fotos.
- Recurso ao CETRAN (2ª instância): se a JARI mantiver a multa, ainda dá pra recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito, última instância administrativa do processo.
Não esqueça que o recurso precisa ser bem fundamentado, claro e direto, com documentos que comprovem o que você está alegando.
Recorrer “por recorrer”, sem apresentar justificativa plausível, geralmente leva à negativa!
Ah, e mesmo recorrendo, o ideal é não perder os prazos pra regularizar a CNH e, se necessário, parcelar a multa com a Zapay — assim você evita bloqueios e dores de cabeça futuras.
Dicas para evitar problemas com a lei seca
Ninguém quer ter que lidar com uma multa de quase R$ 3 mil, perder a CNH ou responder por crime de trânsito, né?
A melhor forma de evitar tudo isso é simples: não dirigir após consumir bebida alcoólica. Nem “só uma taça”, nem “só uma latinha”!
Mas, além do básico, aqui vão algumas dicas que realmente funcionam pra ficar longe da dor de cabeça com a Lei Seca:
- Organize o rolê com alternativa de volta: vai beber? Combine com alguém que não vá beber, use transporte por app ou vá de carona. Melhor ainda se já sair de casa com isso resolvido;
- Mesmo que o consumo tenha sido leve, não arrisque: o bafômetro pode acusar valores com base em pequenas quantidades de álcool. Além disso, o efeito no corpo varia muito de pessoa pra pessoa;
- Fique atento a medicamentos e enxaguantes bucais: alguns produtos podem conter álcool na composição e gerar resultado positivo no teste;
- Respeite as sinalizações, reduza a velocidade e mantenha a calma em blitz: atitudes agressivas ou impacientes só pioram a situação.
A regra é clara: se for dirigir, não beba. E se beber, não dirija. ⚠️
Pode parecer clichê, mas é isso que evita multa, acidente e situações que você pode se arrepender depois!
Entendeu tudo sobre essa multa?
A multa de bafômetro está entre as mais pesadas do Código de Trânsito — e não é à toa. Dirigir sob efeito de álcool coloca em risco a sua vida e a de todo mundo ao redor.
Além da multa alta, ainda tem suspensão da CNH, pontos na carteira, processo criminal em casos mais graves e dor de cabeça que poderia ser evitada com uma escolha simples.
Se você foi multado, agora já sabe como funciona, quanto custa, como recorrer e até como parcelar com a Zapay.
E se ainda não passou por isso (ótimo!), melhor ainda é ficar longe dessa situação com atitudes conscientes.
No trânsito, responsabilidade vale mais do que pressa e pode ser a diferença entre chegar em casa bem ou não!
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FAQ: perguntas frequentes sobre a multa de bafômetro
O motorista recebe uma multa de R$ 2.934,70, tem a CNH suspensa por 12 meses e leva 7 pontos na carteira. Além disso, o veículo pode ser retido e a habilitação recolhida no momento da abordagem.
A suspensão é automática e dura 12 meses. Para voltar a dirigir, o motorista precisa cumprir esse prazo, fazer um curso de reciclagem com prova teórica e pagar as taxas de regularização no Detran.
Se o teste apontar mais de 0,04 mg/L de álcool, a penalidade é:
Multa de R$ 2.934,70;
Suspensão da CNH por 12 meses;
7 pontos na carteira.
Se o resultado for superior a 0,33 mg/L, a infração pode virar crime de trânsito, com pena de detenção de até 3 anos.