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Longarina: Saiba o que é e como avaliar

Você sabe o que são as longarinas de um carro, amigo condutor? Fique por dentro sobre esse componente, como a longarina funciona, os estudos sobre longarina de carro, cuidados a serem tomados com automóveis usados, dentre outras dicas.

Coloque seu cinto de segurança, embarque em mais essa com a Zapay e fique por dentro sobre a segurança do seu veículo.

– A longarina do carro é fundamental para manter sua segurança 

– O que é longarina e quais peças ajudam no seu funcionamento? 

– Como ela funciona? 

– Qual a relação entre longarina e perda total? 

– O que dizem os estudos sobre longarina? 

– Pesquisas que envolvem a longarina 

– Como é feito o reparo na longarina? 

– Por que carros com reparo na longarina perdem valor de revenda? 

– A que devo me atentar ao comprar um carro usado? 

– Teto 

– Portas tortas 

– Vidros diferentes 

– Eixos tortos 

– Colunas da porta 

– Assoalho

Dicas da Zapay: saiba quais são perigos com a pastilha de freio gasta. Spoiler: atente-se e evite esse tipo de dor de cabeça.

A longarina do carro é fundamental para manter sua segurança 

Você sabe o que é a longarina de um automóvel, amigo condutor? Ela é feita para ser um perfil de aço resistente, que tem como objetivo evitar grandes estragos em acidentes e colisões quando esses não puderem ser evitados com a condução segura e cautelosa.

Desse modo, a longarina foi criada para proteger a carroceria do veículo, bem como a estrutura do carro e, sobretudo, a vida do condutor e dos passageiros.  Em suma, trata-se de uma base de aço que é responsável pela resistência estrutural de um carro. Há alguns carros antigos, como os modelos Volkswagen Gol e Santana, os quais apresentam grande potência no motor, que trazem algumas particularidades. Eles não comportavam a pressão a que eram submetidos, de modo a danificar os respectivos chassis. 

Em tais cenários, as longarinas quebravam ou rachavam, o que fez com que a indústria automotiva fizesse alterações importantes. Desse modo, os carros mais novos apresentam mais resistência a torções. 

Ainda: veículos que transportam peso em demasia podem apresentar rachaduras das longarinas. Caso o amigo motorista vá viajar, é fundamental colocar apenas o necessário no porta-malas e atenta-se ao manual do proprietário do veículo acerca da carga máxima que o veículo em questão aguenta.

Saiba mais sobre a importância da longarina no decorrer desse artigo.

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O que é longarina e quais peças ajudam no seu funcionamento? 

Tenha em mente, amigo condutor, que as longarinas tanto inferiores quanto superiores são partes da estrutura do veículo cuja função é absorver energia de impacto, para preservar os ocupantes do carro. Assim, a região entre as longarinas dianteiras e traseiras, a região da soleira da porta, as regiões da coluna A e do teto precisam ser resistentes para que possam suportar deformidades.   

Mais um componente estrutural de suam importância, que atua como absorvedor da energia, é a viga de impacto, que, por sua vez, é formada por uma barra transversal e por elementos flexíveis, chamados crashbox.

Tal estrutura é projetada para enviar energia do impacto diretamente às longarinas dianteiras. Trata-se ainda de uma peça essencial em colisões de baixa velocidade. O motivo: nesse tipo de situação, ela absorve a energia sem danificar a longarina, que é um elemento de difícil conserto.

Desse modo, todos esses componentes fazem parte da estrutura inferior frontal, porém uma parte da energia é distribuída para a estrutura superior frontal, que apresenta um tipo específico de longarina, chamado brace. Por sua vez, o brace é o responsável por diminuir o efeito sanfonado da estrutura frontal no momento do impacto. 

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Como a longarina funciona? 

É possível notar a deformação da longarina em veículos de concepção moderna, que possibilitam a absorção da energia vinda da colisão. Assim, fica menos energia disponível par a cabine, o que, consequentemente, traz menos danos aos ocupantes do carro.

Nas situações nas quais ocorrem colisões, a longarina recebe energia da viga de impacto, de modo a sofrer uma deformação para amenizar tal batida. Nesse contexto, a força da pancada é absorvida, de modo a gerar um efeito sanfona, o que reduz bastante os danos na frente do automóvel e preserva quem está dentro dele (motorista e passageiros) – por isso a sua importância para a segurança de todos.

Qual a relação entre longarina e perda total? 

