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Futuro incerto dos carros populares: Menos investimentos da indústria automotiva

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O que é um carro popular hoje, amigo condutor? Os veículos mais acessíveis estão cada vez perdendo mais espaço no mercado e a Zapay lhe explica os motivos com esse artigo temático.

Saiba qual é a relação dos carros populares com a inflação, as novas estratégias das montadoras, as tecnologias disponíveis e muito mais!

– Razões por trás da redução de investimentos em carros populares 

– Tendências atuais na indústria automotiva e seu impacto 

– Inovações tecnológicas: Como estão moldando o futuro dos veículos 

– Adaptação das montadoras: O que esperar para os carros populares 

– Explorando alternativas: Novos rumos para o mercado automobilístico

Dicas da Zapay: confira quais foram os carros mais vendidos em junho de 2023.

Razões por trás da redução de investimentos em carros populares 

O amigo condutor ligado no mercado de automóveis no Brasil percebeu que houve um considerável aumento no preço dos ditos carros populares ao longo dos últimos anos. A discrepância é tanta que os veículos mais “em conta” disponíveis zero quilômetros (carros novos) partem da casa dos R$ 69.990, como o Renault Kwid e o Fiat Mobi. Vale dizer que o salário mínimo hoje é de R$ 1.320.

Mas, afinal, por que há essa redução de investimentos nos carros populares? Vale destacar que, apenas em 2021, veículos como Ford Ka, Volkswagen Up!, Toyota Etios e Citröen C3 saíram de linha. Um dos indicativos para que fabricantes não queiram mais investir em tais modelos é que as montadoras têm preferência em alocar seus recursos em segmentos de carros superiores – já reparou a quantidade de SUVs, carros luxuosos e picapes disponíveis pelas ruas e estrada? Pois é!

Por exemplo, a Ford fechou todas as suas fábricas no Brasil, de modo que todos os modelos novos pressentes no país são importados. E, para se ter a ideia do impacto dessa proposta, a Ford Ranger XLS 4×4, modelo 2023, custa a partir de R$ 209.990.

A Renault e a General Motors (GM) também partem da estratégia de investir mais na produção de veículos com maior valor agregado. Essa é uma maneira também e driblar problemas, como a escassez de componentes, sobretudo, semicondutores – itens essenciais e que tiveram falta global durante a pandemia de Covid-19.

Vale dizer que a estratégia adotada pelas montadoras causa surpresa, afinal os carros sedãs e hatches compactos são segmentos muito queridos pelo brasileiro no mercado há, no mínimo, 30 anos. Até então, o Brasil produzia poucos veículos de categorias superiores. 

Mas o que será que está ocorrendo? Segundo especialistas, essa potencial extinção dos veículos populares ocorre para que as empresas fabricantes possam manter a lucratividade também nesse momento de crise para o setor automotivo. Afinal, os veículos populares lucram menos se comparados aos dados dos carros mais caros, que possuem margem de lucro maior.

Dicas da Zapay: conheça quais são os veículos híbridos mais baratos do Brasil.

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Tendências atuais na indústria automotiva e seu impacto 

Há algumas tendências no mercado automotivo as quais o amigo condutor deve considerar na hora de avaliar o que ocorre no atual cenário. Uma delas é o aumento da produção de carros elétricos. O motivo é um apelo às preocupações com o meio ambiente e às políticas de incentivos governamentais para esse tipo de automóvel. Outro ponto é a escassez de combustíveis fósseis. 

É necessário considerar ainda o crescimento do mercado de SUVs, afinal, tais veículo oferecem maior espaço interno, além de versatilidade em relação aos carros sedãs convencionais. 

É possível notar também que as montadoras estão investimento cada vez em tecnologias cujo objetivo é melhorar a experiência de dirigir (a dirigibilidade), por isso vemos mais sistemas de navegação, conectividade e recursos de assistência à condução nos carros atuais.

Ainda a respeito da eletrificação dos automóveis, é importante notar a popularização desse tipo de propulsor. Além dos benefícios quanto ao meio ambiente, com menos ruídos e menor emissão de CO2, carros elétricos apresentam maior eficiência energética e menor dependência de petróleo – que, como já ressaltamos, é um recurso escasso. 

Há ainda os veículos autônomos, uma tecnologia em expansão e que deve se tornar uma realidade nos próximos anos. Com esse aparato, os motoristas podem ter uma condução mais segura, o que é ótimo para a redução de acidentes nas estradas devido a alguma erro humano, por exemplo. Outro ponto é que automóveis autônomos oferecem mais conforto aos passageiros.