Depois que ocorre um acidente e o seguro é acionado, a empresa seguradora analisa o fato, com ênfase em alguns fatores. Um deles é se os danos resultantes da colisão atingem 75% do valor do automóvel em questão – considera-se perda total, ainda que não seja necessário alcançar tal porcentagem para se ter o mesmo destino. Aliás, basta que o acidente afete diversas partes estruturais do automóvel, o que compromete a segurança dos ocupantes.

Os critérios adorados para a classificação dos danos são embasados na resolução 544, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), de 2015. Segundo o texto, é avaliado se os danos foram de pequena, média ou alta seriedade. E, se atingir mais do que seis pontos ou se as partes forem colocadas em dúvida sobre a situação, o automóvel é considerado irrecuperável (perda total). 

Assim, no momento da análise, são considerados pontos, tais como: coluna dianteira, traseira e central, assoalho do porta-malas, assoalho central direito e esquerda, caixas de rodas, airbags frontais, além de longarinas dianteira e traseira.

Caso o automóvel passe por uma avaliação de autoridade de trânsito e for considerado, no Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito, que o carro foi afetado em seriedade média ou ainda alta, ocorrerá o bloqueio administrativo na Base de Índice nacional, que pertence ao sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM).

Nesse cenário, enquanto a restrição estiver em vigor, o carro fica proibido de circular pelas vias públicas brasileiras, sob pena prevista no artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

O que dizem os estudos sobre longarina?

Como você pode imaginar, a absorção de energia de impacto de forma controlada é um tema bastante fundamental no mundo automotivo e, não à toa, é o objeto de diversas pesquisas nesse mercado ao longo das últimas décadas. Afinal, estamos falando sobre a segurança tanto do motorista quanto dos demais ocupantes do veículo. 

Vale a pena frisar que os carros mais recentes recebem muita tecnologia para aperfeiçoamento, sobretudo de segurança, além de implantações de componentes estruturais que apresentem capacidade de absorver a energia cinética presente em situações de impacto, por exemplo.

Para que o amigo condutor tenha ideia das pesquisas desenvolvidas, o programa inglês Fifth Gear, em parceria com a empresa (também inglesa) Mira, especializada em segurança veicular, realizou um teste avaliar as consequências de tais práticas – e, para tal, colidiu dois carros. O primeiro veículo teve a longarina substituída corretamente, seguindo a indicação do fabricante, porém, o segundo apresentava sinais de solda e reparo mal feito em sua estrutura. 

Na experiência, o automóvel bem reparado teve a deformação segundo o esperado, de modo a preservar os ocupantes. Porém, o outro carro superou, para pior, os prognósticos: suas rodas dianteiras se deslocaram para trás – mais precisamente, nove centímetros para dentro do painel, de modo a invadir pedais no interior da cabine.

Houve ainda testes semelhantes feitos pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) – e os resultados foram os mesmos. 

No Brasil, ao menos 15% dos veículos passaram por reparos na estrutura, sendo que, 70% desses reparos aconteceram fora dos padrões indicados pelos fabricantes.

Ainda de acordo com os testes feitos pela CESVI, o automóvel colidiu a 18 km/h contra uma barreira fixa, de modo que a longarina original se deformou em 51 milímetros. Após essa situação, a longarina foi reparada de modo convencional, porém errônea. Resultado: estiramento da peça por aquecimento, reparo das deformidades e soldagem inadequada. 

Esse procedimento foi repetido, mais uma vez, e a deformação registrada foi ainda maior: 148 milímetros, que é uma consequência de um conserto mal feito.  

Não há como negar o tamanho da importância da longarina, amigo condutor. Embora espere-se que todo motorista pratique a condução com segurança, há alguns fatores que podem fazer com que acidentes ocorram, o que pode gerar trauma e perda da confiança para dirigir. Porém, considere sempre que quando a longarina está adequada, o estrago é menor.

Pesquisas que envolvem a longarina 

E há ainda mais pesquisas que envolvem a longarina. Em seu levantamento, em 2018, a Companhia Brasileira de Automobilismo (CBA) notou um aumento de 13% nas vendas para o mercado de implementação automobilística. Tal dado indica a procura por inovação e melhorias por parte de empresas do setor rodoviário que anseiam maior competitividade entre si. 

Assim, um tipo de longarina é a barra chata, que é um perfil vinculado ao chassi e que proporciona maior rigidez estrutural. Por exemplo, quando tal modelo é produzido com aço Alta Resistência e Baixa Liga, o caminhão terá seu peso diminuído, porém apresentará capacidade para carregar maior volume de carga útil, aumentando a absorção de energia de impacto e reduzindo o consumo de combustível.  

Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a malha rodoviária diz respeito a aproximadamente 61% da matriz do transporte em território brasileiro. Desse modo, há procura pelo aumento de eficiência e pelo desenvolvimento de melhorias que atendam às demandas do mercado.

A função das barras chatas diz respeito à resistência estrutural, o que justifica ser um dos principais componentes do corpo de carro. Em caso de colisão, a longarina irá se deformar para que o impacto seja amortecido. 

O amigo condutor pode encontrar o modelo barra chata em carretas, caminhonetas e caminhões, nas mais diversas vias de nosso país. 

Como é feito o reparo na longarina? 

Caso deseje, é possível que o proprietário do veículo procure um mecânico profissional para trocar a longarina. Contudo, é comum que ocorram erros no reparo, de modo a comprometer a segurança dos ocupantes do veículo. 

Há quem resolva o amassado da longarina aquecendo a peça e, depois, desentortando-a – o método é usado, pois, o material fica mais maleável, de modo que a peça possa ser novamente esticada.

Contudo, esse caminho não é recomendado, afinal, o ferro perde densidade quando maleável, diminuindo sua resistência – ou seja, fica mais frágil. Lembre-se: a rigidez a da longarina é planejada junto com o carro, de modo que a quantidade e a densidade do ferro que a constituem são estudados para garantir o menor dano possível no automóvel.

O correto seria comprar uma nova peça e substituir a longarina antiga. A soldagem deve ainda ser feita de forma correta, seguindo as indicações do fabricante. Geralmente, o estiramento da peça ocorre quando ela está na forma fria, de modo a substituir a parte afetada. O serviço é finalizado com solda MIG.

Por que carros com reparo na longarina perdem valor de revenda? 

Vale destacar que um carro com reparos feitos em sua longarina perde valor de revenda, repele compradores, bem como encontra mais dificuldades para ser aceito pelas empresas seguradoras. 

Imagine a situação de uma colisão frontal, amigo condutor, quando a peça é amassada para dentro. Esse movimento é o que se espera da longarina – que ela dobre e amorteça o impacto, deixando a cabine mais segura e evitando que outras peças e componentes sejam comprometidos no impacto.

Porém, é importante ressaltar que o medo também se dá devido ao erro decorrente da forma mais comum de se reparar uma longarina, conforme já destacamos nos tópicos anteriores. 

Nesse cenário, devido à desvalorização, a dica é procurar um profissional capacitado para avaliar o seu automóvel antes que o negócio seja feito – para que o comprador não saia com prejuízo. Vale a pena observar atentamente alguns detalhes, tais como portas, teto, eixos, colunas da porta e assoalho.

A que devo me atentar ao comprar um carro usado?

Está pensando em comprar um carro ou trocar de automóvel, amigo condutor? Confira as nossas dicas para que você possa observar atentamente alguns componentes fundamentais.

Teto 

Note se o teto encontra-se amassado ou não ou se a pintura está com tonalidade diferente do restante do automóvel. Não se trata de preciosismo, afinal, o teto comprometido tira a rigidez do carro, já que é parte responsável por sua estrutura.  

Portas tortas 

Caso as portas do veículo apresentem desalinhamento isso é um sinal de que ele sofreu danos. Observe ainda se há desnível nas portas. Caso elas emperrem ou fechem com dificuldade, é bastante provável que houve alguma intervenção. Fique ligado!

Vidros diferentes 

Se o automóvel sofreu perda total, é muito provável que os vidros forma trocados. E se esse procedimento não foi feito em uma empresa com credibilidade no mercado, possivelmente as numerações dos vidros estão diferentes entre si. 

Eixos tortos 

Carros que sofrem batidas laterais apresentam eixos tortos e pneus desgastados. Atente-se, condutor: mesmo que o automóvel tenha rodado muitos quilômetros, não é comum apresentar rodas tortas e desgastadas sem motivos.

Colunas da porta 

Aqui vale a mesma lógica do tópico sobre o teto do carro. Afinal, as colunas sustentam o teto, sendo componentes também fundamentais para a estrutura do automóvel – ou seja, podem revelar muito sobre o veículo. Observou alguma diferença na pintura? Então, pode desconfiar, amigo condutor. 

Assoalho

Veículos que passam por batidas muito fortes acabando tendo o assoalho comprometido. Isso ocorre, pois, o carpete geralmente cobre a maior parte das intervenções feitas ali, porém é possível identificar se intervenções foram feitas. A dica é: observar o assoalho com o auxílio da lanterna do celular e verifique debaixo do automóvel. 

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