  Mais uma tendência para ficarmos de olho é a manufatura 4.0, que oferece capacidade de redução de custos sem comprometer a qualidade dos produtos, além de suprir a carência de mão de obra para determinadas funções.

Dicas da Zapay: fique por dentro sobre os melhores e mais baratos carros populares.

Inovações tecnológicas: Como estão moldando o futuro dos veículos 

Falar em veículos automotivos é falar também em inovações tecnológicas, afinal são grandes aliadas na segurança, no conforto e no desempenho dos mais variados carros. E os avanços têm sido cada vez mais rápidos, vale dizer.

A seguir, confira algumas tecnologias automotivas que se destacam nessa revolução que temos acompanhados – muitas delas devem chegar aos veículos nos próximos anos.

  • Para-sol inteligente: quando o motorista está dirigindo e o Sol está demasiadamente forte, é comum baixar o para-sol do veículo para diminuir o incomodo visual e garantir mais segurança ao volante. Contudo, ao acionar esse item, o campo de visão do condutor diminui e, caso seja mal utilizado, consequentemente, pode trazer risco à segurança. A partir desse cenário, a Bosh desenvolveu o para-sol eletrônico, com o obejtetivo de eliminar tal risco. Trata-se do Virtual Visor, uma tela LCD que contém uma câmera voltada para o motorista. Esse equipamento não funciona com a incidência de iluminação solar, porém pode perceber se o condutor está cerrando os olhos por conta da luz do Sol. Assim, essa inteligência artificial oferece um bloqueio da incidência solar apenas na região dos olhos do condutor.
  • Som ambiente sem alto-falantes: uma das tecnologias automotivas mais interessantes do segmento justamente dispensa o uso de alto-falantes. Tal sistema foi desenvolvido na parceria entre a Continental e a Sennheiser e dispensa os alto-falantes, pois faz uso da vibração para emitir sons. Assim, conta com dois atuadores eletromecânicos que entram em funcionamento e fazem os componentes do veículo vibrarem e emitirem o som desejado no volume esperado. E qual seria a principal vantagem desse sistema? Ele elimina componentes, de modo a deixar o carro mais leve e com menos cabeamento elétrico em seu interior.
  • Automóvel movido a água: pois é, amigo condutor, essa tecnologia foi desenvolvida pela parceira feita entre a empresa nanoFLOWCELL e o QUANT e-Sportlimousine e já tem autorização para trafegar pelas ruas tanto da Alemanha quanto dos demais países da Europa. O modelo faz uso de uma tecnologia automotiva que foi herdada de estudos da NASA, na década de 1970, batizada de nano FLOWCELL AG. O sistema do carro é composto por nanocélulas de fluxo, além de uma bateria química que apresenta duas soluções eletrolíticas, que, por sua vez, fazem uso de água salgada para produzir energia elétrica para movimentar os quatro motores do bólido. Trata-se de um veículo esportivo com 912 cavalos de potência e que vai de zero a 100 km/h em apenas 2,8 segundos – a velocidade máxima do carro é de 378 km/h. Como é possível imaginar, o principal benefício desse carro é a autonomia elétrica de até 600 quilômetros – muito superior do que a dos outros veículos elétricos comuns (que contam com baterias de íons de lítio), cujo alcance médio é de 150 quilômetros. 
  • Banco antissono: já sentiu aquela sonolência leve ou pesada quando estava ao volante, amigo condutor. Trata-se de uma situação bastante perigosa e não muito rara, principalmente aos motoristas que têm longas horas de jornada de trabalho, por exemplo. Afinal, o sono diminui a atenção do condutor e pode provocar acidentes graves e fatais. Considerando esse contexto, a empresa Marcopolo, em parceria com o Centro Multidisciplinar de Sonolência e Acidentes (CEMSA) e a Woodbridge, desenvolveu o banco antissono, cujo objetivo é acordar o motorista profissional quando ele sentir e manifestar fadiga. Essa poltrona, chamada de Antisleep Seat, vem equipada com métodos distratores, cujo objetivo é distrair o motorista. Para tal, são usados artifícios como vibração eletromecânica, refrigeração e aquecimento, de modo a provocar estresse térmico e reduzir a sonolência, além de aumentar o estado de alerta do condutor.  
  • Tecnologias automotivas de carros que dirigem sozinhos: há alguns veículos no mercado que possuem tecnologias semiautônomas, como aqueles que estacionam sozinhos ou ainda os que aceleram e freiam com base nos automóveis à frente. Porém, já há testes para carros que se autodirigem. Com essa possibilidade, o condutor pode programar o endereço destino, dar o comando para o automóvel iniciar a viagem e fazer o percurso completo sem a interferência de um ser humano. A Google é uma das empresas que estudam essa possibilidade. A única empresa que já lançou veículos com essa possibilidade é a norte-americana Tesla.
  • Um carro reciclável: a sustentabilidade não é apenas uma palavra na moda, ela é uma atitude, um modo de vida. E isso também diz respeito ao mundo automotivo. Por isso, há pesquisas acerca de um potencial carro reciclável, diante da preocupação com ações poluentes que impactam o meio ambiente. A ideia é o desenvolvimento de um automóvel cuja maioria dos componentes seja feita a partir da reciclagem de materiais. O Fisker Ocean é o pioneiro nesse tipo de inovação. Desenvolvido pela Fisker Inc., o veículo apresenta tapetes de garrafa PET e de redes de pesca recicladas. Ainda: os tecidos localizados nos painéis do carro são produzidos a partir de camisetas recicladas. Por sua vez, as borrachas de vedação do vidro traseiro são fabricadas a partir de pneus usados. Uma tendência que veio para ficar!
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Adaptação das montadoras: O que esperar para os carros populares 

Há alguns pontos já sendo discutidos pelos principais protagonistas do mercado automotivo, como Fiesp, Abimaq, Anfavea e Sindipeças, acerca de temas como os carros populares.

Um dos pontos é a necessidade de reverter a perda de participação da indústria de alta e média tecnologias dentro da indústria de transformação. Para tal, é preciso ter políticas adequadas, bem como agenda de competitividade e reformas, como a tributária, para que encontrar soluções ao custo de capital para investimento e, sobretudo, alavancar os negócios.

O excesso de tributação, uma característica bastante famosa no Brasil, cria uma situação hostil e que impacta a capacidade de investimento das empresas, além da presença de juros altos. Assim, cogita-se uma integração às cadeias de suprimento, mais digitalizada, inovadora e de baixo carbono. Por isso que se faz necessário modernização tributária, juros compatíveis, bem como uma política industrial horizontal. 

Sobretudo, é necessário ter disponível no mercado carros que os brasileiros possam comprar, por isso a importância dos carros populares. Afinal, o país tem grande demanda por mobilidade, devido às questões demográficas – não se esqueça: estamos em um país continental. Vale destacar que a mobilidade é distribuída entre transporte público, carros novos e usados, motocicletas, além de serviços de mobilidade, como Uber e 99.

Por isso, um potencial projeto para carro popular (ou de baixo custo) seria benéfico ao mercado, de modo a promover uma migração de motocicletas e veículos usados por esses novos carros com preços mais baratos – uma vantagem estratégica tanto aos consumidores quanto à indústria automotiva. E isso entra também a conscientização quanto às novas tecnologias e soluções inovadoras, como métodos de descarbonização. 

Assim, a viabilidade do carro popular pode manter os negócios da rede de concessionários. Contudo, ganhar escala apenas será possível garantir um preço médio menor, de modo que o consumidor se empolgue para ir às lojas. Afinal, é necessário ter um volume maior de revenda de veículos para que as concessionárias possam sobreviver, bem coo fornecedores e seguradoras, como em toda cadeia. 

Explorando alternativas: Novos rumos para o mercado automobilístico

Confira algumas alternativas que devem ser cada vez mais exploradas no atual mercado automobilístico, amigo condutor. Fique ligado!

  • Uso de carros elétricos e híbridos – uma solução que tem se aperfeiçoado ainda mais e que, aos poucos, vai tendo preços mais competitivos. Vale dizer que hoje os veículos elétricos e híbridos são encontrados a partir de R$ 150.000.
  • A escolha por carros seminovos e usados, devido à alta de juros no Brasil, bem como o alto valor aplicado aos veículos considerados de entrada.
  • Cada vez mais conectividade e tecnologias que garantam mais segurança, conforto e desempenho.

 

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Alessandra

Jornalista formada há mais de 15 anos, com 12 anos de experiência em produção e criação de conteúdo, edição de texto, e gestão de pessoas. Atualmente atuo como redatora e produtora de conteúdo SEO freelancer.

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